Através de um comunicado do Ministério das Finanças, ficámos a saber que hoje tomou posse o conselho de administração do Banco de Portugal.
Já por diversas vezes falámos dos privilégios do conselho de administração do Banco de Portugal, em especial no que respeita às pensões de reforma [leia e releia aqui]. Não venha o governador falar em populismo: não estamos todos no mesmo barco?
Acontece que a Resolução do Conselho de Ministros n.º 155/2005, de 6 de Outubro, estabeleceu, no ponto 14, que, “(…) no prazo de 30 dias a contar da data da entrada em vigor da presente resolução, os órgãos de direcção, as comissões de vencimentos e os órgãos ou grupos de trabalho similares existentes no âmbito das entidades sujeitas à presente resolução devem informar o Governo, através do Ministro de Estado e das Finanças, das medidas a adoptar com vista ao efectivo cumprimento das disposições da presente resolução.”
No caso do Banco de Portugal, a comissão de vencimentos é presidida por Miguel Beleza e integra ainda Rui Vilar, presidente da Gulbenkian e da Comissão de Auditoria do Banco de Portugal, e Silva Lopes, ex-governador.
Depois de muito termos falado do assunto no CC, o Público — e foi o único jornal que o fez — perguntou a Miguel Beleza, no dia 11 de Março de 2006, quando é que a comissão de vencimentos pensava concluir o trabalho de revisão dos privilégios dos membros do conselho de administração. Beleza respondeu assim: “Esperamos entregar o trabalho ao Governo até final do primeiro semestre”.
É certo que o primeiro semestre ainda não acabou. Beleza ainda tem dez dias para mostrar o que vale. Mas a circunstância de um novo conselho de administração do Banco de Portugal ter sido hoje nomeado não terá posto a salvo mais este lote de gestores públicos? Ou será que as medidas que resultarem do trabalho terão efeitos retroactivos (à data fixada na resolução do Conselho de Ministros para que estas questões estivessem tratadas)?
6 comentários :
O que queres Abrantes, não faz uso, quem parte e reparte e não escolhe a melhor parte, ou é....
É a republica dos mamões.
Somos uma cambada de artolas
Como te tenho aqui escrito, o negocio das farmacias e do medicamento continua de vento em popa.
Ou muito me engano ou é mais uma oportunidade perdida.
Baralharam as cartas mas a jogatana é a mesma, trunfo é pau, marca o negocio
Já vai sendo tempo de o povão acordar e partir a loiça toda.
Maria da Fonte
Não é o MBeleza que quando não está a apertar com a Alberta manda o pessoal apertar o cinto ?
Um governo que tudo tira aos funcionários públicos, que prometeu baixar impostos e subiu o IVA, mesmo sabendo antes como estavam as finanças públicas...
Será o mesmo governo que mantem uns certos "mimos" aos políticos, afilhados e afins?
Não deve ser...
Mas vem sempre lesto e com aquela «ironia» que ele julga «fina» perorar em tudo que é debate... A questão final é perfeitamente pertinente...
Caro Politikus:
Está a falar do comentário anterior ou da última frase do post do Miguel?
E de quem é que está falar?
Enviar um comentário