"Faz hoje um mês o senhor Presidente da República falou ao país. Em síntese, disse que estavam em jogo «direitos fundamentais dos cidadãos», razão que o obrigara a exigir do procurador-geral da República um esclarecimento cabal, a prestar em «prazo curtíssimo». Estribado no prazo, o PGR adiou por três dias a ida à comissão parlamentar que o convocara. Afinal, o prazo do presidente tinha precedência. Passou um mês. Ninguém se lembra das listas da PT. Ninguém se preocupa com o prazo. Há quem argumente que o esclarecimento não era para nós, era para o dr. Sampaio. Ou que tudo não passou de um equívoco. Em qualquer dos casos, quem deve exigir um esclarecimento são os cidadãos cujos «direitos fundamentais» foram ofendidos, sem que se perceba porquê, e por quem."
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