quinta-feira, setembro 11, 2014

E se fosse ouvido o primeiro-ministro que tomou a decisão
(imediatamente antes de sair de cena)?

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Lê-se no Expresso: «O Bloco de Esquerda quis chamar Durão Barroso para depor perante a comissão parlamentar que investiga a aquisição de equipamentos militares (aeronaves EH-101, P-3 Orion, C-295, F-16, torpedos, submarinos U-209 e blindados Pandur II). A proposta bloquista mereceu acesa discussão, mas acabou por ser aprovada por unanimidade. Em contrapartida, a bancada do PP exigiu a presença de António Guterres. E também esta foi aprovada.»

Percebe-se que a comissão de inquérito queira ouvir Durão Barroso, porque a decisão de aquisição dos submarinos (e não só) foi tomada no seu consulado. Aliás, o próprio Durão Barroso poderá ter interesse em esclarecer as questões levantadas por Ana Gomes na comissão de inquérito.

Menos se percebe que a comissão queira ouvir António Guterres. Se a ideia é não perder o fio à meada, então deverá começar-se pelo princípio. É que a iniciativa para a aquisição dos três submarinos não coube — ao contrário do que o PSD e o CDS afirmam — a um governo de Guterres, mas ao último governo de Cavaco Silva, mesmo ao cair do pano, através de despacho conjunto, assinado a 12 de Setembro de 1995 por Figueiredo Lopes, ministro da Defesa, e por Mira Amaral, ministro da Indústria e Energia.

3 comentários :

Anónimo disse...

Ex-chefe de gabinete do PP!

Anónimo disse...

Cavaco Silva já não está em condições de se lembrar dessas coisas.

Conde de Oeiras e Mq de Pombal disse...


Pois, pois. Já não está "em condições de se lembrar", nem sequer de "prezidir" a grandes "coisas", é bem verdade.


Mas também é certo que Brutogal, que aliás nunca foi grande, hoje em dia não passa de uma ridicularia...