terça-feira, junho 02, 2015

Pote: agora ou nunca


O Governo está empenhado em desfazer-se dos transportes públicos, sabendo-se que os privados só têm uma receita para rentabilizar o investimento: a degradação do serviço a prestar aos utentes.

Mas no caso do Metro do Porto o Governo parece ter ido mais longe. A empresa foi subconcessionada. Acontece que o caderno de encargos do concurso apresenta diferenças abissais em relação ao contrato assinado. A Câmara do Porto identificou mais de 20 alterações entre o que consta no contrato e o que está no caderno de encargos, em benefício do concorrente vencedor.

Rui Paulo Figueiredo, deputado do PS, sustenta que, só em duas alterações identificadas entre o caderno de encargos e o contrato final, se verifica uma «diferença» de 27 milhões de euros a favor do concorrente vencedor. Seguiu queixa para a Procuradoria-Geral da República. Tratando-se embora da mera comparação de dois documentos — caderno de encargos e contrato —, ninguém esperará conclusões antes das eleições.

2 comentários :

Anónimo disse...

Ainda bem que este competente deputado agiu! E em Lisboa também a Câmara está a fazer um excelente trabalho contra a privatização do Metro e da Carris.Boa! M.

Anónimo disse...

O PS tem estado calado ... a observar os factos consumados em marcha no Ministério da Economia com Sérgio Monteiro e seus apaniguados nas empresas (alguns antigos acólitos de AP), acelerando fusões, vendas e sub-concessões.O PS (de seguro até costa) observa os factos consumados e mete a viola no saco ... pois não há politica alternativa e os actuais factos consumados resultam do estado de vulnerabilidade, marasmo, negação, mediocridade e porcaria, que caracterizaram a politica do faz de conta e do deixa andar de Lino-Vitorino-Campos, em que apenas interessou o Show Off da obra anunciada para empresário ver, animando também a santa-aliança proto-sindical, dada a confusão financeira permanente de um sector que encaixa e esconde escandalosa divida pública. Esse é o estado em que o PS deixou no sector dos transportes e obras publicas, com mais ou menos conversa da treta de gente sem vergonha na cara. Mais do mesmo, falta de sentido de estado e de responsabilidade. De tal maneira que o ministério até acabou ... e deixou de ser tabu. Aqui chegados, vemos agora que o Rui Paulo Figueiredo (vem de onde?) finalmente, começou a trabalhar para o bronze, ou seja, a montar um discurso mais ou menos primário e simplista e a arquitectar alguns actos juridicos mais ou menos fora de prazo (o trabalho de casa duro e sério não foi feito), legitimamente para ver se ainda agarra o seu próximo Lugar ao Sol, conjuntamente com a patroa Ana Paula Vitorino. Vamos ver se ainda agarram algo na secretaria, algo para barrar "la grande bouffe" em marcha. Mas para quê? pergunto eu? Para a seguir, com o poder na mão, irem fazer exactamente e apenas o que sabem fazer? mais do mesmo!
Um conselho meu, deixem seguir, esta tudo espatifado e vai ser oferecido sem gloria, aos interesses, mas à falta de alternativa (e de visã) pelo menos é trabalho de sapa que já fica feito.