"Em Bruxelas, onde vivo, uma consulta num médico especialista (pediatra, oftalmologista, dermatologista, etc.) custa 30 ou 35 euros, quanto custa em Portugal? Acabo de fazer cá um tratamento que me custou 83 euros, pelo qual paguei 570 em Portugal — não, não há engano, foi mesmo cerca de sete vezes mais e posso provar que foi o mesmo tratamento —, tudo preços antes de qualquer tipo de comparticipação.
Isto tem alguma coisa que ver com o problema das vagas de medicina? Tem tudo. Há anos que os senhores doutores, depois de saírem dos seus consultórios, se vão sentar nas suas cátedras universitárias e decidem que só entra em medicina quem tiver vinte valores.
Fica assim garantido que muito poucos chegam à qualidade de especialistas e está assim garantida a sobrevivência do cartel. A Ordem dos médicos aplaude, os Governos — excepto o [ante]penúltimo [Amtónio Guterres] que criou duas novas faculdades de medicina — assobiam para o lado e quem paga é o mexilhão que, ou espera e desespera, ou paga e não refila."
Feliz Santos
domingo, junho 25, 2006
“É bom que se divulgue que o cartel dos profissionais da saúde pratica preços exorbitantes.”
Uma leitora sugere por e-mail que se republique uma carta dirigida a Vital Moreira e que foi publicada inicialmente no causa nossa. Ei-la:
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3 comentários :
"Consutas médicas - Portugal, Saúde SA"
Há duas semanas, em Lisboa, um amigo residente em Paris, mostrou o seu espanto com os valores cobrados em Portugal. Em Paris, semelhantes ao indicado acima!
Forma de enriquecimento rápido, de gente formada nas universidades públicas, com propinas reduzidas. Pois.
O curso de medicina, é de longe, o que fica mais dispendioso ao povo português.
É o único que tem emprego garantido. E como há falta de médicos estes aproveitam para fazer horas extraordinárias nas urgências e consultas hospitalares e de Centros de Saúde, duplicando ou triplicando o ordenado.
O resultado de terem impedido entrada de novos candidatos ao curso de medicina está à vista.
Muitos bons alunos foi-lhes barrada a possibilidade de entrar em medicina e agora os hospitais têm de ir buscar anestesistas e outras especialidades à Espanha e aos países de leste.
Entretanto os consultórios privados da corporação da saúde continuam a medrar praticando preços muitas vezes superiores aos seus congéneres europeus.
Depois da conversa com o imigrante em Paris, lembrou-me:
Enviar uma info a um dos partidos da AR.
Qual dos pp se dispõe a «regulamentar» esta mama?
É fartar vilanagem. Médica, sem Hipópcrates.
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