quinta-feira, abril 13, 2006

Uma palavra mais (devido aos mails recebidos)

Não é a crucificação da analfabeta a quem foram confiadas as crianças com deficiências mentais que está em causa. É a argumentação utilizada no acórdão que choca, quando repetidamente despreza, ao analisar os maus-tratos, os problemas específicos que afectam aquelas crianças. Uma argumentação que, não raras vezes, chega a ser grotesca [“As crianças geralmente não gostam de salada e não havia aqui que marcar perante elas a diferença.”]. Tratou-se de uma oportunidade perdida de dar um sinal claro à sociedade de intransigência na defesa da integridade das crianças — agora, sim, em geral.

PS — Joel Timóteo Ramos Pereira, que felizmente não lê o CC, ainda nos consegue surpreender: sem ofensa, um rochedo inexpugnável, quando está em causa a necessidade de proteger a corporação. O título do post que escreveu é, em si mesmo, uma tese sobre o corporativismo, a que não falta uma pitada de humor, porventura colhida no Código Penal.

8 comentários :

Anónimo disse...

Sabes, pá, tu vês corporativismo em tudo.
Uma opinião é corporativismo quando é dada pelos outros. Se é por ti é objectividade, candura e verdade absoluta.
Se é esclarecimento contra a cambada de desinformação que foi essa história do acórdão, é corporativismo.
Já as tuas constantes perseguições às opiniões dos outros é sabedoria vinda do supra-sumo.
Não tens cura, Abrantes.
Um dia a terra que te há-de comer dar-e-á a recompensa.

Anónimo disse...

Em termos de filosofia de cordel, esta um mimo, um pequeno erro, mas de pouca monta.

Mas admitir, digo admitir, maus tratos numa criança com deficiencia, gostaria de vêr se fosse filho de um magistrado ou magistrada.

Não admira ABrantes, põe-te a pau que ainda vais para um quarto escuro amarrado com umas grilhetas aos pés da cama.

Se fumas, diz-me qual a marca da tua preferencia

Anónimo disse...

Viró disco e toca o mesmo...

Anónimo disse...

Mas vocês não vêm que isto é uma campanha orquestrada pelos políticos para justificar a decisão deles de poderem nomear os políticos dos Tribunais superiores? O timing é perfeito e o tema adequadíssimo, pois leva à emoção da opinião pública! Nunca vi um aproveitamento político tão grande de uma decisão judicial! Face ao quadro legal, não seria possível outra decisão! Os juízes não fazem as leis!

Anónimo disse...

A falta de umas "palmadas" nos menores, como correctivo educacioal e pedagógico, pode antes integrar negligência educacional, isto é, vai potenciar que o menor (deficiente ou não) se não for corrigido por comportamentos graves, AMANHÃ VAI SOFRER DE VIOLÊNCIAS MUITO MAIORES QUANDO TIVER TAIS COMPORTAMENTOS COMO ADULTO E COM OUTROS ADULTOS. NÃO SEJAM HIPÓCRITAS: O ACÓRDÃO DO STJ (PARA QUEM O LEU E NÃO PARA QUEM FALA DO QUE NÃO SABE) É UMA PEÇA JURÍDICA EQUILIBRADA E MUITO JUSTA. NUM PAÍS VIOLENTO COMO O NOSSO, APARECEM SEMPRE UNS "ANJINHOS" A DEFENDER A UTOPIA DA SOCIEDADE PERFEITA E SEM QUALQUER VIOLÊNCIA... NUMA SOCIEDADE DE "OITENTA" APARECEM SEMPRE UNS "PROTO-SENSÍVEIS" A DIZER QUE NEM O "OITO" É ADMISSÍVEL...

Anónimo disse...

Ó anónimo aí de cima.

Concordo contigo.
Dá sempre jeito dar uns estalos em quem não pode defender-se e muito menos queixar-se.
Alivia o stress. Ajuda ao repouso.
Ainda bem que os iluminados dos juízes enviaram esta cuidada mensagem para o povo.
Assim os assassinos da Joana já podem dizer que ela morreu por lhe terem dado uns estalos imoderados.
Quanto aos deficientes mentais qualquer pedagogo, psicólogo ou educador concordam que o quarto escuro é o melhor tratamento para a sua doença.

Anónimo disse...

A noticia é obviamente manipuladora, mas (e este mas vai acompanhado de uma tristeza imensa)
o acordão prosaicamente apelidado pelo "defensor oficioso" Joel Timoteo de "Acordão dos maus tratos", contém considerações arcaicas, obscurantistas, juridicamente inócuas e/ou irrelevantes. Projecto de mente(s) balofa(s)e indigente(s).

Anónimo disse...

Sabes, pá, tu vês corporativismo em tudo.
Uma opinião é corporativismo quando é dada pelos outros. Se é por ti é objectividade, candura e verdade absoluta.
Se é esclarecimento contra a cambada de desinformação que foi essa história do acórdão, é corporativismo.
Já as tuas constantes perseguições às opiniões dos outros é sabedoria vinda do supra-sumo.
Não tens cura, Abrantes.
Um dia a terra que te há-de comer dar-e-á a recompensa.