“DEZ MIL professores requereram, entre Janeiro e Outubro do ano passado, juntas médicas a fim de obterem o estatuto de incapacidade para o serviço docente.
Segundo fonte do Ministério da Educação, estão definitivamente afastados da docência 2022 professores declarados oficialmente como incapazes para leccionarem. Em metade destes casos foram diagnosticadas doenças relacionadas com o foro psicológico.
Este número representa o triplo dos docentes que estavam afastados das salas de aulas em 2005 (737) e representam um custo de 70 milhões de euros anuais. Segundo o Ministério, há ainda mais 2900 professores a aguardar decisão médica pelo que não estão a dar aulas. Estes cerca de cinco mil profissionais mantêm o estatuto de docentes e o vínculo com o Estado, comparecendo nas escolas, mas não tendo qualquer turma a cargo.”
sábado, junho 10, 2006
Professores sem turmas
Manchete do Expresso de hoje:
A que se deve este aumento súbito de professores que se sentem incapacitados para dar aulas, embora mantenham o estatuto de docentes? Terá a ver com um maior controlo por parte do Ministério da Educação, designadamente quanto ao cumprimento dos horários? Terá a ver com a circunstância de terem sido forçados a regressar às escolas centenas de “sindicalistas”? Terá a ver com os professores que desempenhavam funções não docentes no Ministério (e por essas autarquias fora)? Estaremos em presença de situações com contornos idênticos às que se verificaram com os alunos de Guimarães?
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7 comentários :
Querem andar no ron-ron.
A responsabilidade da actaul situação no ensino não pode dissociar-se da existência de dirigentes sindicais preocupados exclusivamente com as respectivas carreiras e completamente desligados das actuais realidades...
Exigência e rigor precisam-se!
Após o 25 de Abril o trabalho com os alunos/turma foi substituídos por “cargos”, uns existentes outros inventados, só para que certos professores não darem aulas.
Na maioria das Escolas do país, havia meia dúzia de turmas de meninos escolhidos que não davam problemas no comportamento nem no aproveitamento e essas turmas eram para os elementos do Directivo, para os amigos do C. D. Esses tais cargos que reduziam drasticamente a componente lectiva.
Para não terem alunos e continuar a progredir na carreira sem esforço, muitos refugiavam-se nos sindicatos e nas Direcções Regionais no M. E. etc etc…
O trabalho com os alunos foi relegado para plano inferior dentro da Escola e desvalorizado. Os professores com tacho nos gabinetes do Sindicato e do Ministério sempre despresaram os professores que estavam a leccionar efectivamente e não davam provimento aos processos de conselhos disciplinares.
As turmas piores, no comportamento e aproveitamento eram para os professores mais novos e os que sendo do quadro não pertenciam ao circulo de amigos a tudo e serviam para retaliar a fim de certos professores não alinhados no conluio saíssem da Escola. Muitas vezes estes não alinhados preocupavam com o rumo que o ensino estava a tomar, e acabavam por se calar por concorriam para outra escola para fugir a perseguição, promovida pelos Conselhos Directivos.
São muitos milhares de professores que NUNCA deram aulas e que a Ministra quer que sejam finalmente professores.
Deve ser estes que pedem para serem dispensados de aulas.
Já dizia a minha avó:
“O que cá se faz cá se paga”
Espero que a Ministra exija rigor no pedido de dispensa das aulas.
ALANYS tem razão, mas não deve estar tão seguro(a) de que cá se fazem cá se pagam. A ver vamos!
A máquina da Propaganda da tia Milú a trabalhar em plemo e o CC a fazer o TPC...
Porque será que o Público tem uns números diferentes...?
Miguelices...
Eu gosto dos números...
Oh Miguel se houver 300.000 profesotres, esses 2900 representa que percentagem?
Os professores estão proibidos de ter doenças profissionais (de foro vocal), estão proibidos de ser agredidos, de ter depressões (os psicólogos e os psiquiatras sabem qual é o grupo profissional que mais recorre aos seus serviçoes). Estão probidos de ter avidentes de carro quando vão para a Escola, de ter problemas oncológicos...
Depois, vem uma parva manipular os números antes de uma greve e um parvo comentar os números "melhorados"...
É pena que certas pessoas, que além de burras são parvas, queiram os outros sejam como elas.
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