sábado, novembro 04, 2006

Louros alheios



Que será feito do nosso?




Investigar crimes e levar inquéritos a bom porto é difícil que se farta. Daí a Rosário Teixeira ser tratado com dignidade idêntica à conferida a Baltasar Garzón, como acontece no Correio da Manhã, sem que se perceba o que fez de notável na sua vida, parece algo exagerado. Sobretudo quando o jornal afiança que o procurador “gosta de investigar casos complexos sem olhar ao perfil dos suspeitos”. Pode ser que sim — mas lá que o artigo 28.º do Código Penal e o artigo 57.º, n.º 2, do Código de Processo Penal andam a bailar aqui na cabeça não o posso esconder.

Mas compreendo que Rosário Teixeira adopte agora a táctica dos cucos e se aproveite do ninho alheio. Então não é que na Espanha está a ser desenvolvida uma investigação com sucesso? É só aproveitar a onda. Basta fazer constar que “el fiscal Jorge Rosário Texeira, instructor del caso Furacão, sigue atentamente el caso Suéter y está listo, si fuera necesario, para investigar a la sucursal del BES en el paraíso fiscal de Madeira.

De uma forma ou de outra, o Ministério Público há-de acabar por investigar, acusar e levar a julgamento os criminosos. E nunca mais se fala da falta de meios — que até são suficientes para dar uma mãozinha a nuestros hermanos.

1 comentário :

Anónimo disse...

Ninguém conhece o Rosário Teixeira que vai encostar os banqueiros à parede ?