terça-feira, outubro 13, 2015

Pode alguém ser quem não é?


Estamos todos recordados das múltiplas considerações chocarreiras que Passos Coelho e o ajudante Portas fizeram sobre o programa eleitoral do PS. Oito dias depois, a coligação de direita, já após a aprovação de um «novo» programa de governo, mostrou-se disposta a renegar o que havia defendido durante a campanha eleitoral e a governar com o programa do PS — o tal documento a que Passos se tinha referido como «leve agora este programa, depois paga».

Para se manter no poder, a direita está aparentemente resignada a fazer um intervalo na política austeritária. Dentro de algum tempo, com a economia tonificada, qualquer pretexto serviria para provocar eleições antecipadas — e, então, recordar ao país que o Programa de Estabilidade, enviado para Bruxelas em Abril (designadamente com o corte de 600 milhões de euros nas pensões atribuídas), obrigaria a retomar a política austeritária. Entretanto, o pote não cairia na rua.

14 comentários :

AJS disse...

Se de facto a coligação quer governar com o programa do PS, meio remendado, porque razão não há-de ser o próprio autor do programa, o PS portanto, a executá-lo ?

Anónimo disse...

Esta é a cara de dois vencedores derrotados.
Estou a adorar.

Anónimo disse...

O spin doctor do PSD que inventou a lenga-lenga do consenso deve estar a caminho do Centro de Emprego. eheh

Anónimo disse...

Que 'divertido' que isto é. Os PAF até oferecem cargos governativos a gente do PS. Pensam que Costa é como o "irrevogável" que , aceitou voltar atrás com a palavra dada sobre a demissão, a troco do lugar de vice-primeiro ministro. Cambada sem vergonha.

Anónimo disse...

A cara deles à saída dizia tudo.
Os dois estarolas da vida airada atreveram-se a ir parlamentar ao Largo do Rato SEM LEVAREM UM ECONOMISTA.
A coça que devem ter levado do Prof. Mário Centeno deve ter sido uma coisa ÉPICA !

Repito, a cara deles ... meu DEUS !
A do Portas então ... UI!

Paulo Guerra disse...

E o mais engraçado é que passamos a noite a ver e ouvir nas televisões e sem qq espécie de contraditório - num défice democrático como não há memória no Portugal pós ditadura - que o PS tem que forçosamente dar a mão à coligação de direita?! Com todos os argumentos mais que estafados e mais alguns. Inclusive que não avisaram?! E será que ninguém ouviu as duas partes durante toda a campanha negarem qq possibilidade desse entendimento? Pois é! Trair os eleitorados era agora fazerem o que sempre deixaram bem claro que nunca iria acontecer. Já nunca ninguém ouviu António Costa proclamar que era sua intenção desprezar todas as forças políticas à sua esquerda. Muito pelo contrário. Coitado do Cavaco.

Anónimo disse...

Esta é para o Montenegro, o Abreu Amorim e aquele tipo de Santarém que mal sabe escrever (olha que três caciqueiros trauliteiros):

Discurso de Cavaco Silva de anúncio da data das eleições legislativas
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....Em maio do ano passado, Portugal concluiu a execução do Programa de Assistência Económica e Financeira subscrito com as instituições internacionais e voltou a ter acesso aos mercados para financiamento do Estado e da economia.
Contudo, de acordo com a legislação europeia, o País continua sujeito a regras muito exigentes de disciplina financeira e de supervisão das suas políticas económicas.
Desde logo, é essencial assegurar o equilíbrio das contas do Estado, a redução do endividamento externo e o reforço da competitividade da economia.
Temos de vencer estes desafios para conseguirmos promover o crescimento da economia, a criação de emprego, a eliminação dos sacrifícios que ainda impendem sobre muitos Portugueses e a melhoria das condições de vida do nosso povo.

Neste contexto, é da maior importância que Portugal disponha de condições de ESTABILIDADE POLÍTICA e de GOVERNABILIDADE na próxima legislatura. Sem elas, será muito difícil alcançar a melhoria do bem-estar a que os nossos cidadãos justamente aspiram.

Após os sacrifícios que fizeram, os PORTUGUESES TÊM O DIREITO, mas também o dever, de EXIGIR um GOVERNO ESTÁVEL E DURADOURO, que seja capaz de prosseguir uma política que traga mais riqueza e mais justiça social ao nosso País.

Neste sentido, é extremamente desejável que o próximo Governo disponha de APOIO MAIORITÁRIO e CONSISTENTE na Assembleia da República.

Anónimo disse...

O Cavaco queria consensos e compromissos.
E mais CONSENSOS.
E mais compromissos.
E se fosse possível uma maioria parlamentar. E consensos. E muitos compromissos.
O PS reúne em seu torno consenso com o PC e o Bloco. E os 3 fazem cedências. E consensos, e compromissos.
E têm uma maioria parlamentar. E fizeram consensos e compromissos, não sei se já disse.

E na Europa, que tanto temos que respeitar, parece que isso é até muito comum.

O que faz a direita? Estrebucha, nega e diz que assim não vale. E que temos que ir ver a Constituição.
E a CRP diz que sim senhor, tal é possível. É portanto tudo legal.
É esse o princípio subjacente a um sistema parlamentar.

Corolário: a direita desconfia, porque não sabe nem nunca soube interpretar a Constituição e envia tudo para o Tribunal Constitucional à espera do 20.ª inconstitucionalidade decretada pela tribunal, essas forças de bloqueio que só sabem é melhorar as condiçoes de vida do povo português, onde é que isso já se viu.

Anónimo disse...

A delegação paf: Coelho+Mac+portas+cristas+lambreta. Notável a presença do psd.

Anónimo disse...

entretanto: a fuga dos ratos
http://dre.tretas.org/dre/1377163/

Anónimo disse...

António Costa não deve ceder sob nenhum pretexto a esta direita pafiosa. Passos, Portas & Companhia mentiram imensas vezes aos portugueses (além de escravizarem o povo!) e mentirão novamente só para manter o poder e as mordomias que já consideram deles por direito divino. Se António Costa confiasse neles era o fim do PS e do país por que nada de bom pode sair da relação com esta gente autoritária, inepta e velhaca. Chega de destruírem o país, se não podem já governar,que agarrem na trouxa e emigrem para os offshores (onde guardam o produto do saque) e deixem governar quem sabe, é honesto, competente e melhor para o país. M.

Um entre milhões disse...



FORÇA, ANTÓNIO COSTA!!!

arebelo disse...

Se quanto ao que esta pandilha representa sustentada pela mentira e pelo vale tudo em defesa dos potes,deles e dos amigalhaços do boloqueime,ninguém tem dúvidas sendo de aguardar mais uma patifaria vinda das bandas de Belém,pelo que o Costa só cairá nas patranhas dos consensos ou por distração ou então porque nos enganou.Já o mesmo não digo quanto aos "pafiosos"da corte do Tó Zé que minam o partido com motivações abjetas e em proveito de uma direita infame que rejubila com tão inesperado bónus.E o verdadeiro perigo vem muito mais deste inimigo que do casal Coelho e do outro,cujo nome me recuso citar,ambos cadáveres há muito anunciados.

Magus Silva disse...

Daqui só quero mandar um recadinho para o PCP. E penso que tenho todo o direito, visto que foi neste partido que votei muitos anos, e ainda tenho votado nele para as autárquicas.Deixei de votar nele, precisamente porque já não esperava qualquer contributo.
Sei, e todos sabemos que este não é o programa de um partido que está contra a nato, contra o euro, contra tudo.
O PCP tem uma oportunidade de ouro para provar que não é apenas contestação, suspendendo todos esses objectivos para a s próximas legislativas. Quatro anos passam mais depressa do que toda esta eternidade em que o partido falou quase sozinho.
Um partido que se especializou em derrubar governos, espera-se que sem truques, não viabilize um governo para o derrubar, e assim voltar à longa caminhada no deserto. Com as melhores intenções, um admirador da esquerda