terça-feira, dezembro 06, 2005

Sugestão de leitura

Mário Melo Rocha escreve no Diário Económico sobre As corporações. Reproduzimos o seguinte extracto:

    “Não acho que se deva deitar o povo no divã e indagar dos seus mais profundos fantasmas. A causa está mais à superfície, embora escondida. E vem do anterior regime. De lá sobra já pouco mas permanece o legado essencial. Esse legado são as corporações e o seu espírito, com as devidas adaptações. Que, em democracia, inquinam o regime. Evidentemente, elas reagem de maneiras diversas consoante os momentos. Usando da estratégia de coruja quando pressentem um poder político mais forte. Usando do voo do falcão quando o sabem mais fraco. Mas estão sempre presentes. Impondo as suas regras aos seus membros, procurando defender as benesses dos respectivos estamentos. É por isso que se tem a sensação de um país aos saltos e aos repelões. Ao ritmo dos interesses de cada uma. E aqui reside a questão central. Qual é a razão da perenidade bem sucedida das corporações? A razão reside no facto do Estado ser fraco, recorrentemente fraco, e de as pessoas se sentirem protegidas, não por ele, mas pela sua classe, pelos seus pares, pelos seus dirigentes. Deles esperam protecção. Do Estado só esperam arrelias. A corporação é a “nossa” casa e a “nossa” causa. E quase a razão da “nossa” existência.”

6 comentários :

Anónimo disse...

alô está aqui alguéeem ??'
Isto está muito fraquinho querido MIguel, nem mesmo o aessetie e a puta da mãe dele ?

Anónimo disse...

Grande Miguel. Excelente post. Esta a verdade das corporações e a verdade sobre este Estado. É bom lembrar que foi assim que começou a MAFIA. Perante um Estado fraco, as pessoas, desprotegidas, iam pedir protecção ao "padrinho", ao "homeme de honra", para que lhe resolvesse os problemas. Designadamente os referentes à Justiça. Hoje, as corporações têm força, porque os seus membros se sentem protegidos por elas. Mas só enquanto os seus membros não forem "apanhados" nas ilegalidades das corporações e transformados em seus bodes expiatórios. Nessa altura as pessoas quererão a "legalidade" e um Estado forte que a defenda. O problema, por enquanto, é que as "corporações" da Justiça ainda defendem os seus membros com ilegalidades. Mas isto só até haver um número crescente que ganhe consciência de que a Justiça tem que assentar no DIREITO e não nas regras mafiosas das corporações a que obedecem, vendendo a consciência. O mundo dá muitas voltas...

Anónimo disse...

Pois dá querido anónimo.
Pronto, agora volta para a cela, terminou a hora do recreio.

Anónimo disse...

Está bem, querida presidiária, já vou ter contigo. Vai tirando as cuecas...

Anónimo disse...

Falta aí um pequeno pormenor, na crónica:

O Mário é um dos mais esforçados adeptos de outra corporação intocável: a dos profs universitários que acumulam pareceres e advocacias várias.

Pode limpar as mãos à parede, com a coerênca na análise.

Anónimo disse...

Vieram de um fim de semana alargado, o que me fode, é que gozam com o meu dinheiro se ainda fosse com o que "vaca" lhes deixou, mas não, mamam na teta da burra.

Vão trabalhar malandros