quarta-feira, janeiro 21, 2015

António Costa esclarece Diário Económico

• António Costa, Direito de resposta:
    «O Diário Económico veio reproduzir o discurso do Governo, sustentando que a comunicação da Comissão para uma leitura inteligente e flexível do Pacto de Estabilidade e Crescimento não se aplica aos países em défice excessivo.

    Ora, como afirmei na entrevista à SIC-Notícias, e reafirmo: "na comunicação da Comissão há uma dimensão aplicável exclusivamente aos países que não estão em PDE, há outras que beneficiam todos os países. Uma deles é a necessidade de ajustamento da trajetória de consolidação orçamental ao ciclo económico, que se aplica a todos os países, inclusive a Portugal." Com efeito, é o que resulta dos pontos 4.2. e 4.3. da comunicação.

    Mas posso acrescentar, que Portugal também beneficia da despesa com a sua contribuição para o Fundo Europeu de investimento Estratégico não relevar para o incumprimento das metas do ajustamento, conforme ponto 2.1.1. da comunicação, assim como a trajetória do ajustamento pode ter em conta o esforço de execução dos programas de reformas estruturais, como é explicitado no ponto 3.2. da mesma comunicação.

    Claro que pode ser difícil perceber isto a quem ainda não tenha entendido que a CE pretende fazer uma aplicação flexível do Pacto sem mudar as regras, como tenho defendido desde há muito como um primeiro passo.

    Em conclusão, eu não me "enganei" na interpretação da comunicação da Comissão, o DE e o Governo erram quando pretendem que a comunicação da Comissão não abrange Portugal

    Na referida entrevista, sublinhei ainda que os benefícios para Portugal que advêm desta orientação da CE não são apenas os benefícios diretos, mas também os benefícios indiretos que resultariam para o nosso país de um relançamento da economia europeia. Por exemplo, disse, teria impacto positivo nas nossas exportações e, por essa via, no nosso crescimento.

    Que a comunicação não é perfeita, concordo.

    Ainda na mesma entrevista critiquei a suas insuficiências, tal como já lamentara as fragilidades do "Plano Juncker". Mas é do interesse nacional reconhecer que são novos passos e que vão no sentido certo, sendo por isso incompreensível que o governo português fique de braços caídos, desvalorizando a sua importância, em lugar de se bater por um reforço e aprofundamento desta orientação.

    Quanto ao Diário Económico, sem surpresa, confirma que se limita a amplificar o erro do governo.»

5 comentários :

Anónimo disse...

Boa António Costa! É também por isto, mas não só, que gosto de si.

soudocontra disse...

Vamos TODOS gostar dele e nas próximas eleições ESCORRAÇAR todos os canalhas do (des)governo actual(incl. o PR facínora). Não posso acreditar que ainda haja alguém do povo mais desfavorecido a acreditar e a apostar nestes bandidos, mas a realidade, intencionalmente distorcida, às vezes dói... e muito.
Abaixo o PSD e o CDS, pois já provaram que não são partidos democráticos, são os descendentes directos do poder salazarento / PIDESCO!
MCTorres

Morgado De Basto disse...

Curiosamente,ou não,são dois costas.O do económico e o do expresso.Dois videirinhos,sempre prontos e diligentes a beber o leitinho da vaca maior!(...)

António Costa,líder do Partido Socialista,é de outra cepa e de tempera outra.A família,nunca somos nós a escolher!Está mais do que na hora de começar a por os pontos nos is.Sem dó nem piedade,sem mas nem meios mas,com a força da verdade e da razão.E,se tal se justificar, voltar a dar vida a todas as fontes luminosas do país nas praças e avenidas das nossas aldeias e cidades.O tempo urge,os tempos não se compadecem com contemplações e conversa de faz de conta.A desgraça já vai funda e a sacanagem continua alapada e gorda.Força Amigo!!!

Pedro Carrilho disse...

O futuro dirá se António Costa é um 1º Ministro à altura das enormes dificuldades com que se irá deparar, para já tem a seu favor ser um político inteligente, com discurso fluído, ideias proprias e um passado como Ministro da Justiça de excelente nível e no presente como um presidente de Cãmara que herdou uma esta falida pelo Santana lopes e pelo seu amigo/ arguido carmona, tendo conseguido sanear, parcialmente, o seu passivo sem asfixiar o Município em taxas e taxinhas como diz o outro e sem estrangular o seu funcionamento apresentando, por isso, um balanço bastante positivo, mas que certamente não o irá ajudar a resolver os problemas do país, tendo que partir de uma base tendencialmente de raíz..
Relativamente a este (des)governo, que não se importa de matar os seus concidadões nas urgências hospitalares e que até vê nisso uma situação de perfeita normalidade, tenho a firme convição, pelas provas dadas ao longo dos anos, que esta direita portuguesa é tudo menos patriótica e nacionalista, sempre se vendeu aos americanos e agora acompanha as mudanças geoploliticas e alinha a sua diapasão mais para Leste, até à China, sempre vendeu e traiu o país e os seus cidadãos que o servem abnegadamente, basta ver o episódio nada edificante de pp enquanto ministro da defesa colocar um almirante na prateleira porque este teve a mestria e destreza de, durante umas manobras navais, ter "afundado" um porta aviões americano, e como teve a ousadia de tamanho despudor para com o amigo americano, em vez de receber um louvor e ser promovido, foi colocado de parte pela direita "patriótica".
No que concerne ao ser aplicável ou não a nova versão flexível do pacto de estabilidade, ainda que assim não fosse (para Portugal também), este (des)governo, se fosse minimamente sério, teria que defender a sua extensão e aplicabilidade para o nosso país, mas não, nunca é possível nada, não se pode financiar a tap, os estleiros de viana (perguntem aos espanhóis como se faz), qualquer dia são as escolas , os hospitais já o são, os tribunais, enfim,tudo, são as inevitabilidades destas personagens sem moral, caráter ou coluna vertebral...cumprimentos e que passe depressa até Outubro!!!!

linguado disse...

Ganda António,atento aos manipuladores profissionais pró quadrilha da governação, que procuram colocar-nos em "carris de pensamento".Dás-me esperança num Portugal melhor, porque inspiras confiança.Poderei ser brejeiro mas não consigo salientá-lo de outra forma suficientemente poderosa.És o nosso Barack Obama.