domingo, junho 18, 2006

Judas, Santo, Rama, Varela, Capucho e o filho

Varela Martins, procurador coordenador do Ministério Público, avocou e arquivou o processo em que José Luís Judas, presidente da câmara eleito pelo PS, era suspeito de vários crimes na troca de terrenos entre o município de Cascais e Américo Santo, cuja empresa construiu “habitação social” no concelho.

António Capucho não se conforma com o arquivamento do processo e decidiu constituir-se assistente e requerer a abertura de instrução. Fez bem. Mas seria conveniente que Capucho explicasse por que manteve o vereador do PSD Rama da Silva, que tinha o pelouro da “habitação social” com Judas, exactamente com o mesmo pelouro durante o seu primeiro mandato como presidente da câmara.

E, se não fosse pedir muito, Capucho aproveitava a ocasião para explicar por que nomeou um jovem, por acaso seu filho, director municipal (o equivalente a director-geral na administração local) da área mais relevante nas autarquias: a que trata dessas coisas do urbanismo e afins.

6 comentários :

Anónimo disse...

Como o PS e o PSD podem descer tão baixo...

PS - A culpa é dos Juízes (bom, é sobretudo dos MP...).

Anónimo disse...

Ó Rama que linda Rama...

Anónimo disse...

Hoje no Público dito por VPV:

"Depois, porque ninguém trabalha no Parlamento. Há apenas umas 50 pessoas que resolvem tudo. Os outros levantam-se e sentam-se. E nas comissões em que estive não se passa nada, pelo menos não se passava enquanto lá estive. Houve então um deputado do PSD que teve até a ideia de quando se distribuía a lista das votações daquele dia, de colar à frente da indicação de cada lei uns papelinhos coloridos a dizer como é que se devia votar, para ninguém se enganar. "

Anónimo disse...

VPV, no Público:

"Então reduzia drasticamente o número de deputados?
Reduzia e passaria a ser muito mais democrático. Com grupos parlamentares grandes onde só uns dez tratam de tudo, os outros nem se encontram, não vão lá, cruzam-se apenas para um café. O que acabam por fazer é ir lá assinar o ponto e depois seguir para os seus empregos. Toda a gente sabe isso.
E os Governos também deviam ser mais pequenos?
Também, até porque as funções do Estado são demasiadas. Para além do Ambiente, devia-se reduzir drasticamente a Cultura, ter um Ministério da Ciência é um completo disparate. Com a importância que a Agricultura tem nosso país, bastava uma Secretaria de Estado. Metade daquela gente que há no Ministério dos Negócios Estrangeiros bastava. Para que é que temos um embaixador em Malta? Para quê? Bastava ter um maltês como cônsul que tratasse lá dos passaportes e de algum eventual turista perdido. Temos embaixadores por toda a parte do mundo.
Porque é que isso sucede?
Porque as carreiras são óptimas. Não gostariam também de ser embaixadores? Boas casas, bem montadas, de tal forma que é basicamente disso que os nossos embaixadores se ocupam. Que negócio importante tem o embaixador de Malta para tratar? Nenhum. E o que faz o embaixador em Budapeste? Não chegava um encarregado de negócios? Com a globalização, o mundo é muito mais pequeno, já não é necessário enviar um embaixador para a corte de cada príncipe."

Anónimo disse...

Ia jurar que, quando alguém nomeia um familiar para um cargo, não se falava aqui de tal facto, excepto se fosse um Juiz.

Enganei-me - se for do PSD pode falar-se de tal facto...

Miguelices...

Anónimo disse...

Julgo, com a certeza a 90%, que o Rama da Silva não era vereador da habitação no tempo do Judas. Funcionou sim uma coligação com com CDS, no segundo mandato.
Para reparo