“Mesmo as crianças que começaram a viver no ventre materno e morreram ou aquelas que, tendo acabado de nascer, passaram pelo mundo sem o sacramento do Santo Baptismo, serão punidas com a tortura do fogo eterno.”
São Fulgêncio escreveu esta pérola no séc. VI. A condenação do aborto, nas mentalidades retrógradas, que compreende a morte dos primogénitos do Egipto, mas não a história da “mulher adúltera”, encontra esta explicação simples. A mulher grávida teve oportunidade já de conquistar a vida eterna. O feto, não. Só pode ser baptizado depois do nascimento. Por isso, até deveria dar-se prevalência à vida do feto em relação à vida da mulher grávida no caso de indicação terapêutica (saúde física ou psíquica da mãe em risco).
Deixo duas perguntas:
• Compreendendo-se que São Fulgêncio pensasse assim no Séc. VI, como se entende que César das Neves, Mário Pinto e Bagão Félix digam o que dizem no Séc. XXI?
• Se existe uma pessoa desde o momento da concepção, o que impede que o feto seja baptizado antes do nascimento?
[Publicado no Sim no Referendo]
17 comentários :
E não conheces tu a teoria do Limbo, há pouco tempo teologicamente abandonada pela Igreja Católica...
É bom ser-se Especialista, mas tu exageras, Miguel...!
"Se existe uma pessoa desde o momento da concepção, o que impede que o feto seja baptizado antes do nascimento?"
Se acreditas no fenómeno parapsicológico do APORTE, aparentemente nada...
Miguelices...
Votar SIM, pois claro, para que se realizem menos abortos ( oficiais ou clandestinos).
Cumps
«Mesmo as crianças que começaram a viver no ventre materno e morreram».
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E o que tem a ver a biologia com a relegião?
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Um católico compreende o porquê, mas você não!
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Nem eu pretendo compreender a mentalidade de quem não acredita em DEUS.
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São Fulgêncio disse no século VI, aquilo que só agora em pleno século XXI é confirmado pela ciência.
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Errata:Religião
Ó Abrantes:
É preciso ter lata.
Metes-te em discussões teológicas, misturas século VI com século XXI.
Tudo isto para justificar o aborto.
Fica-te mesmo pelo aborto e deixa a teologia para quem lhe dá valor.
Aprecio o pluralismo de opiniões deste blogue.
Dentro dos limites impostos pelo patrão, como é compreensível.
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