quinta-feira, novembro 23, 2006

Uma justiça asséptica (sequiosa de aprender com quem sabe)



O convidado de Noronha



Realiza-se, amanhã e depois, o IV Encontro Anual do Conselho Superior da Magistratura (CSM), órgão presidido por Noronha do Nascimento. Um dos temas em debate é a globalização e as novas exigências que ela coloca ao sistema judicial. A intervenção principal estará a cargo de Paulo Teixeira Pinto, presidente do conselho de administração do Millennium/BCP.

O Millennium/BCP é um dos quatro bancos que estão sob a alçada da justiça no âmbito da Operação Furacão, a maior investigação sobre o crime económico ocorrida em Portugal.

Nem um único dos cavaleiros andantes, que todos os dias escrevem nos jornais e nos blogues artigos chorosos sobre a independência da justiça, achou estranha esta presença.

Estão reunidas as condições para que, no próximo encontro anual do CSM, se discuta o futebol profissional e as novas exigências que ele coloca ao sistema judicial. Poderão ser convidados pelo CSM Valentim Loureiro (para a intervenção principal), Pinto da Costa e José Veiga (para interlocutores principais). Haverá, certamente, juízes à altura para moderar o debate sobre os donos da bola.

19 comentários :

Anónimo disse...

Nem mais! Contra factos não há argumentos.
É o país da treta, que dizer mais que isto...

Anónimo disse...

A agenda para o primeiro dia, é esta:

Sexta-feira, 24 de Novembro
09h30 – Recepção aos participantes
10h00 – Cerimónia de abertura
11h00- Pausa para café

Tema I: Funcionamento do sistema judicial e desenvolvimento económico
11h15 – 1º Bloco: Globalização, Competitividade e Inovação: novas exigências para o sistema judicial
Intervenção principal:
 Dr. Paulo Teixeira Pinto, Pres. do Cons. de Adm. do Millennium/BCP
Interlocutores preferenciais:
 Dr. Henrique Medina Carreira, Advogado
 Prof. Doutor J. L. Saldanha Sanches, FDUL
Debate
Moderador: Dr. Edgar Taborda Lopes, Juiz de Direito/Vogal do CSM
13h00 – Almoço
14h30 – 2º Bloco: Organização da Magistratura e desenvolvimento económico – a relação de causalidade e os novos desafios
Intervenção principal:
 Prof. Doutor Nuno Garoupa, UNL
Interlocutores preferenciais:
• Prof. Doutor Fernando Araújo,
FDUL
• Juiz Desembargador José Salazar
Casanova, TRL"

Só por aqui se poderá ver imediatamente que este post é ridículo. É deste blog, pronto. E fica tudo dito.

Anónimo disse...

mas ainda não perceberam que o abrantes só sabe bomitar molhelhos de cavelo?
o homem está possuído! (está possuído por quem lhe paga para escrever, e não deve ser pouco, tal a frenética actividade que desenvolve no dizer mal dos magistrados, lançando sobre estes todas as suspeições que se lembra... ou que lhe dizem para se lembrar).

espero a resposta do kavako ou de outro qualquer pseudónimo do abrantes...

Anónimo disse...

Qui Nov 23, 02:26:14 PM

V. Exa acha normal que o patrão dum banco sob investigação seja palestrante dum encontro promovido pela cúpula dos juizes ?
Eu cá não acho nada normal que os juizes andem a dar para o peditório de branquear a imagem do BCP.
Tenha lá paciência mas o Miguel está a ver bem a questão.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Mais uma "abrantice".
Não sabia que Miguel Abrantes também acredita na infalibilidade do Ministério Público.
Não sabia que perfilhava do entendimento segundo o qual a opinião do Ministério Público equivale à morte civil de um investigado (ou de um administrador de um investigado)

Acresce que o encontro está preparado há meses... Só alguém que goste de "abrantices" pode defender que, agora, se desconvide o senhor.
Enfim, tudo serve...

Anónimo disse...

krcoshiqe mais uma vez os nossos jornalistas andam distraídos...

Anónimo disse...

Qui Nov 23, 03:31:48 PM

A judicatura não acredita nas capacidades da dra Cândida Almeida? É isso que quis dizer?

Anónimo disse...

A Dra. Cândida Almeida tem a capacidade de decretar a morte civil das pessoas e de desconvidar com graciosidade os seus putativos investigados?
Isto está a ficar confuso.

Anónimo disse...

O Dr. Nascimento devia falar com a Senhora antes de fazer qualquer convite, atentas as suas capacidades.

Anónimo disse...

ao anónimo das Qui Nov 23, 03:31:48 PM :


O encontro já estava marcado há uns meses? Então não era o Noronha que já mandava naquela treta há uns meses?

E a operação Furação já tem mais de um ano....

Anónimo disse...

O Dr. Nascimento está rendido ao grande capital. Já não quer que a sua vida dê um filme neo-realista italiano, quer mesmo que seja uma comédia de Hollywood.

Anónimo disse...

Como é possível que um banco que está sob suspeita, o seu dirigente máximo vá dissertar sobre o crime global, junto daqueles a quem compete julgar? Que parodia é esta? Em que país estamos quando o "criminoso" vai almoçar com o justiceiro ?
Porque não por o Vale de Azevedo a falar de ofshores; Veiga nas transferencias, os traficantes de droga a dar umas dicas como se vendem milhões, os rouba carros para angola, os pedofilos a falar como se engate um puto, ouvir dos corruptos como se corrompe o outro, etç, etç.. Penso que este tipo de conversas alargadas devem estar pensadas, pois são mais uns almoços bem regados e menos uns dias de trabalho em gabinete, que como consequência implica mais atrasos a processos pendentes.
E assim vai a nossa in-justiça.
Não basta que todos sejam iguais perante a lei. É preciso que a lei seja igual perante todos.
O sentido desta frase não tem aplicabilidade no nosso reino do disparate.
Kavako

Anónimo disse...

Abrantes:
Quando assinas com o nome Kavako, costumas dar uns erros ortográficos para disfarçar.
Agora já nem isso... perdeste completamente a vergonha.

Anónimo disse...

Ó Kavaco:

Tens medo que essas pessoas que referes falem sobre aquilo que sabem, PORQUE TU TENS MEDO DE FICAR IGUAL A ELES.

Vai pregar para outra freguesia, porque não tens qualquer credibilidade...Só não vendes DROGA porque a não tens... Só não VIOLAS PUTOS porque não sabes como o fazer...Só não pões grandes quantias de dinheiro nas OFFSHORES, porque és um teso...Em resumo: és um criminoso potencial, só te faltando a ocasião.

Esqueces-te, porém, que AINDA HÁ GENTE HONESTA E QUE O SERÁ SEMPRE INDEPENDENTEMENTE DA OCASIÃO.

CHAMA-SE A ISSO INTEGRIDADE, O QUE TU NÃO SABES O QUE É!

Anónimo disse...

Estes magistrados que aqui escrevem vomitam as tripas nojentas descompostas cheias de parvoíce e asneiras. como pode a justiça funcionar com tão reles gente? a malvadez a calunia e a injuria torpe são o trunfo da mediocridade desta plebe lusitana licenciada .
o gosto pelo arruaceirismo, a eloquência na palavrão obsceno, língua de lambedor de pufas, são os doutos conhecimentos desta intelectualidade psicopata composta de paus-mandados. este gente parece que vive no submundo, é irreal, embriagados por um poder podre, chafurdam na pocilga da intriga, utilizam a seu favor praticas de inquisidor-mor.
Valha-nos HOMENS como o autor deste blog, concordemos ou não, só com pessoas deste calibre é que vamos aprendendo algo. Ficamos a conhecer os podres desta podridão nacional incorrigível.
Alex

Anónimo disse...

A câmara corporativa abre um espaço de debate e de ideias muito importante. é a forma dos não licenciados intervirem, caso contrario seriam remetidos ao silencio. eu sei que os srs. doutos (licenciados) não lhes agrada nada ter que responder a quem os questiona, mas vão ter que nos aturar.
Num país onde 50% das pessoas se identificam ou gostam de ser tratados por doutores, gostava que me informassem do seguinte: um magistrado é um mero licenciado ou doutorou-se para ter direito a utilizar este título?.
Uma das razões para o nosso atraso endémico é a existência de uma classe de doutores manga de alpaca que mais não passam de uns sanguessugas do erário publico, que na sua maioria não produz riqueza que suporte os custos próprios, recorrendo aos ganhos de produtividade dos restantes.

Anónimo disse...

Não é paulo t. pinto o suspeito, mas sim instituição da qual ele é o 1º. responsável, quem o diz é a magistrada candida de almeida. se esse sr. é o responsável máximo, logo ele é suspeito máximo por dirigir tal instituição como pelos crimes praticados pelo banco. assim sendo, o juiz n. nascimento vai falar com o homem responsável por possíveis praticas criminosas, esta é que é a verdade dos factos, o resto é conversa de chacha. o povo não é parvo. a linguagem destes magistrados assusta, é ordinária e reles , para gente que se diz douta, é inqualificável os termos utilizados. na plebe podemos tolerar, a vocês NUNCA. São exemplo de quê? Na minha opinião, são a vergonha nacional.
Kavako

Anónimo disse...

Ó Alex e Kavaco:

Não usem da linguagem que atribuem a Magistrados...

Pelas vossas palavras se vê quem são...

Não acreditam em ninguém porque não acreditam em si próprios...

Ainda estão a tempo de recuperar, antes de PRATICAREM crimes...

Confiem nas pessoas de BEM, que as há...

Coragem!

Anónimo disse...

Podem dar as voltinhas que queiram, mas isto aqui não é eticamente correcto, e esse convite, num contexto desses é, no mínimo, estranho. O Sr. Paulo Teixeira Pinto, por sentido comum, e por ter a afiliação que tem, deveria, no mínimo ter, de uma maneira delicada, se escusado de tal presença. Ainda, e uma vez, e valha o que valer a referencia, na vizinha Espanha, não me parece que esta burrice notória tivera acontecido. A política financeira de uma instituição bancária quem a aprova e se responsabiliza é, em último, o seu presidente. Delegue o que tenha que delegar, isso não o inibe da responsabilidade da representação de facto e de direito. Sendo assim, pois assim é, uma vez mais o Miguel foi oportuno em postar nesse sentido. Se goste, ou não. A tão apregoada independência dos tribunais, sendo apanágio de um Estado de Direito, não cobre, nem encobre, ou não deveria, "gaffes" deste tipo, e em nada vem a contribuir para o prestigio da Magistratura, nem dos que, honestamente, a servem.
Bruder.