terça-feira, dezembro 26, 2006

Nós por lá todos bem

Na Inglaterra, um homem matou cinco prostitutas. A polícia britânica recorreu a tudo para descobrir o culpado, incluindo o público, ao qual mostrou imagens gravadas e fez apelos através dos media. Depois de algumas semanas de investigação, deteve um homem, acusando-o pelos crimes.

A grande diferença em relação a um processo português apanha-se no ar. Os jornais britânicos deram o nome das vítimas e do suspeito. Até mencionaram o nome de um outro suspeito, que a polícia já reconheceu estar inocente.

O que os media não referem é o nome dos procuradores e polícias envolvidos na investigação. Ninguém sabe. Eles próprios devem considerar que cumpriram o seu dever e preferem não ter em cima deles os holofotes das televisões — mesmo depois de a investigação estar concluída.

Estes estrangeiros precisam de fazer um curso de aperfeiçoamento em Portugal. Umas fotos nos jornais, umas imagens na televisão, umas declarações sobre hábitos de vida e ideias avulsas sobre o mundo tornariam a investigação bem mais picante. É certo que também a tornariam mais ineficaz e demorada. Mas não se pode ter tudo, não é?

11 comentários :

Anónimo disse...

Exportem já, mas mesmo já, esta escumalha incompetente do mp para o reino unido e em troca tragam de lá meia duzia de magistrados, bastam estes, que em menos de um abrir e fechar de olhos, resolvem os principais casos que se encontram em banho maria, no gabinete da c.almeida.

Anónimo disse...

AINDA POR CIMA ÉS MENTIROSO, MIGUELITO!

News of the charge was announced by Detective Chief Superintendent Stewart Gull, who has headed the investigation, at a media conference at Suffolk police headquarters.

The Crown Prosecution Service's senior prosecutor Michael Crimp said a team of CPS lawyers had been in close contact with detectives since the arrests were made earlier this week.

RESULTADO DE SIMPLES PROCURA, NOS JORNAUS INGLESES NA NET...

Anónimo disse...

"O que os media não referem é o nome dos procuradores e polícias envolvidos na investigação. Ninguém sabe. Eles próprios devem considerar que cumpriram o seu dever e preferem não ter em cima deles os holofotes das televisões — mesmo depois de a investigação estar concluída."miguelito dixit, do alto da sua cátedra, como homem que nunca erra, que tudo sabe, que tudo critica excepto o governo...

Stewart Gull
Michael Crimp devem ser portugueses, não é miguelito?

Por vezes até dizes coisas com piada... mas a tua sede contra os magistrados portuguesse é de tal maneira grande, que dás estes tiros nos pés...

Anónimo disse...

Miguel, não sei se os tais Stewart Gull e Michael Crimp se expuseram assim tanto como os comentadores precedentes tentam fazer crer. Eu que sou um súbdito português no reino de Sua Majestade posso confirmar que nunca os vi a passearem de metro, a mostrarem as roupas e a família e a procurarem o estrelato.

Bom ano.

Anónimo disse...

Pois é!
Mas o mais importante, a meu ver, é que o arguido foi preso numa terça-feira e sexta-feira já estava acusado (charged)!
É uma lição para o nosso sistema de justiça penal. Três dias sem acusação.
E como é cá?
Meses e meses a fio, sem culpa formada e sem conhecer, até, os factos da suspeita!
O Rui Teixeira e o Guerra... que dizem a isto?

Anónimo disse...

O mais interessante e não vem referido no post é o facto de o suspeito ter sido interrogado pela polícia ( sem advogado), tendo sido apresentado a um tribunal que apenas confirmou a sua identidade. Segundo rezam as crónicas, esteve no tribunal, poucos minutos.
E foi directamente para a prisão.

Este facto é omitido neste post porque o que interessa ao Miguel Abrantes é apenas realçar a circunstância, ainda por cima falsa de que não são conhecidos os nomes dos investigadores.
Duplamente falsa: em primeiro lugar são conhecidos e divulgados os seus nomes. Em segundo lugar e mais grave ainda, a insinuação que fica, é a de que por cá são os próprios investigadores quem se adianta às câmaras e se apresenta ao público, numa sede de protagonismo.

Por outro lado, em Inglaterra não há Constituição como a nossa que permite a arguidos recorrerem o eobterem decisões à medida das necessidades do momento.
Assim, por cá durante anos e anos foi norma corrente confrontar os arguidos em interrogatório dizendo-lhe os factos essenciais. Agora, é preciso descreverem-se com todo o pormenor, senão a inconstitucionalidade anula tudo.

Reafirma-se: a audição do suspeito, em Inglaterra e no tribunal que confirmou a prisão, durou apenas alguns minutos e nem um único facto lhe foi dito ou transmitido para poder contestar.

E esta, hem?

Anónimo disse...

A notícia do Guardian, de 22 de Dezembro, se fosse lida como deve ser, entendida no seu contexto em que o sistema judicial inglês se apresenta bem diferenciado do nosso, não autorizaria um post destes.
"A senior prosecutor added his voice to concern over media coverage of the Suffolk killings last night as detectives charged a suspect with all five murders.
Police officers who had been questioning two men all week convened a press conference to announce that Steven Wright, a 48-year-old lorry driver and former QE2 steward, had been charged with murdering the five women.

Michael Crimp, a senior prosecutor for the Suffolk Crown Prosecution Service, which decided there was enough evidence to bring charges against Mr Wright, warned against media coverage that might jeopardise the suspect's right to a fair trial.


Article continues

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Echoing concerns expressed earlier by the government's chief law officer, Lord Goldsmith, Mr Crimp called for responsible reporting of the case. Police had earlier complained that some media coverage was hindering their investigation.
"At this time I would like to remind you of the need to take care in reporting the events surrounding this case," Mr Crimp said. "Steven Wright stands accused of these offences and has a right to a fair trial before a jury. It is extremely important that there should be responsible media reporting which should not prejudice the due process of law."

Hundreds of journalists have descended on Ipswich following the discovery of the bodies of the women, all of whom worked as prostitutes in the town's red light area. Mr Wright and another suspect, Tom Stephens, who was released without charge last night on police bail, have been named and pictured in newspapers, along with features on their backgrounds. Last night, police refused to name Mr Stephens.

One of the concerns raised by Lord Goldsmith is that some of the people interviewed by the press could be potential witnesses. "Editors must avoid the publication of materials which may impede or prejudice the complex and ongoing investigations by the police and avoid the risk of prejudicing potential prosecutions or prejudging their outcome," he said in a statement earlier yesterday, adding that speculation or information relating to the activities or connections of suspects should be avoided.

Suffolk police have been faced with a daunting array of problems as they gather evidence to identify the killer of Tania Nicol, 19, Gemma Adams, 25, Anneli Alderton, 24, Paula Clennell, 24, and Annette Nicholls, 29.

More than 500 officers have been drafted in for the inquiry. So far, 31 forces have been called upon to bring their expertise to the investigation, and a team of five investigating officers - one for each of the dead women - has pored over the available evidence on the killings.

Sifting evidence has proved to be fraught with difficulties. The women who died may have seen several men each night and may have been driven away from the district to other places.

Examining the forensic evidence was complicated because, due to the nature of the women's work, DNA from a number of men may have been found on their bodies and at the places where they were dumped.

Mr Stephens had to be charged or released by 7.30am today, while Mr Wright had to be charged or released by 5am tomorrow."

Anónimo disse...

Tás a pôr posts uns atrás dos outros para esconderes este onde te estampaste o Miguelito ?

Anónimo disse...

Não seja deshonesto, José de Arimateia. Onde é que você viu que o acusado (antes suspeito) não fora confrontado com os actos de de que era suposto ter praticado?
Pura deshonestidade, meu caro...!
Claro que foi confrontado, como fora o anterior suspeito, que foi posto em liberdade por não subsistirem os indícios que levaram à sua detenção!
Este José de Arimateia, que é o JOSÉ da grande/pequena loja, ainda tem a lata de dizer que, por cá, se diziam apenas os factos essenciais... O que é que este ignorante entende por factos essenciais? Factos são factos, os que são susceptíveis de integrar as disposções legais incriminatórias. Nem essenciais nem acessórios, são apenas factos.
O facto de o suspeito não estar assitido de advogado no interrogatório tem apenas em vista assegurar a absoluta confidencialidade do processo, sendo certo que a detenção não pode ultrapassar os quatro dias sem que um acusação formal seja proferida contra o suspeito.
E por cá, José, o que faz lá o advogado uma vez que não pode intervir durante o interrogatório? Presença meramente decorativa, José, que permite aos Teixeiras e quejandos perguntar aos arguidos se conhecem ou não uma casa em Elvas?
José, o GRANDE INQUISIDOR!!!!!

Anónimo disse...

Plutão:

José de Arimateia é o pseudónimo de quem faz bem.
Aqui é um pseudónimo que se compadece dos pobres de espírito armados em astros.

Anónimo disse...

MAS COMO É POSSÍVEL QUEREREM COMPARAR UMA INVESTIGAÇÃO DE UM QUINTUPLO HOMICÍDIO COM UM ÚNICO AUTOR COM CRIMES DE NATUREZA ECONÓMICA OU COM CRIMES DE CORRUPÇÃO COM DEZENAS DE IMPLICADOS! LEMBRAM-SE DO HOMICIDA EM SÉRIE DE SANTA COMBA DÃO? DESSE CASO, E DE TODOS OS OUTROS BEM SUCEDIDOS QUE DIARIAMENTE SÃO JULGADOS NOS TRIBUNAIS NÃO SE FALA, NÃO É? À BOA MANEIRA DE QUEM QUER SIMPLESMENTE DEITAR A BAIXO QUEM TRABALHA NA JUSTIÇA... A POLÍTICA DA TERRA QUEIMADA NO SEU MELHOR
SEJAM HONESTOS, NO MÍNIMO. E JÁ AGORA, TENHAM ALGUM ESPÍRITO CRÍTICO