quinta-feira, março 01, 2007

Fala quem sabe



Cândida Almeida (à esq.)



Em declarações à Visão, Cândida Almeida diz que, em matéria de corrupção, há poucas investigações, poucas acusações e menos condenações ainda. Fala naquele tom ligeiro de quem não tem nada a ver com o assunto. Porém, chefia o departamento do Ministério Público que tem como responsabilidade investigar, dirigir inquéritos e deduzir acusações em matérias de alta criminalidade como a corrupção.

Entretanto, na mesma ocasião, fica-se a saber que o seu departamento anda a fazer estudos teóricos em vez de se dedicar à investigação criminal e aos inquéritos. É claro que os corruptos agradecem. E, se calhar, nem se importariam de financiar esses estudos.

5 comentários :

António P. disse...

Caro Miguel Abrantes,
Preciosa a sua informação que a dita senhora está à esquerda...na foto !
Cumprimentos

Anónimo disse...

SMMP e os números da justiça
27-Fev-2007
A Direcção do SMMP emitiu um comunicado a propósito da anunciada diminuição das pendências processuais e o desejado aumento da produtividade dos Tribunais.


1. O Sr. Primeiro Ministro e o Sr. Ministro da Justiça anunciaram ontem ao País que os O Sr. Primeiro Ministro e o Sr. Ministro da Justiça anunciaram ontem ao País que os processos pendentes nos tribunais portugueses diminuíram 0,4% no ano de 2006, percentagem que se traduziu num decréscimo de cerca de seis mil, seiscentos e setenta cinco processos (6.675).
O SMMP desconhece quais os dados que foram tomados em consideração para chegar a tal resultado, uma vez que se tem conhecimento que este ano foram efectuados acertos estatísticos muito significativos, tendo sido contabilizados no ano de 2006 milhares de processos findos em anos anteriores. Mesmo que, sem mais, se aceitem os números fornecidos pelo Governo, os mesmos não podem ser lidos senão com um muito prudente optimismo.
De acordo com tais dados seriam precisos 10 anos para diminuir as pendências processuais em 4 %.

2. Não pode, contudo, deixar de se tomar em consideração que, para a obtenção de tais Não pode, contudo, deixar de se tomar em consideração que, para a obtenção de tais números, contribuiu, de forma significativa, um conjunto irrepetível de medidas excepcionais de desjudicialização de conflitos, cujo correspondente número de processos excede em muito e multiplicadamente o saldo agora alcançado. Com efeito, não podemos olvidar as medidas, antes, anunciadas na Assembleia da República pelo Sr. Primeiro Ministro quanto ao descongestionamento dos tribunais. Segundo o mesmo, com a alteração do regime dos contratos de seguro seriam evitadas cerca de 25.000 acções.
Com o novo regime do processo de injunção, cerca de 15.000 novos processos passariam a ser tramitados por esta via e sairiam dos tribunais.
O novo regime do cheque evitaria a existência de cerca de 19.000 Inquéritos.
De acordo com a mesma previsão, a transformação das transgressões e contravenções em contra ordenações retiraria dos tribunais cerca de 15.000 processos.
Se somarmos todos os processos que o Sr. Ministro afirmou que deixariam de ser tramitados nos tribunais verificamos que estes totalizam cerca de 75.000, ou seja, cerca de 4,5% do total dos processos pendentes nos tribunais portugueses (um milhão e setecentos mil).
É de salientar, também, que os dados que foram avançados ontem vêm deitar por terra as conclusões do estudo em que o Sr. Ministro da Justiça se baseou para afirmar que a diminuição das férias judiciais implicaria um aumento de produtividade na ordem dos 10%.

3. Em suma, da previsão inicial do Governo em reduzir num só ano cerca de 15% da pendência processual existente, concluímos que o mesmo Governo indicou como resultado final uma redução da pendência processual de 0,4% , valor este que o Sr. Primeiro Ministro catalogou como sendo um resultado absolutamente extraordinário, surpreendente e motivador.
Acresce que, pelo que antes se expôs, tal número não terá sido alcançado por via de um melhor e mais rápido funcionamento dos serviços, o que, isso sim, traduziria um aumento de produtividade, mas apenas pela redução do número de casos sujeitos a Tribunal.
Este conceito de eficácia coincide pois, com uma redução do acesso dos cidadãos aos tribunais e ao sistema de Justiça que, nos termos da Constituição, não pode ser alargado em muitos mais casos, sob pena de essa eficácia ser alcançada à custa da efectividade da Justiça e dos direitos dos cidadãos.

4. O SMMP mostra-se, contudo, disponível para colaborar com o Governo na descoberta na descoberta e efectivação de soluções que - essas sim - permitam ultrapassar significativamente os modestos resultados que ontem foram apresentados, sem que isso signifique uma crescente e imparável redução no acesso dos cidadãos à Justiça e um aumento injustificado de despesa pública com a contratação de novos serviços no sector privado para colmatar o processo de desjudicialização em curso.

Lisboa, 27 de Fevereiro de 2007
A Direcção do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público

Anónimo disse...

O que é que srs. do sindicato dos mmp, querem com este tio de comentario? descrebilizar a verdade dos factos? Não conseguem e sabem porquê? Descrebelizados estão eles, os sindicalistas do mmp, ninguém os leva a serio entre os portugueses.A classe mais mal vista é a dos magistrados, razão para o governo estar descançado com este tipo de ataques. Recomendo que se ERGAM verticalmente e só assim serão respeitados. Portem-se como servidores da justiça e não como autentico grupo oligarquico que se serve da justiça para baneficio de classel.

Anónimo disse...

Em que ficamos, então esta douta sra. não é a tal em que "confiamos" para acusar com fundamentos e factos os corruptos deste país? Por obra milagrosa já não acusados? Parece um daqueles filmes indianos, onde o amor e a felicidade, são as estrelas principais.Afinal somos um país de gente boa, cumpridora, seria, honesta, trabalhadora,catolica,conservadora com laivos de neo-fascismo....e...e... como e cala. Tenho uma irmã chamada candida, da qual me orgulho, é uma mulher de luta e trabalha 10 h diarias,para sustentar a familia e cumprir as suas obrigações com o país. destas há poucas.

Anónimo disse...

A senhora em causa foi reconduzida recentemente. O PGR aplaudiu.

Temos o que merecemos.