sexta-feira, outubro 21, 2005

Por que apoia o CC a greve dos magistrados (os judiciais e os outros)?

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O CC está com os magistrados (os judiciais e os outros) na sua greve. Em defesa de quê? Veja-se a mãozinha do cartaz. Com excepção do dedo mindinho, que não apresenta uma causa por que lutar, os restantes dedinhos dão corpo a quatro nobres causas quatro: “Garantir o acesso ao direito e aos tribunais”, “Defender a independência dos tribunais”, “Pela dignificação do estatuto sócio profissional”[sic] e “Por uma efectiva reforma da justiça”. Quem poderia, não sendo meliante, opor-se a tais desígnios, mesmo que, porventura, possa haver sobreposição de objectivos na defesa destas nobres causas?

Sendo assim, e para não ser acusado de parcialidade a favor da greve, o CC abre as suas páginas às partes em conflito, dando voz aos intervenientes que desejem debater os problemas da justiça. Façam o favor de nos fazer chegar os contributos.

Saiba no entanto que o CC acompanha a situação com enorme apreensão. Na verdade, se este governo já conseguiu, em sete meses, pôr em crise a independência dos tribunais, o acesso ao direito e aos tribunais, o estatuto socioprofissional das magistraturas e a própria reforma da justiça, que mais nos irá acontecer se se mantiver em funções durante mais quatro anos? Fecham os tribunais e removem para o quadro de excedentes os magistrados? Caro leitor, mantenha-se atento!

10 comentários :

Anónimo disse...

A GREVE DOS JUÍZES: O FUNDAMENTO
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«Até quando...
--- Grande parte dos edifícios dos tribunais continuarão inadequados e degradados, designadamente com entrada de águas pluviais quase sempre sem qualquer intervenção atempada que deixa durante anos grandes manchas de humidade e paredes enegrecidas, com prejuízo da qualidade de vida no seu interior?
--- Há falta de carpetes nos gabinetes dos juízes e, quando as há, são velhas, rotas e raramente foram lavadas (talvez nunca, na sua maior parte), chegando a cheirar mal?
--- Há janelas cujos vidros não são limpos há dezenas de anos e já não abrem?
--- Há portas e paredes sujas?
--- Tacos levantados?
--- E lâmpadas sem campânulas ou resguardos?
--- Mobiliário de baixa qualidade, de substituição?
--- E se retiraram peças velhas, ou mesmo antigas, de grande qualidade e valor, apenas carecidas de restauro?
--- E os juízes têm que atravessar corredores de público para irem a uma casa de banho ou à secretaria judicial?
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Até quando...
--- Os juízes irão continuar a trabalhar em gabinetes exíguos, alguns deles concebidos como pequenas arrecadações, aí tendo que receber diariamente largas dezenas de pessoas, mesmo em tribunais de construção muito recente, onde mal cabe o juiz, os advogados e um funcionário, quanto mais os outros numerosos intervenientes e público, onde são realizadas muitas audiências de julgamento?
--- Sem um único elemento decorativo (um quadro na parede, uma jarra deflores, etc.)?
--- E sem aquecimento ou ar condicionado, onde, no verão, as temperaturachega a atingir mais de 35º C., para não falar no frio do inverno?
--- E se faz sentir, muitas vezes intensamente, o ruído urbano do trânsito, dada a sua localização?
Serão assim os gabinetes dos titulares dos demais órgãos de soberania, dos titulares dos órgãos do poder autárquico ou até de funcionários com lugar de chefia na administração?
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Até quando...
--- Os juízes terão que continuar a comprar e a pagar os livros jurídicos indispensáveis ao exercício da sua função, ante a conhecida inflação legislativa e, por isso, também doutrinária e jurisprudencial?
--- O seu próprio traje profissional (beca), sem subsídio de despesas de representação?
Será assim também com os titulares dos outros órgãos de soberania?
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Até quando...
--- Faltando à verdade, vão continuar a dizer que os juízes têm dois meses de férias no verão?
--- Terão que continuar a trabalhar de dia e de noite, aos fins-de-semana e nas férias, sem auferir "mais um tostão" e sem o, agora evidente, reconhecimento de ninguém?
--- E têm que usar o seu próprio automóvel para se deslocarem em serviço entre os diversos tribunais onde prestem serviço, esperando semestres inteiros pelo pagamento de ajudas de custo, acabando por nem saber o queestá ser pago?
Será que isto acontece assim com os titulares dos outros órgãos de soberania?
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Até quando...
--- Terão que continuar a fundamentar as suas decisões intercalares, sentenças e acórdãos "ao metro", em muitas e muitas páginas, com relatórios, etc., mesmo as decisões da matéria de facto, incluindo os estranhíssimos "factos não provados", mesmo quando toda a prova oralmente produzida é gravada?
--- E a ditar para a acta de audiência o teor de depoimentos de parte que ficam gravados na própria audiência?
--- Aguardarão pelos indispensáveis assessores, continuando a fazer tudo sozinhos?
--- Julgamentos cada vez mais longos, equipamentos e técnicas obsoletos, gravadores de som que não gravam e levam à posterior repetição de julgamentos?
--- Ou, mesmo com gravação da prova, esta tem que ser repetida com manifesta perda da genuinidade dos depoimentos?
--- Haverá julgamentos consecutivos nos gabinetes com manifesto prejuízopara a publicidade da audiência, crédito da prova, descoberta da verdade erealização da justiça e respeito pelos seus destinatários e demais intervenientes, assim como do prestígio dos tribunais e vergonha do Estado?
--- Cada vez mais longe de uma justiça moderna, própria de um Estado de Direito?
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Até quando...
--- Os juízes viverão cada vez mais longe da sua vida familiar, longe da educação dos seus filhos?
--- E haverá poder político autista que nem sequer reconhece o esforço dajudicatura, incapaz de ver ou não querendo ver que também os juízes são vítimas do sistema criado e que outros sustentam?
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Até quando...
--- Os juízes se devem preocupar mais com a independência dos tribunais, quando, na verdade, o assunto diz sobretudo respeito à sociedade civil e aopovo, à sua liberdade, respeito pelos seus direitos e garantias e à democracia?
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Até quando...
--- Os serviços sociais do Ministério da Justiça constituem um privilégio dos cerca de 1500 juízes existentes, quando, na verdade, os beneficiários são cerca de 90.000 pessoas e toda a medicação vem sendo já receitada no âmbito dos serviços da ADSE há vários anos, sem qualquer contestação?
--- Os serviços sociais se mantêm para algumas classes que deles já beneficiavam anteriormente? Factores de risco? As urgências são nos hospitais (INEM)!
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Até quando...
--- A progressiva degradação das condições de vida dos magistrados com o evidente prejuízo para a justiça?
--- Os juízes terão de continuar sem formação permanente e contínua;
--- Disponíveis para qualquer ramo do direito, em qualquer tribunal e semqualquer formação específica;
--- E sem terem, em larga medida, quem os substitua na doença;
--- O acesso ao CEJ e à magistratura continuará a ser prejudicado por tempo de espera de 2 anos imposto por lei - sabe-se lá em nome de quê! - afastamento dos melhores alunos das faculdades de Direito para outrasprofissões hoje já manifestamente mais gratificantes, como é do conhecimento de todos?
--- E se continuará a sentir a iminência de a profissão de juiz vir a ser escolhida de entre muitos que não lograram obter melhor sorte?
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Até quando...
--- Titulares de um órgão de soberania terão que se associar em sindicato para exigir ao poder político o cumprimento de indiscutíveis deveres do Estado?
--- E o respeito pelo próprio Estado?
--- O Presidente da República do nosso Estado de Direito tem que ser lembrado por um homólogo de um Estado Soberano, de democracia duvidosa, que não pode interferir no poder judicial por no seu país os tribunais serem independentes?
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Até quando ...
--- Os tribunais irão continuar a ser invadidos com bagatelas penais despropositadas, e até criadas ao abrigo do apoio judiciário, e conflitos civis que poderiam ser evitados se a lei impusesse ao mercado melhores regras de funcionamento, assim ocupando magistrados, advogados, funcionários, peritos, testemunhas, etc., com matérias de somenos importância, por vezes mesmo questões ridículas, causadores de grandes despesas para o Estado?
--- Códigos de processo em vigor com comprovada ineficácia, que ao abrigo de um suposto princípio da desconfiança, permite que se repitam diligências de prova, ouvindo e voltando a ouvir testemunhas, num remoinho perturbador que a todos cansa e perturba, sem vantagem nenhuma para a descoberta da verdade e prejuízo dos demais processo que se atrasam?
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Até quando...
--- Terão os juízes que ouvir e ler tudo o que se quer dizer e escrever (quantos disparates..., quantas enormidade jurídicas!) sobre a substância dos processos, mantendo a lei a proibição de sobre eles os magistrados falarem?
--- E serão uma espécie a não definir; titulares de órgão de soberania/funcionários; órgão de soberania no exercício dos seus direitos profissionais, funcionários nas suas obrigações, ou o contrário, ou ainda uma mistura de conveniência que não pode perder o sentido de Estado, mantendo-se em silêncio?
--- Que interesses serve tanta indefinição?
--- Que Estado é este?
--- Para onde nos levam?
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Até quando terão os juízes que continuar fechados sobre os seus processos, cada vez mais longe de um mundo que se diz globalizado, contrariando a indispensável aquisição de conhecimento que quem julga deve ter?
... Ou, numa semântica original e específica, a magistratura terá que continuar a ser sinónimo de escravatura?Expliquem-nos, por favor!
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Pelas referidas razões e muitas outras, o autor do texto vê-se obrigado a participar numa greve que jamais desejaria fazer».

Anónimo disse...

TRIBUNAL JUDICIAL DE PAÇOS DE FERREIRA
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GREVE DOS JUÍZES
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AS RAZÕES PELAS QUAIS OS JUÍZES
DESTE TRIBUNAL VÃO PARTICIPAR
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Como é do conhecimento geral, o Conselho Geral da Associação Sindical dos Juízes Portugueses marcou uma greve nacional dos juízes portugueses para os próximos dias 26 e 27 de Outubro de 2005.
A adesão dos juízes a essa greve será feita pelas seguintes razões:
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1. falta de adequação e de qualidade do parque judiciário:
Os edifícios dos Tribunais encontram-se em elevado estado de degradação, não oferecendo as mínimas condições para os que neles trabalham e para os cidadãos utentes da justiça. É o que sucede neste Tribunal Judicial da Comarca de Paços de Ferreira, onde existe uma só sala de audiências para três juízos, não existem gabinetes para todos os magistrados, os funcionários de uma das secções de processos (a do 3.º Juízo) estão confinados a um cubículo no qual ainda têm de amontoar os milhares de processos pendentes, existe uma única casa-de-banho em funcionamento, as paredes estão sujas, por não serem pintadas há anos, o mobiliário é de baixa qualidade e encontra-se gasto, não existe ar condicionado nem qualquer sistema de insonorização que evite que no interior do edifício se faça sentir o ruído do tráfego urbano, não existe uma sala de testemunhas, etc..
Na actual organização do Estado, cabe ao Governo providenciar pelo fornecimento dos meios materiais indispensáveis para que a Justiça possa ser exercida com dignidade e eficácia. O modo como essa tarefa vem sendo desempenhada é bem visível neste Tribunal, onde não existe o mínimo de conforto para os sujeitos processuais e para o público em geral.
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2. Falta de investimento do Estado na formação contínua dos juízes:
Os juízes, que têm de se manter permanentemente actualizados e de acompanhar as constantes alterações legislativas, têm de adquirir, do seu bolso, os livros jurídicos indispensáveis ao exercício da sua função. Até o traje profissional (a beca) tem de ser adquirido pelos juízes, que não beneficiam de qualquer subsídio de formação nem de despesas de representação (quanto a estas, ao contrário do que sucede com os titulares dos demais órgãos de soberania);
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3. Falta de adequação das leis processuais à realidade social:
Os juízes aplicam as leis que são elaboradas pelos órgãos de soberania com competência para tal (Assembleia da República e Governo). A prática judiciária vem revelando, desde há anos, a desadequação das leis processuais que obrigam à fundamentação excessiva das decisões intercalares, à elaboração de constantes e extensos relatórios, à sucessiva repetição, ao longo do processo, da enunciação dos factos essenciais à decisão da causa, à necessidade de ditar para a acta o que já fica documentado em fita magnética (vide o que sucede com os depoimentos de parte em processo civil);
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4. Falta de meios para que os juízes possam exercer a função que a Constituição da República Portuguesa lhes atribuiu (que é a de administrarem a justiça em nome do Povo):
Os juízes, para além da função que lhes está atribuída, exercem também a função de dactilógrafos e, quantas as vezes, as de motoristas, utilizando as suas viaturas próprias e suportando do seus bolso as despesas com os combustíveis (vide o que sucede com o serviço de turno, em que os juízes andam de comarca em comarca e, porque a rede de transportes públicos é, as mais das vezes, ineficaz ou inexistente, têm de utilizar os seus veículos, ficando depois longos meses – senão anos! – à espera de receber as ajudas de custo a que têm direito).
Os julgamentos têm, com frequência, que ser realizados nos exíguos gabinetes, com claro prejuízo para a publicidade das audiências – e também para os juízes que se vêem privados do mínimo de privacidade e recato no único espaço que lhes está reservado. Não existem assessores, com formação jurídica adequada, que possam exarar os despachos de mero expediente e, assim, libertar os juízes para a decisão dos processos.
Até quando os tribunais vão estar na dependência financeira do Governo e do Ministério da Justiça?
Para quando a indispensável lei orgânica do Conselho Superior da Magistratura?
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5. Falta de meios alternativos à resolução judicial dos litígios:
Os tribunais continuam a ser invadidos com bagatelas penais despropositadas, muitas vezes criadas ao abrigo do apoio judiciário, e conflitos civis que poderiam ser evitados se a lei impusesse ao mercado melhores regras de funcionamento, assim ocupando magistrados, advogados, funcionários, peritos, testemunhas, etc., com matérias de somenos importância, por vezes mesmo questões ridículas, causadores de grandes despesas para o Estado.
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6. Falta de dignificação do estatuto sócio-profissional dos Juízes
Os Juízes não vêem o seu estatuto remuneratório ser actualizado desde 1989, tendo-se habituado ao sucessivo incumprimento das promessas do poder político. O Governo, sem diálogo (tanto assim que aprovou as medidas quando decorria o processo de negociação colectiva) entendeu retirar aos juízes os Serviços Sociais do Ministério da Justiça, utilizando argumentos incorrectos e fazendo crer erradamente aos cidadãos que os juízes gozam de um privilégio que é suportado por todos. Os juízes, que não podem exercer qualquer outra actividade profissional remunerada (ao contrário do que sucede com a generalidade dos profissionais) não beneficiam de qualquer subsídio de exclusividade (ao contrário do que sucede com outras classes profissionais. Mesmo os deputados gozam de um subsídio de reintegração profissional quando cessam as suas funções, não obstantes poderem cumular a função de deputado com outras actividades profissionais);
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7. Falta de verdade quanto a questões essenciais da Administração da Justiça
A alteração das férias judiciais foi apresentada, pelo Governo, como a retirada de um privilégio aos juízes. Esqueceram-se que as férias não eram dos juízes (que no decurso delas continuavam a trabalhar); antes eram um período de suspensão dos prazos e dos actos nos processos não considerados pela lei como urgentes e que contra a alteração se manifestaram, com fundadas razões, todos os organismos representativos de todas as profissões do foro. Os pareceres pedidos pelo Governo, todos no sentido do errado da alteração, foram engavetados e ignorados. O único argumento avançado em favor da medida foi um suposto estudo nunca apresentado e cujos autores e pressupostos se desconhecem. As propostas dos juízes no sentido da eliminação pura e simples do período de paragem técnica dos processos não urgentes foram ignoradas.
Os Serviços Sociais do Ministérios da Justiça foram apresentados com um privilégio injustificado dos juízes, quando o certo é que serão mantidos para outras classes profissionais, recorrendo-se para o efeito a argumentos insubsistentes (à semelhança do que sucede com os técnicos de reinserção social, também os juízes têm contacto directo com a população em geral, inclusive com arguidos presos e/ou violentos, quanto mais não seja quando procedem aos seus interrogatórios e se cruzam com eles nos corredores dos tribunais (no Tribunal Judicial da Comarca de Paços de Ferreira é mesmo frequente juízes e arguidos cruzarem-se na única casa-de-banho existente!).
Para quando a segurança nos tribunais, aspecto constantemente ignorado pelo Ministério da Justiça?
Será que se esquecem que nos tribunais são proferidas diariamente decisões que afectam de forma significativa a vida dos intervenientes processuais? Será que ignoram que já foram praticados actos de violência no interior dos tribunais, inclusive contra magistrados e inclusive com o recurso a armas de fogo?
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Eis apenas algumas – das muitas – razões que nos levam a participar nesta greve através da qual, mais uma vez, os juízes procuram defender a independência e a legitimidade do poder judicial, pressuposto necessário para que num Estado de Direito a Justiça o seja efectivamente.

Anónimo disse...

Deve ser impressão minha, mas a corporação dos juízes só fala de dinheiros, de subsídios, de férias, de reformas (deles), de sistema de saúde. o símbolo da greve deveria ser antes 1 só dedo, num conhecido gesto popular. perdão, são órgãos de soberania. mas lá que há um erro sobre o objecto, isso há....

Anónimo disse...

Proponho que se façam em Portugal cópias dos palacios do Saddam, e coloquem lá os juizes Portugueses!!!

(não esquecer as tampas das sanitas em OURO)

Anónimo disse...

De facto, vocês conseguem justificar a greve com melhor e mais sustentada argumentação do que o fazem os 2 sindicatos da justiça, dos Senhores Dupond e Dupont.

Anónimo disse...

Se eu fosse magistrado e como transmontano que sou tb quereria uma gaja no gabinete para me fazer uns bobós!
Sim pq eu ainda pertenço àquela pequena, cada vez mais pequena, casta de HOMENS QUE GOSTAM DE GAJAS!...

Anónimo disse...

Sócrates tenta evitar greve de juízes

No Público de 21/10/2005:
O Governo está a fazer todos os esforços para demover os juízes de fazerem greve nos próximos dias 26 e 27. Na passada segunda-feira, o primeiro-ministro, José Sócrates, o ministro da Justiça, Alberto Costa, e os presidentes dos vários tribunais superiores promoveram um encontro reservado com os dirigentes da Associação Sindical dos Juízes, para tentar chegar a acordo sobre os motivos que levam os magistrados judiciais a fazer greve nesses dias. O presidente do Supremo Tribunal de Justiça também tem procurado influenciar os dirigentes sindicais nesse sentido, mantendo-se a par das suas decisões. Estes contactos não produziram, no entanto, o efeito desejado pelo Governo. Os juízes mantêm a decisão de avançar com as paralisações(...)

Comentário: isto é surrealista ! Quer o Primeiro Ministro quer o Ministro da Justiça têm pautado a a sua actuação por atitudes de sistemático confronto com as magistraturas, numa constante "fuga em frente", abrindo novas fontes de conflito, numa bem alicerçada campanha mediática contra os juízes e contra os profissionais de Direito em geral; pareciam empenhados em encostarem os juízes à parede, não lhes deixando outra alternativa senão aceitarem esse confronto e irem à luta, ou seja, basicamente, empurrando-os deliberadamente para a greve.
Esta atitude agora de fazer reuniões à pressa para evitar a greve, a uma semana da sua realização, depois de terem agredido violentamente a magistratura durante meses a fio demonstra uma de duas coisas: ou os governantes não sabiam o que estavam a fazer quando abriram esta guerra, ou estavam convencidos que o nível de tolerância das magistraturas à arrogância e intolerância governativas era muito superior àquele que realmente existe.
Em qualquer caso, parece que só muito tardiamente começam a compreender a gravidade da situação que criaram; o apelo algo patético ao "sentido da responsabilidade" dos magistrados (vide Portugal Diário) é mais um indício que aponta nesse sentido. - in ciberjus

Anónimo disse...

Ó juizecos de merda! Vocês "julgavem" que tinham poder fora dos Tribunais? TRETAS! Vocês são merda! E o Governo está a demonstrá-lo!!!

Anónimo disse...

What is fellatio?

Fellatio is oral sex performed on a man. One thing remains true in all oral sex encounters: good oral sex starts with good communication. Finding out what he likes will go a long way to performing satisfying oral sex. Usually it is best to ask a man after he has received oral sex so that he can recount what aspects he most enjoyed. Through a few easy principles you can learn what makes incredible fellatio possible.

Below we provide a general discussion of some techniques for better fellatio. If you're looking for a more detailed approach, we highly recommend Nina Hartley's Guide To Better Fellatio. Ms. Hartley explains and demonstrates various fellatio techniques, gives her own personal insights on arousing your partner, and shares her years of sexual experience. The best instructional video on the subject.

Techniques for fellatio: doing it right

Some issues and practical concerns regarding fellatio

Giving great fellatio is not a difficult task once you know where to begin. First, a word about semen. You may or may not enjoy the taste of semen (salty and sour with a somewhat viscous texture) depending on your partner or your own preferences. Semen tastes different depending on the man. If you prefer not to swallow or spit the semen, you may ask your partner to signal you when he reaches the point before climax. At this point, continue gentle stimulation with your hands.

You may also want to use condoms, which are highly recommended in the practice of safer sex anyway. Flavored condoms will make it even more interesting. You can also try a nice water-based lubricant, such as Astroglide Strawberry. Lubricants come in a wide variety of flavors and can often help heighten the sensitivity of the penis during fellatio. A particularly good one to try out here is Good Head Gel, which comes in mint and cinnamon. This gel creates an exciting icy heat for the man while providing a delicious taste for his partner.

Another issue for many people is whether or not to "deep throat" or take the penis past the gag reflex in the throat. Many people have learnt how to control their gag reflex, but good fellatio does not depend on deep throating. Many men do not even notice when you do it.

There's more to fellatio than the penis

Too many people during fellatio concentrate solely on the penis. The penis does contain highly sensitive erectile tissue, but there are many other sexually sensitive areas on a man’s body. Unknown to many are the pleasures that men receive from having their entire genital area massaged. During oral sex the penis can be stimulated while these other areas are massaged. Many men like to have their scrotum and testes fondled or licked during oral sex. This could be as simple as placing your hand and cupping the scrotum, or as bold as taking the testes into your mouth. The most erogenous zones on a man’s genitals include the back of the head of the penis, the line of skin that runs down the center of the testicles, and the underside of the shaft of the penis. Try stimulating these areas with your tongue as well as taking the entire penis into the mouth.

Another form of stimulation that many men like is to have their perineum stroked. The perineum is the area in between the scrotum and the anus. This area is sensitive when the male is aroused. You may like to try rigorously massaging the perineum just prior to orgasm which gives many men a rush of pleasure. Some men like to have their prostate massaged during oral sex as well. This is accomplished by placing your finger up the man’s anus. Make sure that your fingernails have been cut short and place some lubricant on your finger. Gently run your hand from the perineum to the anus and massage the outside of the anus. Push your finger in the anus with your palm up. Slowly raise your finger until you feel a bump. This bump grows throughout age; it may be the size of a golf ball in young adulthood and the size of a pear in later life. Stimulation of the prostate is an incredible sensation that amazes most men.

Quick TipWhen performing fellatio, don't concentrate solely on the penis. The surrounding areas are also very sensitive. For example, massaging the area between the scrotum and the anus will drive your man wild.

Apply pressure with your fingers or better still use a vibrator like the Pocket Rocket to add to his bliss.
The main event

Now that you have learned about stimulating the areas around the penis it is time to learn about how to stimulate the penis itself. While the penis is a generally sensitive organ, there are many areas of the penis which are not particularly responsive to stimulation. When learning how to give great fellatio you must concentrate on the most sensitive areas of the penis. The first area which is particularly sensitive is the frenulum. This is the area just below the head of the penis on the underside, and is perhaps the most sensitive part of the penis. The seam of the penis which runs from the scrotum to the head, the base of the penis, and the entire head of the penis are other sensitive areas. You can concentrate on these by licking or sucking just around the particular area.

Once you have the penis in your mouth there are a couple of guidelines which will make oral sex more pleasurable for your partner and less stressful for you. First of all, most men do not like the feeling of teeth on their penis. Teeth can cause discomfort and may even rip the skin if you are not careful. There are some men who like a little bit of the friction which teeth can provide but it is best to minimize teeth to penis contact. This is easily accomplished by tucking your lips around your teeth before you perform fellatio. A way to practice is to place your lips together and teeth apart. Open your lips slowly while keeping your teeth apart and there you have it. Another important aspect of fellatio is lubrication. Most people use their own saliva as lubrication. If you are using a condom for fellatio, try to buy an unlubricated variety. Lubricated condoms tend to have a bad taste. If you'd like to try lubricant during fellatio, you can purchase a flavored lubricant to turn a normal latex condom into something tasty, or use it on its own for a unique experience.

These and many other practical tips are available in Nina Hartley's Guide To Loving a Man. Porn-starlet Nina Hartley guides the viewer through all she knows about pleasing a man. The video is infused with humor and real honest advice. If you're looking for more general information on how to please a man, then take a look at this video.

Body placement during fellatio: make sure that you're both comfortable

Finding an agreeable position for fellatio is usually not a difficult task. The key aspects are that the man is comfortable and that the person performing fellatio has access to the genitals. With an erect penis there is an additional consideration; the person giving head should be positioned so that the angle of the penis and the angle of the giver’s throat are somewhat aligned.

A common position for fellatio is when the man receiving sits or lies on a bed with his partner kneeling or laying on the ground in front of him. This gives the person who is performing oral sex complete access to the penis, scrotum and anus. The position is also at a good angle for the throat so that entry of the penis into the mouth is not a problem. (Note: if you do not like the man receiving fellatio to stroke your hair or face during oral sex then tell him beforehand. It can be extremely non-erotic if both of you are turned off by his gesture.)

Another position that may interest you and your partner is to allow the man to very carefully insert and withdraw the penis from the mouth. Typically the performer of fellatio will lie comfortably on the bed and receive his or her partner from above. If you are trying this position for the first time then it may be a good idea to have the man hold the base of his penis so that the penis doesn't enter so far as to put pressure on your gag reflex.

You may also want to try mutual oral sex in the ‘69’ position. This can be accomplished either with one partner above on all fours, or laying on each other’s sides. In the case of male-female mutual oral sex, you may want to try having the man lay on his back so the woman can better control penetration in her mouth.

Sex Out 21, 08:06:18 PM


Anonymous said...
What is fellatio?

Fellatio is oral sex performed on a man. One thing remains true in all oral sex encounters: good oral sex starts with good communication. Finding out what he likes will go a long way to performing satisfying oral sex. Usually it is best to ask a man after he has received oral sex so that he can recount what aspects he most enjoyed. Through a few easy principles you can learn what makes incredible fellatio possible.

Below we provide a general discussion of some techniques for better fellatio. If you're looking for a more detailed approach, we highly recommend Nina Hartley's Guide To Better Fellatio. Ms. Hartley explains and demonstrates various fellatio techniques, gives her own personal insights on arousing your partner, and shares her years of sexual experience. The best instructional video on the subject.

Techniques for fellatio: doing it right

Some issues and practical concerns regarding fellatio

Giving great fellatio is not a difficult task once you know where to begin. First, a word about semen. You may or may not enjoy the taste of semen (salty and sour with a somewhat viscous texture) depending on your partner or your own preferences. Semen tastes different depending on the man. If you prefer not to swallow or spit the semen, you may ask your partner to signal you when he reaches the point before climax. At this point, continue gentle stimulation with your hands.

You may also want to use condoms, which are highly recommended in the practice of safer sex anyway. Flavored condoms will make it even more interesting. You can also try a nice water-based lubricant, such as Astroglide Strawberry. Lubricants come in a wide variety of flavors and can often help heighten the sensitivity of the penis during fellatio. A particularly good one to try out here is Good Head Gel, which comes in mint and cinnamon. This gel creates an exciting icy heat for the man while providing a delicious taste for his partner.

Another issue for many people is whether or not to "deep throat" or take the penis past the gag reflex in the throat. Many people have learnt how to control their gag reflex, but good fellatio does not depend on deep throating. Many men do not even notice when you do it.

There's more to fellatio than the penis

Too many people during fellatio concentrate solely on the penis. The penis does contain highly sensitive erectile tissue, but there are many other sexually sensitive areas on a man’s body. Unknown to many are the pleasures that men receive from having their entire genital area massaged. During oral sex the penis can be stimulated while these other areas are massaged. Many men like to have their scrotum and testes fondled or licked during oral sex. This could be as simple as placing your hand and cupping the scrotum, or as bold as taking the testes into your mouth. The most erogenous zones on a man’s genitals include the back of the head of the penis, the line of skin that runs down the center of the testicles, and the underside of the shaft of the penis. Try stimulating these areas with your tongue as well as taking the entire penis into the mouth.

Another form of stimulation that many men like is to have their perineum stroked. The perineum is the area in between the scrotum and the anus. This area is sensitive when the male is aroused. You may like to try rigorously massaging the perineum just prior to orgasm which gives many men a rush of pleasure. Some men like to have their prostate massaged during oral sex as well. This is accomplished by placing your finger up the man’s anus. Make sure that your fingernails have been cut short and place some lubricant on your finger. Gently run your hand from the perineum to the anus and massage the outside of the anus. Push your finger in the anus with your palm up. Slowly raise your finger until you feel a bump. This bump grows throughout age; it may be the size of a golf ball in young adulthood and the size of a pear in later life. Stimulation of the prostate is an incredible sensation that amazes most men.

Quick TipWhen performing fellatio, don't concentrate solely on the penis. The surrounding areas are also very sensitive. For example, massaging the area between the scrotum and the anus will drive your man wild.

Apply pressure with your fingers or better still use a vibrator like the Pocket Rocket to add to his bliss.
The main event

Now that you have learned about stimulating the areas around the penis it is time to learn about how to stimulate the penis itself. While the penis is a generally sensitive organ, there are many areas of the penis which are not particularly responsive to stimulation. When learning how to give great fellatio you must concentrate on the most sensitive areas of the penis. The first area which is particularly sensitive is the frenulum. This is the area just below the head of the penis on the underside, and is perhaps the most sensitive part of the penis. The seam of the penis which runs from the scrotum to the head, the base of the penis, and the entire head of the penis are other sensitive areas. You can concentrate on these by licking or sucking just around the particular area.

Once you have the penis in your mouth there are a couple of guidelines which will make oral sex more pleasurable for your partner and less stressful for you. First of all, most men do not like the feeling of teeth on their penis. Teeth can cause discomfort and may even rip the skin if you are not careful. There are some men who like a little bit of the friction which teeth can provide but it is best to minimize teeth to penis contact. This is easily accomplished by tucking your lips around your teeth before you perform fellatio. A way to practice is to place your lips together and teeth apart. Open your lips slowly while keeping your teeth apart and there you have it. Another important aspect of fellatio is lubrication. Most people use their own saliva as lubrication. If you are using a condom for fellatio, try to buy an unlubricated variety. Lubricated condoms tend to have a bad taste. If you'd like to try lubricant during fellatio, you can purchase a flavored lubricant to turn a normal latex condom into something tasty, or use it on its own for a unique experience.

These and many other practical tips are available in Nina Hartley's Guide To Loving a Man. Porn-starlet Nina Hartley guides the viewer through all she knows about pleasing a man. The video is infused with humor and real honest advice. If you're looking for more general information on how to please a man, then take a look at this video.

Body placement during fellatio: make sure that you're both comfortable

Finding an agreeable position for fellatio is usually not a difficult task. The key aspects are that the man is comfortable and that the person performing fellatio has access to the genitals. With an erect penis there is an additional consideration; the person giving head should be positioned so that the angle of the penis and the angle of the giver’s throat are somewhat aligned.

A common position for fellatio is when the man receiving sits or lies on a bed with his partner kneeling or laying on the ground in front of him. This gives the person who is performing oral sex complete access to the penis, scrotum and anus. The position is also at a good angle for the throat so that entry of the penis into the mouth is not a problem. (Note: if you do not like the man receiving fellatio to stroke your hair or face during oral sex then tell him beforehand. It can be extremely non-erotic if both of you are turned off by his gesture.)

Another position that may interest you and your partner is to allow the man to very carefully insert and withdraw the penis from the mouth. Typically the performer of fellatio will lie comfortably on the bed and receive his or her partner from above. If you are trying this position for the first time then it may be a good idea to have the man hold the base of his penis so that the penis doesn't enter so far as to put pressure on your gag reflex.

You may also want to try mutual oral sex in the ‘69’ position. This can be accomplished either with one partner above on all fours, or laying on each other’s sides. In the case of male-female mutual oral sex, you may want to try having the man lay on his back so the woman can better control penetration in her mouth.

Anónimo disse...

Reproduzo este comentário por ser o espelho do Blog do Sr. Abrantes.
«Lá está o filho da puta do juiz que, em vez de tocar punheta, toca no "rato". Mete as tuas repetitivas notas no cú. Não vez que só deixas ficar mal os verdadeiros JUIZES.
Quanto ao juiz Caroço. Mete, também, o caroço no cu. Queres carpetes brilhantes e limpas? Vai trabalhar para a pérsia ou para a arábia.!! Tem juizo, juizeco de merda!»

Parabéns, Sr. Abrantes conseguiu!
Quando for mais velhinho, já tem algo de que se pode orgulhar e mostrar aos seus netinhos.

P.s. A atestar que é este tipo de reacção, esta elevação da discussão que estimula o Sr. Abrantes para continuar a sua cruzada está o facto de, ao contrário de outros comentários de idêntico nível - mas não ofensivos para os odiados de estimação do Sr. Abrantes -, o mesmo ter mantido na caixa de comentários o mesmo - não o apagando.