domingo, março 18, 2007

Uma cabeça a desmoronar-se



Raoul Hausmann (c. 1920),
Mechanical Head (The Spirit of Our Age)



Já não são apenas aqueles que adoptam ou promovem os costumes dissolutos que investem contra a fortaleza que representa a cabeça do Juiz Pedro Albergaria. Agora é um colega de blogue, Ricardo Matos, que pega num espanador para limpar o pó:

    “Niilismo? Erotismo? Pessoalmente, prefiro humanismo democrático. Que, despojando-se de conceitos ou "princípios estruturantes" moralmente comprometidos (com uma qualquer maioria ou com uma qualquer minoria), deixa de impor limites à realização da pessoa, respeitando a individualidade de cada uma e as diversas formas legítimas (mesmo aquelas milenares) através das quais se manifesta.”

9 comentários :

Anónimo disse...

Bem sei o tema é outro, mas...

No após a 25 de Abril, vários individuais de diversos quadrantes iniciaram um percurso, em vários domínios da nossa vida colectiva, que os guindou a lugares nunca antes sonhados e que se eternizaram no poder dessas organizações fazendo inveja a muitos DITADORES.
Nos sindicatos temos uma serie desses oportunistas e malandros, falam em nome dos trabalhadores, não exercendo qualquer actividade que honre este nome (trabalhador), á décadas:
O QUADRO PRINCIPAL DOS FIGURÕES:

- CARVALHO DA SILVA- CGTP
- CLUNY – MAGISTRADOS
- PICANÇO – UGT
- TRINDADE – CGTP
- ONOFRE – UGT
- JARDIM – PSD
- NOGUEIRA – CGTP
- SUCENA – CGTP
- PROENÇA – UGT
- CARTAXO – CGTP
- PILÓ – CGTP
- LANÇA – CGTP
- ADÃO – CGTP
- ALBANO – CGTP
- NOBRE - UGT

- ETÇ, ETÇ, ETÇ.
Citando apenas alguns DOS VÁRIOS FIGURÕES, porque há muitos mais…

Para quando uma lei que ponha cobro a esta vergonha? Sabemos como se processam as eleições para estes cargos, influencias políticas e de oligarquias formadas que determinam á partida o vencedor , as quais são posteriormente compensadas das formas que já também conhecemos.
Porque não abranger estas organizações pela mesma Lei que determina o numero de mandatos para cargos políticos?
Tenho uma opinião negativamente formada sobre estes DEMAGOGOS e OPORTUNISTAS, que utilizando o púlpito dessas funções, permite-lhes chegar a cargos de alguma projecção e de remunerações muito elevadas, ao contrario daqueles que dizem servir.
Estes ditadores que utilizam os mecanismo ( com esquemas) da democracia para se perpetuam por décadas no poder, são a meu ver a DESGRAÇA nacional , no Portugal democrático.
ribeiro

Anónimo disse...

Lido o post de Ricardo Matos, conclui-se que só um espanador de penas - não comprado numa loja dos 300...de todo - faria semelhante limpeza, a uma cabeça tão museológica...

É o que se chama um trabalho asseado.

Anónimo disse...

"a existência evidente de cidadãs e cidadãos ".

Linguagem bem desempoeirada, é esta.

O politicamente correcto elevado à máxima potência.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Autor: Constança Cunha e Sá
Data: Quinta-feira, 15 de Março de 2007
Pág.: 45
Temática: Espaço Público



O estilo do primeiro-ministro confirma apenas a sua falta de substância

O estilo e a substância

José Sócrates, esse estadista de última hora, foi sempre um homem do aparelho, um cacique local que cresceu nos jogos partidários e se distinguiu nos golpes de bastidores



Em Portugal, há uma suave combinação entre o poder e a arrogância que leva invariavelmente ao mito e à hagiografia. Em 1990, quando o cavaquismo decidiu vender uma imagem diferente do chefe, o Expresso deu à luz um trabalho de fundo, sob um título auspicioso: A história do menino Aníbal. Como mandam as regras da propaganda, A história do menino Aníbal oferecia-nos "o retrato de um vencedor" e o percurso de um "predestinado" que "o acaso" empurrara para a política, a bem da modernização do país e da felicidade dos portugueses. A biografia, recheada de pequenos e coloridos episódios, revelava um "novo" Cavaco Silva, surpreendentemente humano (havia dúvidas sobre a matéria!) nos seus pequenos prazeres e nas suas inocentes "tropelias". Para deleite de todos os fiéis, ficou-se a saber que, por trás do rosto esquálido e austero do primeiro-ministro, havia um "Aníbal" traquinas que gostava de pingue-pongue e de matraquilhos e que subira a pulso na vida. Ungido pelo mérito, o rapaz pobre de Boliqueime, que fazia parte dos "costeletas" (por oposição ao grupo privilegiado dos "bifes"), acabara por se transformar num mago da economia, com doutoramento a preceito e provas dadas no desprezível mundo da política. Na altura, quando o regime celebrava a existência de um "novo português" que se distinguia pela "vontade de vencer", o exemplo de Cavaco Silva, educado no esforço e na disciplina, era a confirmação de um sonho que animou esses excepcionais anos de falsa prosperidade.
Apesar da sua aridez e da limitação dos seus horizontes, a história do "menino Aníbal" tinha, apesar de tudo, um sentido que ultrapassava a mera glorificação do chefe e do seu grandioso "destino". Entre os sacrifícios da infância e o posterior brilho da academia, a biografia não deixava de encerrar o essencial do cavaquismo. Ou, dito de outra forma, o essencial de uma velha e recorrente tradição nacional que privilegia o esforço e o mérito em detrimento dos "interesses" mesquinhos dos partidos, que defende o primado da competência sobre as subtilezas da ideologia e que, em última análise, se baseia na superioridade da economia face às "intrigas" em que se entretém a política. Neste sentido, o retrato de Cavaco Silva é também o retrato de um país que procurou sempre fugir às suas responsabilidades através dos bons ofícios de um qualquer salvador que o resgatasse do seu proverbial atraso e da sua irremediável pobreza.
O que impressiona na biografia do eng. Sócrates, publicada, este fim-de-semana, pelo semanário Sol, é o imenso vazio em que se afundam as inúmeras qualidades atribuídas ao biografado. Em vinte páginas de prosa, ao longo das quais vamos assistindo ao harmonioso desenvolvimento do pequeno Zezito, não há um pormenor que o diferencie, um traço que o caracterize ou uma ideia que o distinga - e muito menos algo que o determine à nascença para o exercício do poder, como assegura o título escolhido pelo semanário para coroar esta hagiografia da mediocridade.
Na história do "menino Zezito", não há esforço, nem sacrifício. Também não há proezas académicas. Nem feitos profissionais. O bacharelato no ISEC - que tantas dúvidas tem levantado - é completado, vinte anos depois, quando já se encontrava no Governo do eng. Guterres, com uma obscura licenciatura, na Universidade independente. Pelo caminho, e dando provas da sua vocação para a política, mergulha, com o amigo Jorge Patrão, "nos meandros socialistas da região". Ou seja, envolve-se nas pequenas guerras do aparelho, onde gasta o melhor dos seus dias e inicia a sua fulgurante carreira. Em 1987, depois de se ter enfiado no sótão do eng. Guterres e numas intrigas de maior alcance, chega finalmente ao Parlamento, onde viceja discretamente durante os anos do cavaquismo. Ao contrário do que a sua "coragem" e "determinação" poderiam indiciar, José Sócrates, esse estadista de última hora, foi sempre um homem do aparelho, um cacique local que cresceu nos jogos partidários e se distinguiu nos golpes de bastidores.
Antes de assentar na política, não deixou de fazer umas breves incursões profissionais. Em 80, deu aulas de Matemática no Liceu da Rainha D. Leonor. E, um ano mais tarde, arranjou um "posto" na Câmara Municipal da Covilhã, onde se distinguiu pelo "estilo", fugindo, como diz o jornal, ao "estereótipo do senhor engenheiro" que ele, para todos os efeitos, não era. Mas usava "calças encarnadas" - o que já então revelava uma aversão às regras da burocracia que se veio a corporizar, mais tarde, na apresentação do programa Simplex.
É com este extraordinário curriculum que chega, em 95, ao Governo, pela mão do eng. Guterres, de quem foi sempre um solícito boy. Mantém-se firme, ao seu lado, até ao fim, quando o seu tutor político abandona as funções de primeiro-ministro depois de ter deixado, segundo as suas próprias palavras, o país "à beira do pântano". Uns anos mais tarde, surge a consagração mediática, com um frente-a-frente, na RTP, com Pedro Santana Lopes, uma das grandes estrelas desse restrito firmamento.
Diz este último que o conhece como ninguém. E acrescenta: "Há duas pessoas na política que perceberam o meu método e, nalguns aspectos, seguem os meus passos: o Carrilho e o Sócrates." Por uma vez, uma pessoa sente-se tentada a dar-lhe razão. O estilo do primeiro-ministro confirma apenas a sua falta de substância.

Anónimo disse...

Colocado por uma comentadora no "Mar Salgado":
"Aqui temos nós o prelúdio em pantufas silenciosas para o próximo tema quente da sociedade portuguesa!
Ora, ora... E que a questão da intolerância para com os pederastas não fosse vista como uma espécie de aberração humana arquivada num frasco de formol! E que, ao invés, a tolerância para com esses “queridos” não fosse aplaudida, como uma espécie de medalha de bom comportamento moral e prova de boa cidadania!
Pois... ‘tá bem...a coisa é tão velha no mundo quanto o aborto, a eutanásia, o incesto, o adultério, etc, etc...Que novidade!
Mas passo-me quando vestem o tema de roupagens antropológicas, sociológicas, políticas... para lhe dar um tonzinho de laboratório e a devida patente científica. Como se tudo, mas tudo, não pudesse sofrer a mesma operação de “elevação” intelectual...
Só que a alavanca não chega, nem disfarça o fundo da questão.
Os queridos que vivam felizes as suas paixões carnais, à vontadinha! Desde que não ataquem os nossos filhos, não enganem As hipotéticas consortes (passando pelo que não são) e além disso se assumam como tal na sociedade.
Pois...já estou cá dentro do tal frasco nauseabundo, mas digo: - qual casamento, qual adopção, qual quê!
Do Poder já não os podemos afastar: -estão por lá muitos e bons amélias. Alguns deles tão moralistas que até chateia!
Mas não me ponham essa gente a disputar a categoria de família, que já é suficientemente maltratada como está! E não merece concorrência desleal.

# posted by Teresa : 2:22 PM"

Anónimo disse...

Miguel

A constituição proíbe o casamento entre homossexuais? Não!
A lei ordinária proíbe? Sim!
A constituição garante a igualdade entre os cidadãos e a proibição da discriminação? Sim!
Então a lei ordinária, ao proibir o casamento homossexual, viola o princípio da igualdade? Não!

Adiante, mas não em demasiado: é que a constituição também não proíbe que o filho se case com a mãe…

AA

Anónimo disse...

TAL COMO A DRª VERA SAMPAIO ( FILHA DO EX-PR JORGE SAMPAIO ), QUE ACABOU O CURSO DE DIREITO COM A NOTÁVEL MÉDIA DE....... 10 ( DEZ ) VALORES, E É AGORA ASSESSORA DO MINISTRO DA PRESIDÊNCIA PEDRO SILVA PEREIRA.



O VALOR A QUEM O TEM!!!!!!!





VIVA MARROCOS DE CIMA!!!!!





> A nossa Maria merece...

>

> "De acordo Com O Correio da Manhã, Maria Monteiro, filha do antigo

> ministro António Monteiro e que actualmente ocupa o cargo de adjunta

> do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros vai para a

> embaixada portuguesa em Londres.

>

> Para que a mudança fosse possível, José Sócrates e o ministro das

> Finanças descongelaram, a título excepcional, uma contratação de pessoal

> especializado.

>

> Contactado pelo jornal, o porta-voz Carneiro Jacinto explicou que a

> contratação de Maria Monteiro já tinha sido decidida antes do anúncio

> da redução para metade dos conselheiros e adidos das embaixadas.

>

> As medidas de contenção avançadas pelo actual governo, nomeadamente o

> congelamento das progressões na função pública, começam a dar frutos...

>

> Os sacrifícios pedidos aos portugueses permitem assegurar a carreira

> desta jovem de 28 anos que, apesar da idade, já conseguiu, por mérito

> próprio e com uma carreira construída a pulso, atingir um nível de

> rendimento mensal superior a 9000 euros.

>

> É desta forma que se cala a boca a muita gente que não acredita nas

> potencialidades do nosso país, os zangados da vida que só sabem

> criticar a juventude. Ponham os olhos nesta miúda!

>

> A título de curiosidade, o salário mensal da nossa nova adida de

> imprensa da embaixada de Londres daria para pagar as progressões de

> 193 técnicos superiores de 2ª classe, de 290 Técnicos de 1ª classe ou

> de 290 Assistentes Administrativos.

>

> O mesmo salário daria para pagar os salários de, respectivamente, 7,

> 10 e 14 jovens como a Maria, das categorias acima mencionadas, que

> poderiam muito bem despedir-se, por força de imperativos orçamentais.

> Estes jovens sem berço, que ao contrário da Maria tiveram que

> submeter-se a concurso, também ao contrário da Maria já estão

> habituados a ganhar pouco e devem habituar-se a ser competitivos.

>

> A nossa Maria merece.

>

> Também a título de exemplo, seriam necessários os descontos de IRS de 92

> portugueses com um salário de 500 Euros a descontar à taxa de 20%.

>

> Novamente, a nossa Maria merece!"

Anónimo disse...

Anónimo: calma. O Miguel não está interessado em falar de corrupção ou mesmo de cunhas. O Miguel não gosta do Estado de Direito mesmo quando ele não lhe bate à porta. Só conhece o dono. Morde em tudo o mais.