sábado, fevereiro 24, 2007

Jardim e os dois por cento





Alberto João é a negação pura do imperativo kantiano. Se Kant recomendava que agíssemos segundo uma máxima que pretendêssemos transformar em regra universal de justiça, Alberto João pretende sempre que para si valham normas diferentes daquelas que se aplicam aos outros.

Foi muito esclarecedora a sua posição sobre a regionalização. O que disse então o impagável líder da Madeira? Disse que a regionalização era boa para ele e má para os outros. Defendeu a regionalização na Madeira e combateu-a no continente.

Também agora o Dr. Jardim vem com o mesmo paleio em relação à democracia. A democracia é boa na Madeira, porque lhe dá a maioria, mas é má no continente, porque dá a maioria ao Eng. Sócrates.

Mas Alberto João “confidencia” ao Sol que este é o último combate da sua vida. Não é a primeira vez que anuncia tal propósito e depois se desdiz. Veremos como se sai do dilema que o atormenta nos últimos anos: sem empreitadas para conter o desemprego na ilha, não tem uma prateleira dourada para se refugiar… A Lei das Finanças Locais, que, segundo o Expresso, retira apenas dois por cento ao orçamento da Madeira, foi o pretexto que faltava a Jardim para justificar as dificuldades que não consegue ultrapassar.

11 comentários :

Anónimo disse...

E você Miguel é o perfeito exemplo de todos aqueles que desistem de pensar por si mesmo!
Você é o perfeito seguidor!
Não tem o mais pequeno rasgo de coragem para fazer valer as suas convicções!
Bem haja se não percebe os que têm coragem para dar bom uso aos seus neurónios!

Anónimo disse...

Caramba: quando é que estes gajos declaram a independência?

Anónimo disse...

Com o devido agradecimento ao JN e a José Viegas.
Pelos vistos ainda não são todos "seguidores do chefe"!
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Os problemas com Jardim.
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Francisco José Viegas, Escritor
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Portugal tem um problema com Alberto João Jardim.
Sou insuspeito para o dizer, porque andei em bolandas com o homem, de tribunal para recurso e de recurso para prescrição - um tribunal (do Funchal, claro) mandou-me pagar-lhe uma indemnização choruda por ter dito que o presidente do governo regional da Madeira era "um dos candidatos a palhaço da política portuguesa".
Foi há anos, e entretanto já se lhe chamou coisa pior.
E ele também abusou da língua.
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Outra instância mandou repetir o meu julgamento, por achar que o tribunal (do Funchal, claro) tinha exorbitado e errado.
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Ficámos por aí.
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Esta é a minha declaração de interesses andei em guerra com o homem mas não sou de ressentimentos.

Isto não me impede de reconhecer que é suspeita a quase unanimidade nacional contra Jardim e a sua figura.
A política portuguesa, que é classista e cheia de castas (ou de iluminados, ou de proprietários da República, ou de velhos terratenentes do carreirismo), odeia Jardim.
Sinceramente, odeia Jardim não pelo que ele tem feito na Madeira, mas pela sua figura.
Enfim, é-lhe antipática aquela figura de homem que come carapaus e bebe copos de ponche nas festas do Chão da Lagoa.
Também não lhe apreciam os trajes em que o homem se passeava na Avenida Arriaga durante o Carnaval.
Em última instância, invocam o défice, o orçamento, a dívida e o orçamento.
Mas em primeiro lugar detestam Jardim por ele ser como é.
Que ele gastasse o dinheiro do orçamento para construir vias rápidas que encurtam o trajecto entre o aeroporto e o Funchal, aceita-se (facilita a vida do turismo continental).
Mas quando chega a hora de fazer contas, o orçamento regional aborrece-os como não os aborrece no continente que alguém seja mais perdulário do que Jardim (e há casos, há casos).
Creio que têm alguma razão Jardim gastou-o vastamente e, se considerarmos os retratos da ilha nos anos setenta, vê-se alguma diferença.
A vida, lá, melhorou bastante. Não tudo. Porque nem tudo é dinheiro.
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Mas os tribunais deveriam regular o resto: os desmandos e mandos do governo junto da comunicação social (comprando-a ou hostilizando-a), a proximidade com os amigalhaços, a alarvidade do poder, que é tão grave na Madeira como em qualquer concelho continental.
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Mas a figura, a figura, é que os destrói definitivamente.
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A figura e o descaramento.
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E se, quanto à figura podemos discutir, porque ela esconde os problemas do orçamento e do endividamento, é preciso reconhecer a Jardim a coragem de se dirigir a Lisboa sem medo e sem baixar o tom de voz.
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Pessoas destas aguentam-se com dificuldade e são incómodas, evita-se apresentá-las às visitas. São o nosso Bei de Tunes à falta de bombo da festa, por exemplo, bate-se "no Jardim".
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O facto é que Jardim incendiou a pequena política portuguesa.
O que a oposição queria que ele fizesse há muito, ele fez voluntariamente - demitiu-se. Ele é um homem sem tempo para minudências, e devemos agradecer-lhe essa prova de honestidade.
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Outros teriam feito contas mais complexas e calculado perdas e danos.
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Certamente que Jardim o fez, mas o resultado seria o mesmo se a contabilidade lhe saísse furada.

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Não consta que tenha enriquecido com a política.

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Não consta que ande a fazer acordos para dormir com o inimigo.

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Eu, que não gosto dele, reconheço-lhe a rara coragem que anda a faltar há muito na política portuguesa a de afrontar os adversários.
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Na política doméstica, cheia de ademanes e salamaleques, todos têm de gostar de todos.

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Jardim não gosta de todos e não faz segredo disso. Elege inimigos, adversários - e, estranhamente, até amigos.

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A unanimidade nacional dos pensadores confortáveis em redor de Jardim (atacando-o e escolhendo bem os adjectivos) faz-se espécie.
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Eles também construíram a figura de Jardim, também a desenharam. Se é para caírem, Jardim arrasta-os consigo. É bom que saibam que o homem não os deixa a rir pelas costas.
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Daqui se podem retirar várias conclusões que não vos agradarão de todo!
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Especialmente aquela em que um seu opositor declarado, como FJV, honestamente declara que nâo se lhe reconhecem sinais de ter enriquecido com a política!
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Comparem-no ao "PAI" do VOSSO socialismo!

Anónimo disse...

A mim "o gajo" nunca me fez mal. Nem o conheço, a não ser através do vidro da TV ou das "notícias" da imprensa. Mas um gajo que se está cag... para a AR, o mínimo que os Conselheiros de Estado deveriam agora fazer era cag... para ele. Como?!... Não aparecendo no Conselho de Estado. Deixando-o, ele e o milhomens, a falar sozinhos.
Que burros são os Madeirenses!

Anónimo disse...

Caro Sr. Miguel Abrantes, o Sr. parece ainda não ter percebido, nem nunca se ter interrogado, por que, há mais de vinte anos, os meios de comunicação social dizem, por norma, mal do Dr. Jardim e não dizem mal, sistematicamente, dos compadres corruptos que prejudicam muito mais o País economicamente do que o dinheiro que o Dr. Jardim consegue para a Madeira, onde tem uma obra magistral e nunca foi acusado de desviar dinheiro para proveito próprio. O Sr. já imaginou quanto dinheiro é esbanjado em obras que deviam ficar por um preço e custam depois duas, três, quatro e cinco vezes mais; o Sr. não vê os escândalos da Expo, Eurominas, empreitadas nos túneis de Lisboa, Fax de Macau; as burlas ao fisco, as “operações furacão”e outras que tais onde todo o mundo é branqueado; o regabofe das demissões nas empresas publicas para de seguida serem nomeados para outras congéneres, depois de receberem chorudas indemnizações, etc.,etc.? Se o Sr. tem consciência destes escândalos, está preocupado com o Sr. Jardim? Já pensou que os orçamentos da Madeira são um epifenómeno, comparado com a delapidação de dinheiros públicos que, pelo menos, há vinte anos se vai sucedendo, sem que ninguém seja julgado ou preso?
Realmente é preciso ser-se muito pequenino para não ver além dos orçamentos da Madeira que podem ser justificados com a obra, à vista de toda a gente.
Em relação à frase que atribui a Emanuel Kant, o senhor de filosofia mostra nada saber, pois, doutra forma, compreenderia facilmente que a referida frase tanto dá para um lado como para o outro, isto é, tanto se pode aplicar ao Dr. Jardim como, ao contrário, à outra parte!

Anónimo disse...

Será desta que vamos ter a alegria de ver surgir um novo país africano, independente e anti - colonialista?
Oxalá que sim!
Viva a RBM.

Anónimo disse...

Quando nos veremos livres da chulice madeirense? Há excepções como em todo o lado, mas o madeirense é normalmente um amigo precário e gosta de usar o golpe baixo. Usando uma expressão muito deles "Se querem mamar que mamem num bode". Anos a conviver com eles deu para os conhecer bem! É tudo gente que dá um chouriço a quem lhes der um porco... O execrável soba é uma síntese perfeita. Um desavergonhado e desagradecido. Vão trabalhar...

Anónimo disse...

O PIOR É QUE HÁ GENTE NO CONTINENTE QUE O APOIAM.
PARA MIM É UM ENIGMA.....
G.

Anónimo disse...

O Bokassa da madeira que vá mamar na têta dos madeirenses. Para quando é que mandamos estes chulos pela borda fora? Não acham que é tempo de parar com as palermices idiotas deste e dos seus acompanhtes? incluindo os JC deste país. No continente também há muitos palermas, como marques mendes e seus muchachos,podem também apanhar a avião e ficarem por lá. O governo em vez de liberalizar as viagens de avião, devia era cobrar um preço de tal maneira elevado para que os bokassinhas não mais por aqui passassem.

Anónimo disse...

Ao José Pontes, ao anónimo e ao madeirense, que se vê logo que não é da Madeira, quero dizer que não adianta disfarçarem, porque se vê logo que são clientelas do partido que oprime os portugueses. E como devem viver à tripa forra com o dinheiro que é extorquido ao povo português não gostam de gente séria que tem obra feita e nunca utilizou os dinheiros publicos em proveito pessoal.
Estes senhores devem gostar muito do regime que há mais de trinta anos oprime o povo português que apresentando-se como seu salvador, pois iria acabar com os privilégios do tempo de Salazar e, afinal, o que é que impingiu ao povo: inúmeros bokassas que criaram dois milhões de pobres, um país subdesenvolvido, onde grassa a falta do estado de direito, campeando a corrupção , o compadrio eo tráfico de influências, com os quais os senhores não estão preocupados, antes caluniando o Jardim, para agradarem a quem vos paga. Tenham vergonha!

Anónimo disse...

A ler o que diz no DN um outro socialista convicto.
http://dn.sapo.pt/2007/02/27/opiniao/a_revolta_madeira.html
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Com o título "A revolta da Madeira", o autor desvenda uma das razões desta "Revolta de AJJardim.
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CComo ele diz « abriram a caixa de Pandora" e a alusão de Jardim ás declarações de Almeida Santos,reforçam a sua acção futura!
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Diga-se, com toda a legitimidade!