sexta-feira, janeiro 13, 2006

79.339 chamadas telefónicas

Conta o 24 Horas que, no âmbito do processo Casa Pia, a Portugal Telecom disponibilizou o registo das chamadas de 208 telefones particulares, parte dos quais confidenciais, das mais altas personalidades do Estado, designadamente os do Presidente da República. Ainda segundo o jornal, nenhum juiz autorizou a realização de escutas, nem se vislumbra qualquer relação de tais personalidades com o caso Casa Pia. Sabe-se apenas que aquela informação foi entregue “em mão” a duas magistradas do Ministério Público por um funcionário da Portugal Telecom.

Dada a gravidade da situação, Sampaio chamou a Belém Souto Moura. À saída do encontro, o procurador-geral disse “comungar” das preocupações do Presidente da República relativamente a esta situação, afiançando que será “instaurado um inquérito o mais rigoroso possível [sic] e que investigará tudo o que estará relacionado com este caso”.

Pergunta-se:

    • Quantos inquéritos Souto Moura se prontificou a instaurar sem que tivessem sido conhecidos até hoje os seus resultados?
    • Situações como esta não permitem concluir, como o fez Garcia Pereira, que o Ministério Público tem uma agenda própria, susceptível de levar à decapitação de certas figuras do poder político?
    • Tendo Souto Moura avocado o processo Casa Pia, não é responsável máximo (e directo) sobre tudo o que se relaciona com o processo?

2 comentários :

Anónimo disse...

Fora do tema, caro Miguel Abrantes, mas vale a pena averiguar isto que, a ser verdade, é pertinente:
"AFINAL NÃO FOI PELA ADSE...
O cidadão (porque foi nessa qualidade que foi esquiar para a Suiça) Sr. José Sócrates Carvalho Pinto Sousa, logo imediatamente quando chegou a Lisboa na sexta-feira passada fez uma ressonância magnética e foi submetido a uma artroscopia no Hospital da Força Aérea.
A operação foi executada pelo dr. Henrique Jones, militar e médico da selecção nacional de futebol.

Segundo os dados conhecidos, não consta que o cidadão em causa tenha apresentado o seu cartão da ADSE, tenha marcado consulta e ficado a aguardar por uma data na agenda do médico, que seja militar de carreira ou na reserva, aviador ou paraquedista (embora tenha tendência para muitas quedas, inclusive de respeito) para ter o privilégio de ser imediatamente consultado, operado e assistido no Hospital da Força Aérea.

Também não consta que tenha pago TAXA MODERADORA.

Está assim provado, como o mesmo em alto e bom som afirmou, que este cidadão tem precisamente os mesmos direitos na assistência na saúde que os Magistrados Judiciais e do Ministério Público e dos Oficiais de Justiça..., razão por que todos eles vão passar a marcar consultas instantâneas, operações imediatas e assistências permanentes no Hospital da Força Aérea, face ao princípio constitucional da igualdade."

Anónimo disse...

20.12 horas
RTP 1
A corporação defende o indefensável.