quarta-feira, novembro 26, 2014

Confiar na Justiça?

• Guilherme Pinto, Confiar na Justiça?:
    «(…) independentemente do que acontecer, uma dúvida tenho: como posso confiar numa Justiça espetáculo, que exibe alguém em pelourinho sem estar condenado, viola sistematicamente a lei do segredo de justiça, não respeita as leis que lhe limitam o pôr em causa direitos individuais e, no caso, se está rigorosamente a marimbar para o prestígio do país? Se alguém pensa que Portugal vai bem no filme, desenganem-se. (...)»

7 comentários :

Anónimo disse...

Ainda a propósito desta "Operação Marquês".

Há uma questão que não consigo entender. Fala-se em mais de uma ano de investigação, tem-se conhecimento das viagens do motorista a Paris, etc, etc, tudo aparentemente muito bem coordenado e documentado, e quando se decide deter os suspeitos para interrogatório a investigação não sabia que o principal estava em Paris ?! E sabendo, achou que estando em Paris não iria saber que lhe tinham detido o motorista e o amigo e que poderia destruir provas incriminatórias que tivesse com ele em Paris ? Ou já tinha concluido antecipadamente que o melhor lugar para esconder provas seria numa herdade em Montemor ? E já agora: alguém lhe consta que tivessem havido buscas na casa de Socrates em Paris ? Alguém lhe consta que a mãe de José Sócrates tivesse sido inquirida no processo? Ou a Senhora está senil e não sabia o que andava a fazer?

Ao deixar passar alguma informação e omitir outra ( se é que ela existe....), a investigação sujeita-se, no minimo, a uma imagem de algum amadorismo. A menos, claro,que preferisse que, estando em Paris, Sócrates soubesse o que se passava e não voltasse... Os adeptos das teorias da conspiração não poderão deixar de sugerir que isso teria ainda melhor impacto na opinião pública. Não me conto entre esses adeptos. Mas, na falta de mais e melhor informação, toda esta operação me deixa muitas desconfianças sobre o profissionalismo da investigação...para dizer o minimo !

M Rocha

isabel carvalho disse...

Na justiça enquanto ideal eu confio.
Nos juízes, procuradores,ministério público, PSP PJ e tutti quanti em Portugal, não confio não senhor, em absoluto. Não confio que não possam ser manobráveis, manipuláveis e corrompíveis. Todas as fugas de informação e "bufanços" a jonais e TVs tiveram um preço. Alguém investigou? Se...quem foi?Onde estão as condenações? Justiça em Protugal? Ora.....

Anónimo disse...

Os únicos investigadores conhecidos são os "jornalistas" Eduardo Dâmaso e Felícia Cabrita, que parecem estar a tempo inteiro ao serviço do DCIAP. A Felícia ufanava-se no Domingo, dia 16, à noite, no bar Snob, entre uns copos com outros "jornalistas", que a "bomba" estava prestes a rebentar...
E se pusessem todo o DCIAP sob escuta? Talvez fosse mais fácil descobrir o(a) linguarudo(a)...

Anónimo disse...

A justiça está a funcionar? Confiar na justiça? Nesta justiça espectáculo?Na justiça que "convoca" televisões para directos? Na justiça que não respeita a dignidade de toda e qualquer pessoa? Na justiça com diferentes pesos e medidas?
É difícil confiar... E pior, mete medo esta justiça.

Anónimo disse...

Este espetáculo tem um propósito.

Com notícias que só podem ser sopradas pela acusação visam criar uma ressonância, um julgamento popular...

Depois, depois qualquer outro juiz estará mais preocupado em salva a imagem da instituição...para não perder a face...do que em fazer verdadeira justiça

Pompeia disse...



ai mas vai-lhes saír o tiro pela culatra...

Anónimo disse...

Como? Olhe olhando para os casos BPN BES e outros que tais , ou por exemplo Isaltino ou Vale e Azevedo, tivémos obviamente espectaculo porque são figuras públicas. Eu respondia-lhe como posso confiar numa classe política que se premiscuiu com banqueiros e empresas privadas (à laia do salazarismo) para manterem o poder indefinidamente na capa da democracia. A falência do País não se deve só a actos de má gestão, deve-se pior, a actos propositados de adjudicação de contratos a empresas que foram mantendo a classe política saída do 25 A no poder. E não excluo ninguém.