segunda-feira, dezembro 05, 2005

Sugestão de leitura

João Paulo Guerra escreve no Diário Económico uma crónica intitulada Justiça Insólita. Sugerindo a leitura integral do texto, reproduzimos este extracto:

    “Aconteceu em Beja. Um inquérito judicial relativo a uma queixa por assédio andou cinco anos em bolandas no tribunal. Até aqui, nada de extraordinário.

    Cinco anos não são nada na lista de espera da justiça. Excêntrico foi que, às tantas, a própria queixosa, que exerce a profissão de advogada, chegou a ser nomeada defensora oficiosa do acusado. Isto sim já é um facto mais desusado, embora não inverosímil.

    Insólito seria o desfecho do caso - o processo foi deitado para o lixo por uma funcionária da limpeza -, não fosse passar-se tudo isto em Portugal.”

25 comentários :

Anónimo disse...

" a própria queixosa, que exerce a profissão de advogada, chegou a ser nomeada defensora oficiosa do acusado "

NÃO É EXTRAORDINÁRIO O HUMOR DOS NOSSOS JUIZES ?

Anónimo disse...

ao que isto chegou.

Freddy disse...

Essa é do melhor q já ouvi contar no mundo jurídico...

Abraço da Zona Franca

Rui Martins disse...

Essa é mesmo muito boa... Boa e trágica! Como é possível que o sistema tenha lacunas destas? E onde estão os mecanismos de correcção e punição perante erros crassos de funcionários? Ou impera a lei do laxismo e deixa-andar puro? (pergunta retórica...)

Dinada disse...

Será que aquela senhora que desapareceu há 4 anos do Centro Hospitalar de Gaia terá sido 'deitada para o lixo' por uma empregada de limpeza?

De repente ocorreu-me essa possibilidade!

Anónimo disse...

Este artigo é exemplar pela forma como mostra à evidência porque é que em Portugal existe um arremedo grosseiro duma coisa a que se convencionou chamar de justiça.
O problema está na mulher da limpesa.
Aliás já há muito tempo que os juízes dizem que não é nada com eles, os magistrados do MP assobiam para o lado e os oficiais de justiça fazem de conta.
Enquanto os advogados vão dizendo que as coisas estão mal mas vivem bem com as coisas como estão.
O Governo que resolva o problema das mulheres da limpesa e teremos uma justiça séria e limpa ... depois de serem repostas as férias judiciais e a assistência médica de borla como muito bem reivindicou a inefável Mónica.

Anónimo disse...

Da Ordem dos Advogados, que nomeou a queixosa defensora do arguido, não atentando na identificação das partes no processo?
Do Ministério da Justiça, que contrata os funcionários de limpeza e não dota as secções de processos de armários (cofre) para guardar os processos?

E quem provocou os atrasos processuais durante 5 anos?

O mais fácil é fazer como o primeiro anónimo e insinuado constantemente pelo CC: a culpa é dos juízes.

Anónimo disse...

diria antes que o verdadeiro problema está neste comentário e numa simples palavra: "limpesa"!

Para bom entendedor...

Anónimo disse...

caro inquiridor de quem é a culpa:

este post é exemplar da manipulação da opinião pública.

Pouco adianta esclarecer quem já está esclarecido e quer apenas que lhes digam o que estão à espera de ouvir.

É uma questão de "limpesa", repetidamente.

Anónimo disse...

Note-se que a "notícia" fala de inquérito judicial.
Ou seja, estamos perante uma fase preliminar do processo onde o juiz até nem intervém...

Mas, o que é que isso interessa aos colegas anónimos?
A culpa é do Juiz! Essa é que é essa.

Anónimo disse...

Bela história. Como alguém já disse, "edificante"1

Anónimo disse...

O problema está na falta de eficiência das empregadas de limpeza.
Se já tivessem varrido todos os incompetentes para o lixo, a Justiça funcionaria melhor.
E o "entupimento" dos Tribunais lá se passava para as incineradoras que não davam vazão a tantas carcaças.

Anónimo disse...

A culpada é a senhora da limpeza?

Que desculpa mais esfarrapada.

E ao fim de 5 anos?

como maltratam a cidadã e todos nós.

Já agora vai uma saraivada de isqueiros contra o Ministro.

Assina: Juve leo

Anónimo disse...

Mas, se é "judicial", então o juiz não intervém?!

Anónimo disse...

Nop!
O juiz não intervém (quer na decisão de investigar ou não investigar, inquirir ou não inquirir, arquivar ou não arquivar, aguardar ou não aguardar, nomear defensor ou não, etc.).
O juiz só intervém se houver lugar à aplicação de uma medida de coacção ou tiver que autorizar (ver se a lei permite, e não decidir se são uma boa estratégia de investigação) buscas domiciliárias ou escutas que o MP queira fazer.

Anónimo disse...

Aqui está uma maneira original de resolver processos, em vez de arquivar-se, faz-se uma limpeza. É que é limpinho!

Anónimo disse...

Então, escrever "inquérito judicial" é uma asneira, não será?!

Anónimo disse...

Miguel, o Especialista Instantâneo em Justiça, Reformas, Função Pública, Insultos, Comentários Anónimos, Ética, Transparência, Responsabilização, Casas do Estado, Fugas aos Impostos, Horas para ir à Casa de Banho, Citações, Inquéritos Judiciais, Asneiras, Rabdomância e Tudo, o celebrado Arúspice, irá responder à dúvida supracitada - "Então, escrever "inquérito judicial" é uma asneira, não será?!" - já de seguida...

Por mim estás à vontade - até podes ir à casa de banho antes, para profunda meditação...

Anónimo disse...

Pelos vistos os Senhores Juízes acima comentadores querem empurrar as culpas para os Senhores Procuradores. Entendam-se de uma vez por todas.

Anónimo disse...

Entendam-se todos com Miguel, o Especialista Instantâneo em Justiça, Reformas, Função Pública, Insultos, Comentários Anónimos, Ética, Transparência, Responsabilização, Casas do Estado, Fugas aos Impostos, Horas para ir à Casa de Banho, Citações, Inquéritos Judiciais, Asneiras, Rabdomância e Tudo, o celebrado Arúspice...

Já agora, o que é um "inquérito judicial"?

Anónimo disse...

Post de 10h19, 10h22 e 11h47.

Caro colega: obrigado por me chamar a atenção pelo grave erro de português que cometi quando escrevi "limpesa" e não limpeza. É o que dá ter só a quarta classe tirada há muitos anos.

No entanto, para não dizer que sou mal agradecido, permito-me chamar-lhe a atenção para alguns "erritos" que o colega comete, para os corrigir no futuro.
Por exemplo: "diria antes...". Pois eu, caro colega, "Diria antes". (está a ver a diferença? Pois é ... a maiúscula no princípio da frase ...

E na frase "caro inquiridor de quem é a culpa:" ... esqueceu-se de pôr o ponto de interrogação ... seu malandreco! É uma pergunta.

E que dizer da frase "Note-se que a "notícia" fala de inquérito judicial."?
Esta é de cabo de esquadra, prezado colega!
É que a notícia não fala (até porque é escrita), a notícia "refere".

Penso que o colega comete mais uns "erritos" na construção das frases, mas por aí não me meto porque não me pagam para ensinar a licenciados.

Anónimo disse...

~Querido Guerra :
Deois de teres feito todos aqueles disparates no processo, não achas que tens direito a uma licença sabática de 20, não 100 anos ?

Chau. Não sei se gostei de saber que existes

Anónimo disse...

Inquérito judicial foi uma frase do João Paulo Guerra e não do Abrantes, que nunca cometeria erros tão clamorosos, já que ele é especialista em ... (que seca será que não sabem fazer mais do que copy-paste)

Anónimo disse...

.
Não está a misturar demasiados comentários na sua resposta?

Já agora, na frase «Note-se que a "notícia" fala de inquérito judicial», as aspas (“”) têm um significado: pretende-se que seja substituída a mensagem pelo seu autor. Deverá ler-se: “Note-se que João Paulo Guerra fala de inquérito judicial” (!).
Já agora, a notícia não “refere”. Ela não é o sujeito da acção. Quando muito, poder-se-á dizer “no corpo do texto da notícia é referido que”.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Caro colega das 11h31.

Fico satisfeito que tenha aprendido alguma coisa comigo, pois já inicia as frases com maiúsculas e põe o ponto de interrogação (?) na pergunta.

«Quanto ao poder-se-á dizer "no corpo do texto da notícia é referido que"»...
Concordo consigo!
Entende-se muito melhor do que dizer que a "notícia fala", que por sua vez é muito pior do que escrever que a notícia "refere".