terça-feira, janeiro 20, 2015

São rosas, Senhor!

A OCDE considerou hoje que a diminuição do insucesso e abandono escolar em Portugal se ficou a dever em grande parte às reformas no ensino profissional. Acontece que tais alterações no âmbito do ensino profissional não são propriamente um êxito: umas são ainda quase inexistentes, outras nem sequer existem, como diz o Público. Então, como explicar que a OCDE se tome de amores por uma coisa que praticamente não deu sinais de vida? Já imaginaram o trabalhão de Vizeu Pinheiro, o ex-assessor de Passos Coelho e actual embaixador na OCDE, para inquinar o teor do relatório hoje apresentado?

3 comentários :

Anónimo disse...

Eles controlam tudo...maioria absoluta, presidências, magistraturas, a troika com o gasparito no banco mundial, o papagaio do banco de portugal, o patronato e os sindicatos...e até querem meter a oposição no bolso.

É fartar vilanagem... e aquela esquerda que está sempre a contribuir para este peditório

Luís disse...

Recomendo a leitura atenta do documento da OCDE. Sou professor e acho patético os elogios feitos às reformas educativas. Fiquei com a sensação que a OCDE se ficou pelos preâmbulos da diarreia legislativa e não se preocupa com a realidade escolar. Se no profissional, que apoio, Crato restringiu a oferta formativa, o vocacional (pelo perfil dos alunos alvo e tipo de ensino pretendido, que até eu tenho dificuldades em qualificar) como está in loco é uma verdadeira aberração (uma espécie de ghetto das escolas, do qual todos fogem e deixam para os contratados)... No entanto, a leitura atenta do relatório traça um retrato terceiro mundista do país, entre o abandono escolar, insucesso, desemprego jovem... Pena a imprensa não se tenha focado (mais uma vez) nesta realidade e prefira destacar os elogios inóquos!

Sousa Mendes disse...

Pois é caro Luís! Que outra coisa seria de esperar de uma classe que tem cada vez menos qualidade e onde pontificam cada vez mais indivíduos amorfos e esponjosos sem qualquer dignidade brio ou competência profissional? Citando a frase premonitória de Pulkitzer "com o tempo uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesmo."