Quando se tornou do conhecimento público que a mulher de Passos Coelho tinha uma doença grave, o alegado primeiro-ministro emitiu um comunicado no qual pedia: «Dado que se trata de um assunto privado, que apenas diz respeito à minha família, peço também que essa reserva de privacidade continue a ser respeitada». Tomou a atitude correcta, que, tanto quanto me apercebi, foi respeitada. Com as eleições a aproximarem-se, o homem que disse estar a lixar-se para as eleições resolveu dedicar um capítulo da sua biografia autorizada à doença da sua mulher. O editor de política do Expresso entende que o que Passos fez é «spin do melhor». Não deixando de considerar spin, a mim parece-me simplesmente abjecto.
13 comentários :
Quando a abjeção é a normalidade tecnofórmica.
Estremecedor com a primeira extremoso com a segunda. Como será com a terceira?
A ideia é mesmo da exploração da mentalidade portuguesa do"coitadinho"que, até costuma funcionar. Incoerência moral !
Tem toda a razão, este homem é abjecto, é capaz de tudo para se manter agarrado ao pote do dinheiro nacional. Coitada da Laura! Como coitada foi a Fátima Padinha! Este tipo não presta.
Só falta mesmo o funeral para ganhar as eleições.
Não é a segunda vez que se refere ao assunto ao contrário do que se pode entender do JN e do que diz o CC: fê-lo quando foi a última vez apertado pelo seu passado relapso sobre o fisco, nomeadamente. Não tenho aqui a frase mas era um auto-elogio ao homem que vive remediadamente, que saía de São Bento com menos dinheiro no bolso e que ia tratar da sua família (uma referência miserável, dado o contexto familiar). Na prática é esse o spin da miserável *biografia* que a mocinha publicou na editora da Zita Seabra e do Dias Loureiro e que tanto excitou os moços e a Ângela Silva do Expresso, sinal de várias misérias antes e tudo. Veja-se o índice que estão ali mais viagens à escatologia familiar, haja estômago.
«Pedro Passos Coelho pronunciou-se uma única vez, em janeiro passado, sobre a doença da mulher. Na altura, o primeiro-ministro, em comunicado, confirmou que Laura Passos Coelho estava a combater um cancro e pediu privacidade.»efere
Adenda, aqui fica uma das excitações públicas de Ângela Silva.
«Ao longo de 230 páginas, a autora, licenciada em comunicação social e assessora do grupo parlamentar do PSD, percorre sempre em tom elogioso as etapas fundamentais da vida pessoal e política do primeiro-ministro. Desde "António, um pai apaixonado pela vida", a "Bia, mãe de cognome Coragem", passando por África, ‘’Política, uma mulher de sonho’’, ‘’Frieza: estilo ou personalidade’’, "Laura, o porto seguro", "Visão e Ambição".»
Pois, misérias.
Perante uma imoralidade de tamanha dimensão, o comentário a fazer só pode ser o silêncio.
Espero que aconteça ao PSD, agora, o mesmo que aconteceu com o funeral de Sa Carneiro, feito na vespera das eleiçoes. Perderam.
Foi considerado aproveitamento.
Diz que a editora da biografia autorizada do Pedro...tem inspiração divina. Got Opus?
Um dia,alguém, mentalmente higienizado,escreverá análise limpa e cristalina sobre a vida e obra do VOMITO.
Até lá,aguentar,aguentar,aguentar!(...)
Inqualificável.
Quando era pequenino, sempre ouvia dizer que "os caminhos de Deus são misteriosos".
Com o passar dos anos, situações como esta foram-me fazendo compreender melhor esta enigmática frase.
As melhoras e muita força para a Laura. E para todos aqueles que sofrem, pelos mais diversos motivos.
Que vergonha. O parvalhão devia ter ficado calado por várias razões. A primeira é que o aproveitamento é horrível, revela a personalidade de quem o faz. A segunda é que - tanto quanto sei - a D.Laura foi detetada a doença e feita a operação em pouco tempo. Os outros infelizes esperam um ano e mais.
ana
Enviar um comentário