sexta-feira, agosto 29, 2014

Festeja-se o quê?


Segundo o Eurostat, o desemprego desceu em Julho. Está em 14 por cento, sendo Portugal ainda um dos países com desemprego mais elevado. Na senda de Mota Soares, o secretário-geral da UGT congratulou-se com o resultado, muito embora tenha referido os efeitos da sazonalidade (turismo) e da emigração. Poderia ter feito também alusão ao facto de haver 162 mil desempregados «ocupados» em estágios dos centros de emprego (mais 48 mil do que há um ano). Poderia ter lembrado que os desempregados que não estão inscritos há algum tempo no IEFP deixam de ser considerados desempregados. Poderia ter recordado que mais de metade dos desempregados já não têm protecção social e que o valor médio por mês do subsídio de desemprego é muito baixo (460 euros). Poderia, enfim, ter sublinhado que, afastados os artifícios das estatísticas, Portugal confronta-se com mais de um milhão de desempregados. E que a estagnação económica não permite ver uma luz ao fundo do túnel.

3 comentários :

Anónimo disse...

Quantos empregos líquidos quantos foram criados no mesmo período?

Anónimo disse...

Os numeros oficiais sobre o desemprego em Portugal estão totalmente falseados. São fruto de recolha de dados incorrectos e de um tratamento estatístico recheado de erros.O desemprego em Portugal deve atingir valores que são dos mais elevados de toda a Europa , podendo mesmo considerar-se bastante elevado utilizando uma comparação à escala mundial .
Há tambem a realçar que apenas uma pequena parte dos desempregados recebe subssidio de desemprego o que provoca uma situação social do país de degradação.
Outro aspecto é o do subemprego dos Quadros que tem proporções de grande dimensão

Zé da Póvoa disse...

Fico admirado com a aceitação que os media dão ao homem da UGT. Tal como o seu antecessor (João Proença) Carlos Silva exerce com particular requinte a figura de Judas dos trabalhadores portugueses. Eleito por um grupo de amigos, todos dependentes de subsídios e outras prebendas estatais, mais não fazem do que "vender" os direitos dos trabalhadores a troco de benesses actuais e futuras. Veja-se a situação do Proença que nunca fez nada de útil na vida, tem uma reforma dourada do LNEC sem nunca (pràticamente) ter lá posto os pés e ainda tem uns ganchos por colaboração com Durão Barroso e com outros figurões da mesma laia.