domingo, novembro 15, 2015

Calar o Observatório da Emigração


    Cito das conclusões do último relatório do Observatório da Emigração:
      • "Portugal é hoje o país da União Europeia com mais emigrantes em proporção da população residente. O número de emigrantes portugueses supera os dois milhões, o que significa que mais de 20% dos portugueses vive fora do país em que nasceu.

      • Entre 2010 e 2013, o número de saídas de Portugal cresceu mais de 50%. Entre 2013 e 2014, a emigração estabilizou em torno das 110 mil pessoas por ano. É preciso recuar a 1973 para se encontrar valores para a emigração desta ordem de grandeza.

      • Predominam, entre os portugueses emigrados, os indivíduos com baixas e muito baixas qualificações, embora se observe um crescimento da proporção dos mais qualificados. A percentagem dos portugueses emigrados com formação superior a residir nos países da OCDE praticamente duplicou, passando de 6% para 11%, entre 2001 e 2011."

    E passo a perguntar:
      1. Percebem melhor porque temos problemas estruturais muito complexos, que quatro anos de políticas 'além da troica' só agravaram?

      2. Percebem porque é que o Governo Passos Coelho e Paulo Portas se sentiu incomodado com a divulgação desta informação quando estava pronta - e queria que só fosse divulgada depois das eleições?

      3. Percebem porque foi miserável a sua retaliação, cortando o financiamento público ao Observatório da Emigração?

      4. Percebem porque é indispensável tentar contrariar esta sangria, com políticas económicas positivas?

      5. E que para isso é preciso outro Governo?

7 comentários :

Jose disse...

Se percebo que o corte no financiamento do Observatório nos privou de algum instrumento de política?
Não, não percebo que financiá-lo nos trouxesse dinheiro para investir.
Se percebo que o acréscimo dominante de baixas e muito baixas qualificações nos privam de algo essencial?
Não, já que não temos de povoar mais cafés, restauramtes e supermercados de que já temos excesso; e dizem-me que não devemos expandir indústrias de baixa tecnologia e baixos salários para os não beneficiados com o nosso magnífico ensino público.
Se temos problemas estruturais que se reflectem na emigração qualificada?
Sim, temos políticos treteiros que afastam os investidores com tiradas e alianças esquerdalhas a acrescer a 40 anos de desbunda financeira que deixou o país na merda!

RFC disse...

Ó bronco vai pastar, ide para a taberna. O grupo parlamentar do BE perguntou basicamente o mesmo sobre esta vingança do MNE pela mão do Rui Machete mas juntou os três nomes para um duia se dazer o cadastro da PàF.

Bloco acusa governo de chantagear Observatório da Emigração

[...]

O BE afirma que o responsável da DGACCP, Embaixador João Maria Cabral, "que está na dependência direta do Secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, denunciou o protocolo com a justificação de "quebra de confiança", depois de o estudo em causa ter sido divulgado.

O Observatório da Emigração, a funcionar desde 2009 no Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES), no Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), do Instituto Universitário de Lisboa (IUL), publicou o seu segundo estudo sobre fenómenos migratórios indicando que cerca de 110 mil portugueses emigraram em 2014, tal como no ano anterior, concluindo que Portugal é "sobretudo, de novo, um país de emigração".

As perguntas de José Manuel Pureza a Rui Machete são como "justifica a tomada de decisão do diretor geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas de denunciar nilateralmente" aquele protocolo e que "razões objetivas existem" para quebra da confiança no Observatório.

No DN online, é googlar.

Jose disse...

Bendita emigração que limita os danos da desbunda esquerdalha!!!

RFC disse...

Hic!!

Anónimo disse...

É José, porque é a esquerdalha que tem estado no poder nos ultimos 4 anos.
Homem, nem sequer tens a noção do que dizes...

Jose disse...

Há gente que se não é estúpida pratica a estupidez com assinalável perseverança.
E praticam-na em grupo, organizando corais e litanias até que a estupidez possa ser identificada com um imaginário consenso.
A 6 anos de governo socialista seguem-se o país de tanga de Barroso e Lopes
A 6 anos socráticos de desbunda e vilania segue-se o país sob resgate.
Logo que há alguma folga logo recomeça o projecto de desbunda e ruína a prazo, n orgulho maior da esquerdalhada!

RFC disse...

«Hic-hic!», sai outro arroto.