Está quase tudo dito sobre Sérgio Monteiro. Vale a pena no entanto determo-nos em dois pontos:
1. A contratação por ajuste directo de Sérgio Monteiro leva-nos a questionar o que têm feito as entidades que haviam sido contratadas a peso de ouro para assessorar a venda do Novo Banco (referidas mais longamente aqui). Veja-se:
• O BNP Paribas foi contratado para assessorar financeiramente a venda do Novo Banco. Pelos seus avisados conselhos, o banco francês recebe uma remuneração mensal de 250 mil euros, durante dois anos, e um prémio de sucesso (success fee) de 10 milhões. Tudo somado: 15 milhões de euros.
• Enquanto «Autoridade de Resolução», o Banco de Portugal decide contratar mais um assessor financeiro, a TC Capital. Despesa anunciada dos serviços a prestar durante dez meses: uma remuneração mensal de 30 mil euros e um prémio de sucesso (success fee) de 500 mil. Tudo somado: 800 mil euros.
Agora, chega a vez de abrir os cordões à bolsa a Sérgio Monteiro. Porquê? Os outros não dão conta do recado?
2. Se no caso das anteriores contratações não foi sequer justificado os montantes envolvidos nos negócios, o Banco de Portugal recorreu a um artifício para que «o Dr. Sérgio Monteiro tenha direito a uma remuneração igual à que auferia na Caixa – Banco de Investimento, SA antes de desempenhar as funções de Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações».
Com efeito, Sérgio Monteiro deixou de ser administrador de uma instituição detida pela Caixa Geral de Depósitos quando foi nomeado secretário de Estado. Ao abandonar as funções no Governo, regressaria ao lugar de origem no banco público, uma vez que o cargo de administrador já estava ocupado. Se a remuneração a pôr à disposição de Sérgio Monteiro é a que ele auferiria após o regresso à Caixa, então deveria ter sido calculada em função do lugar de origem no quadro de pessoal e não com base num cargo (transitório) que ele abandonara há quatro anos.
Este não é bem um post sobre Sérgio Monteiro. Talvez seja mais sobre Carlos Costa, porque o Banco de Portugal não pode ser gerido como se fosse uma quinta privada.
7 comentários :
Brilhante exercício de inconsequência e perda de tempo!
Perda de tempo é a arrastadeira de serviço andar aqui a "cagar" sentenças a que ninguém liga. Não há nada para fazer lá em casa, uns preguinhos para pregar ou uma roupinha para lavar?
Ah!, e as farmácias vendem remédios para essa azia.
Nem uma coisa nem outra,porque é mais uma afronta ao contribuinte que paga os desmandos com os amigalhaços como pagou a palhaçada que o irrevogável provocou para "alargar"o pote-2,5 mil milhões- e depois,nenhuma destas malfeitorias é demais para que o português veja bem a moralidade da corja que quer mais quatro anos para esconder e camuflar o muito de escabroso que ainda há para vir à luz do dia.
Parabéns A. Costa. Estou orgulhosa da sua participação hoje na AR.
Obrigada por nos devolver a esperança em dias melhores.
Força.
Acerca desta ladainha recorrente dos pafiosos e dos comentadores tv pagos por nos que o ps vai encontrar umas financas bem melhores q em 2011 e um pressupoto falso porque assenta em tres pilares que eles nao falam, um q foi o psd,cds e ps q ao longo de 40 anos arruinaram as contas publicas e n so os seis anos de socrates, segundo q grande parte da recuperacao financeira se deveu ao anquilosamento de dois ministerioschave numa sociedade democratica que foi o da saude e o da educacao e o terceiro e q quem pagou quase em exclusivo foramos reformados e os trabalhadores , estas e q sao as tres grandes verdades q os pafiosos escondem e o argumentarioveridico veridico q o ps devia fazer o meaculpa e utilizar em sua defesa!
Pois não devia ser gerido como se fosse uma quinta privada na Merdaleja.
Mas a verdade é que É MESMO E NINGUÉM FAZ NADA!
Quando é que veremos esse trafulha do carlinhos costa sózinho no meio da arena contra uma dúzia de touros em pontas?
Isso ainda era pouco para esse GATUNO...
Ladrões! Deviam era ser obrigados a indemnizar o Estado português e a repor todo o dinheiro que roubaram aos portugueses..eles e os amiguinhos! Malditos! M.
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