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Lê-se no Expresso: «O Bloco de Esquerda quis chamar Durão Barroso para depor perante a comissão parlamentar que investiga a aquisição de equipamentos militares (aeronaves EH-101, P-3 Orion, C-295, F-16, torpedos, submarinos U-209 e blindados Pandur II). A proposta bloquista mereceu acesa discussão, mas acabou por ser aprovada por unanimidade. Em contrapartida, a bancada do PP exigiu a presença de António Guterres. E também esta foi aprovada.»
Percebe-se que a comissão de inquérito queira ouvir Durão Barroso, porque a decisão de aquisição dos submarinos (e não só) foi tomada no seu consulado. Aliás, o próprio Durão Barroso poderá ter interesse em esclarecer as questões levantadas por Ana Gomes na comissão de inquérito.
Menos se percebe que a comissão queira ouvir António Guterres. Se a ideia é não perder o fio à meada, então deverá começar-se pelo princípio. É que a iniciativa para a aquisição dos três submarinos não coube — ao contrário do que o PSD e o CDS afirmam — a um governo de Guterres, mas ao último governo de Cavaco Silva, mesmo ao cair do pano, através de despacho conjunto, assinado a 12 de Setembro de 1995 por Figueiredo Lopes, ministro da Defesa, e por Mira Amaral, ministro da Indústria e Energia.
3 comentários :
Ex-chefe de gabinete do PP!
Cavaco Silva já não está em condições de se lembrar dessas coisas.
Pois, pois. Já não está "em condições de se lembrar", nem sequer de "prezidir" a grandes "coisas", é bem verdade.
Mas também é certo que Brutogal, que aliás nunca foi grande, hoje em dia não passa de uma ridicularia...
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