O fisco anda endiabrado. O leitor que se cuide: Amaral Tomás, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, ainda aparece em sua casa para lhe tributar o património que esconde debaixo do colchão. É verdade que Tomás está entre a espada e a parede: por um lado, encontrou uma administração fiscal em cacos; por outro lado, é imperioso catar todas as fontes de receita. Mas parece esquecer-se que há leis a cumprir e que o exercício da política exige bom senso.
Há tempos, atafulhou as repartições de finanças de velhinhos que investiram as suas economias numas acções da EDP, obrigando-os a pagar coimas de valor superior ao dos dividendos que não haviam, por mero desconhecimento, declarado para efeitos fiscais.
Agora prepara-se para penhorar os PPR aos contribuintes com dívidas. Os fiscalistas estão de cabelos em pé: — São créditos indisponíveis!, sustentam, sem que Tomás se deixe comover. Se a moda pega, depois de rapar o tacho dos regimes voluntários de reformas, Tomás ainda se atira aos descontos obrigatórios para a segurança social. Os que tiverem meios, hão-de impugnar; os outros concluirão que não é o Robin dos Bosques que mora no Terreiro do Paço.
ADENDA — O Jornal de Negócios refere-se — hoje, 5 de Dezembro — à situação que descrevemos: Administração Fiscal está preparada para penhorar contas e planos poupança.
Há tempos, atafulhou as repartições de finanças de velhinhos que investiram as suas economias numas acções da EDP, obrigando-os a pagar coimas de valor superior ao dos dividendos que não haviam, por mero desconhecimento, declarado para efeitos fiscais.
Agora prepara-se para penhorar os PPR aos contribuintes com dívidas. Os fiscalistas estão de cabelos em pé: — São créditos indisponíveis!, sustentam, sem que Tomás se deixe comover. Se a moda pega, depois de rapar o tacho dos regimes voluntários de reformas, Tomás ainda se atira aos descontos obrigatórios para a segurança social. Os que tiverem meios, hão-de impugnar; os outros concluirão que não é o Robin dos Bosques que mora no Terreiro do Paço.
ADENDA — O Jornal de Negócios refere-se — hoje, 5 de Dezembro — à situação que descrevemos: Administração Fiscal está preparada para penhorar contas e planos poupança.
15 comentários :
ai o meu ppr !
Ó Abrantes, este post é contra alguma corporação?
Estarás por acaso a defender algum devedores?
Foram-te a algum PPR, Abrantes.
Não estarás a falhar o alvo? Ou é só para despistar?
Talvez com a receita arrecadada dê para pagar o papel higiénico, esferográficas, etc, que os próprios funcionários das finanças têm que levar de casa porque a verba se esgota logo à 2ª ou 3ª ida à casa de banho.
Estes senhores senhores se olhassem mas era para o rendimento médio declarado de profissões liberais como médicos, engenheiros, dentistas, arquitectos, etc e não fizessem vista grossa aos 500-600 euros que constam nas estatísticas.... mas é mais fácil actuar sobre os pequenos.
O Amaral Tomás sempre foi do PSD e anda a ver se enterra este governo. É verdade a história das acções da EDP. Em Moscavide a fila dos velhotes, dava três voltas ao quarteirão: Houve pessoas que só ao 3.º dia foram atendidas.
Oh abrantes muda de assunto, que os juizes disto não sabem boi .
O Tomás tem aquele ar de merceeiro da esquina mas está sintonizado com as mais modernas doutrinas neoliberais. E vota Cavaco a brincar.
vejam n' O Jumento
jumento.blogdrive.com
A política fiscal é um assunto demasiado sério para ser entregue a fiscalistas ... neo-liberais.
Quem deve ao Estado que pague.
Senão pagou voluntáriamente, isso tem um nome - caloteiro.
Então, se tem meios para liquidar a sua divida, muito bem faz o Estado em lhe cativar esses meios.
Os "Xicos espertos" tem que acabar de vez. Lá diz o velho ditado - quem não deve não teme. Para quê dar cobertura aos caloteiros ?
Sejamos honestos, não utilizemos o funil por um dos lados que nos interessa.
Esse Américo Tomás logo no dia da tomada de posse disse mais baboseiras num minuto do que qq SEAF anterior na vida .
PPR penhorados? não brinquem comigo, isso é ilegal!
Caro Amigo que " Ó Abrantes, este post é contra alguma corporação? "
Nem queira saber o que é a corporação que domina a DGCI. Atravessa os partidos... Dou-lhe um exemplo: o Director de Finanças de Lisbooa é do PSD, foi chefe de gabinete de DIAS LOUREIRO e nomeado para Lisboa no tempo do PS e reconduzido agora porque o Tomás lhe deve uns favores...
O Amaral Tomás vai concerteza cair em cima dos magistrados e dos diplomatas. Ninguém aceitaria que ele fecharia os olhos para poupar os poderosos.
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