domingo, abril 15, 2007

A independência dos magistrados [2]


Conselheiro de Marques Mendes
para as questões da justiça



Ainda sobre a independência da magistratura judicial e a autonomia do Ministério Público, vale a pena ler com atenção a notícia de Licínio Lima no DN de hoje [p. 11, sem link] sobre o presidente vitalício Cluny.

Todos já sabíamos que Cluny foi militante comunista e controleiro da UEC. Todos sabíamos também que continuava a ser um compagnon de route do PCP já como magistrado, o que é de duvidosa conveniência.

Mas a grande novidade surge agora, quando se revela que Cluny é conselheiro de Marques Mendes em matéria de justiça. Nada mau: em part-time, o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, que nunca foi notícia pelo trabalho desenvolvido no Tribunal de Contas [cf. aqui e aqui], e que é pago pelo Estado para fazer parte de uma magistratura autónoma, divide o seu tempo entre um sindicato, que se dedica, em exclusivo, à conspirata política, e a assessoria ao líder da Oposição.

Esta notícia, confirmada pelo próprio Cluny (que apenas tem o decoro de referir que as consultas têm lugar por iniciativa de Marques Mendes), não causa espanto. O presidente vitalício do SMMP, desencantado com os amanhãs que cantam, desde há muito acompanha dirigentes do PSD, recebendo a bênção do Opus Dei e de certos sectores da banca (como as simpáticas alusões no Sol o demonstram).

A entrada do PSD neste pacote é perfeitamente natural. Natural é também que Cluny continue a dedicar-se a tudo menos às suas funções de magistrado. Ataca o Código das Custas, ataca o Conselho Superior de Investigação Criminal antes de ser criado, ataca a lei de política criminal e por aí fora. O que Cluny pretende sempre é pressionar o poder político e o procurador-geral da República — a todo o tempo em nome da autonomia do Ministério Público.

Até quando abusarás tu, Cluny, da nossa paciência?

9 comentários :

Anónimo disse...

Que me desculpem alguns militantes do PCP, mas é notório que desde o Cavaquismo se assistiu ao fascínio de alguns intelectuais comunistas, nas quais não englobo Zita Seabra - é mais uma dona de casa que vende uns livros- por o popularucho encarnado no PSD.

Assim, também o Dr. Cluny não é excepção.

António P. disse...

Ai Cluny onde chegaste !
Mas não é surpresa. A herança da militância no PC mantém-se. Antes a direita no poder que o PS.
Tantos anos de militÂncia estalinista formata o cérebro para sempre.
Boa noite

Anónimo disse...

Não é nada estranho o comportamento da pessoa em causa. É um oportunista nato e faz do parasitismo a sua ideologia. Do que ele não gosta é do trabalho árduo e profícuo e tem passado a vida a congeminar a forma de preguiçar eternamente no Sindicato

Anónimo disse...

Agora compreendo a razão porque é que Marques Mendes só diz asneiras sempre que abre a boca.

Anónimo disse...

Este reles sindicalista,que representa uma minoria dos magistrados do mp,é o simbolo mais vil e retrogado do que deve ser um dirigante sindical actual.
A sua faceta de autentico camaleão, navega onde lhe dá mais jeito e benesses. A sua aproximação a marques mendes já é conhecido á algum tempo. O marquinho está fod... com tal criatura como conselheiro. Que sabe esta ave de arribação de leis?

Anónimo disse...

Cluny, o sindicalista iterno, o insubstituível , o único, o mensageiro, o acessor, o camarada, o confidente, o fiel, o depositário, o híbrido, o porta-voz, o herege do meio.

Pergunto, se com mais um mandato no “papo” , este sr. , pago pelos impostos dos portugueses, vai continuar com a seu absentismo no Tribunal de Contas?

Enquanto trabalha para o sindicato, está a ser pago por todos NÓS?

Responda quem souber. Mas com verdade.

Anónimo disse...

O gozo que devia dar ao Cluny ler o que vocês aqui ladram...

Continuem, tal como o Abrantes (que não passa dia sem falar no homem).

Pode ser que um dia o Cluny leia... eu duvido, mas não percam a esperança... e ladrem...

Anónimo disse...

Podem todas essas virgens acusar o Engº. Socrates como entenderem, utilizando as asneiras que entenderem, só os define como pessoas barbaras e incultas. Aproveito para aqui expressar o total apoio ao 1º.Ministro, como HOMEM E politico.

Nunca um invejoso perdoa ao mérito
A inveja é tão vil e vergonhosa que ninguém se atreve a confessá-la

O fraco nunca perdoa. O perdão é a característica do forte.

Anónimo disse...

cuidado! não vá acontecer morder a própria língua!