José Varela Martins é o procurador coordenador dos magistrados do Ministério Público de Cascais. Foi o responsável pela investigação a José Luís Judas e ao construtor civil Américo Santo, tendo determinado o arquivamento dos autos. Ontem, O Independente publica uma foto na qual se vê o magistrado Varela Martins na mesa de honra do jantar de apresentação da candidatura de José Lamego à presidência da Câmara de Cascais, sentado muito perto de Judas.
Mais incompreensível do que a sua presença no jantar, foi a justificação dada para comparecer a esta iniciativa partidária. Tratou-se, segundo disse, de um convite “institucional” (que, por isso, justifica o traje de veraneio que usou).
Mas muito mais incompreensível ainda do que a sua presença no jantar, é o silêncio ensurdecedor das corporações das magistraturas judicial e do Ministério Público. A Procuradoria-Geral da República escusou-se a fazer qualquer comentário, nenhuma outra entidade ligada aos meios judiciais se pronunciou ou aludiu à situação. Nenhum blogue se atravessou — nem aquele que está sempre de sentinela à espreita de todas as patifarias que ocorrem por aí.
Este silêncio ensurdecedor diz tudo acerca da forma como as corporações se protegem.
ADENDA — Sugere-se a leitura de Vergonha, por João Pedro Henriques.
Mais incompreensível do que a sua presença no jantar, foi a justificação dada para comparecer a esta iniciativa partidária. Tratou-se, segundo disse, de um convite “institucional” (que, por isso, justifica o traje de veraneio que usou).
Mas muito mais incompreensível ainda do que a sua presença no jantar, é o silêncio ensurdecedor das corporações das magistraturas judicial e do Ministério Público. A Procuradoria-Geral da República escusou-se a fazer qualquer comentário, nenhuma outra entidade ligada aos meios judiciais se pronunciou ou aludiu à situação. Nenhum blogue se atravessou — nem aquele que está sempre de sentinela à espreita de todas as patifarias que ocorrem por aí.
Este silêncio ensurdecedor diz tudo acerca da forma como as corporações se protegem.
ADENDA — Sugere-se a leitura de Vergonha, por João Pedro Henriques.
7 comentários :
Os blogues "Glória Fácil" e "Blasfémias" pronunciaram-se.
No entanto concordo que perante esta enormidade o silêncio é ensurdecedor.
Como leigo na matéria pergunto se é possível reabrir o processo e fazer uma investigação ao magistrado?
Se tal fôr possível a iniciativa terá de partir de quem?
Da Maria da Fonte, bem de certo!
"se é possível reabrir o processo e fazer uma investigação ao magistrado":
Quem ler o Independente tem a resposta a essas questões, dada pelo próprio Varela Martins.Mas nem era preciso:
Bastaria que soubessem um pouco mais de processo penal. COmo não se sabe, bem se quer saber, anda-se a fazer figura de urso, vilipendiando com suspeitas dúbias.
Uma vergonha absoluta, o que se pode ler aqui e no Glória Fácil, a propósito deste assunto.
Quanto ao comentador do Glória Fácil, é uma vergonha acrescida.
E porque é que se sabe de processo penal você não explica a todos o que está em causa para o Varela ter ido contra todas as entidades que tinham uma posição contrária ?
O comentador que sabe de processo penal sabe, mas não diz.
É que a emenda podia ser pior que o soneto.
Bem faz o outro que entrega o caso à Maria da Fonte que não ficou conhecida por corrupta.
Em crimes como os que estão em causa nesse processo, qualquer pessoa ( jornalista do Glória Fácil, por exemplo), se pode consituir assistente no processo.
Esse estatuto permite que se vá lá ao processo ler o que existe, podendo ser requeridas novas diligências se for o caso e permite que se possa requerer a abertura de Instrução para que um juiz, possa analisar e eventualmente decidir de modo diferente daquele que o Varela Martins o fez.
É assim que se deve fazer, antes de deixar a insinuação de que o Varela é mais um corrupto.
E ainda se pode fazer outra coisa: suscitar junto do imediato superior hierárquico do Varela a intervenção para que o mesmo aprecie o trabalho efectuado pelo Varela.
É asim que se faz, antes de insinuar o que se pretende insinuar.
Peçam responsabilidades ao procurador Geral distrital, Dias Borges!
Foi o mesmo que acusou a juiz Galante, mulher do juiz Rui Rangel, irmão deste Rangel que por aí anda a invectivar jornalistas. Por isso, esse PGA não é suspeito de também ser corrupto. Pode ser acomodade,mas parece ser sério.
É assim que se deve fazer e a lei processual penal permite-o.
"É preciso ter lata". AQ ler
o-bem-amado.bloggspot.com
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