domingo, agosto 31, 2014

“Estado judaico”, uma moderna democracia liberal?

• António Guerreiro, O preço de ser Israel:
    «(…) A dessionização de Israel, a separação da religião e do Estado, é um programa que já foi proposto por alguns críticos judeus do sionismo, que entendem que na base do problema e da guerra sem solução está o facto de o Estado ter sido fundado sobre um direito de sangue, reivindicando-se como “Estado judaico”, o que é pelo menos cinquenta por cento incompatível com uma moderna democracia liberal, se aceitarmos que é acertada a fórmula que um político israelita opositor do regime encontrou para o definir: “um Estado democrático para os Judeus e judeu para os Árabes”. Uma outra divisão cheia de consequências – das muitas com que o sionismo e o Estado de Israel têm sido obrigados a confrontar-se - foi uma vez formulada por Hannah Arendt: “Na Palestina temos uma nação judaica, na diáspora um povo judeu”.»

1 comentário :

ECD disse...

Um notavel artigo. A milhas dos da inefável Esther ou do pequeno local daquele rapaz reaccionario com laçinho e cara de bébe que escreve que se farta no Público