domingo, abril 15, 2007

Quadratura do círculo




Estava eu esta manhã a dar umas voltas, quando ouvi, na Antena 2, um programa que raramente ouço. Salvo erro, Vicente Jorge Silva, Maria João Seixas e José António Pinto Ribeiro falavam de diplomas e títulos, quando este advogado contou uma história. Disse ele que Júdice, quando foi bastonário da Ordem dos Advogados, criou um regime de excepção para que licenciados em direito ilustres pudessem ser advogados sem terem de se submeter aos exames da Ordem. Entravam pela porta do cavalo.

É claro que este regime de produção artesanal de advogados honoris causa levantou tanta celeuma interna que, pouco tempo depois, acabou. Mas, entretanto, a honraria foi atribuída a alguns licenciados em direito, tendo o advogado José António Pinto Ribeiro referido que, entre os contemplados, estava António Lobo Xavier.

Os leitores do CC, que não perdem com certeza os ensinamentos ministrados na Quadratura do Círculo, estarão recordados do que disse esta semana Lobo Xavier, que trabalha para a Sonae, acerca de títulos e diplomas…

33 comentários :

Anónimo disse...

Aquele ar própero não se arranja a esfolar as meninges...

Anónimo disse...

O boomerang é uma arma difícil de usar por alguns dos nossos opinion makers, pois não lhes volta à mão mas...acerta-lhes na cabeça.
Já conto 3:
- Marques Mendes
- Pacheco Pereira
- Lobo Xavier.

Anónimo disse...

É tipo barão que comprou o título a uma família falida...

Anónimo disse...

O Pinóqio Sócrates é que, apesar dos demais vigaristas, continua a ser, também, um vigaristazito.

Anónimo disse...

O quê?!!!

Estes e outros do género, gostam de cuspir para o ar, um dia cai-lhes em cima.

o sibilo da serpente disse...

Contaram-me esta na semana passada e eu não acreditei. Pensei que era informação pouco rigorosa. Afinal...
Já agora: o que se passa com as habilitações do Pacheco Pereira, que ainda não percebi?

Anónimo disse...

Pela boca morre o peixe.
Ó Miguel, então não era o sôtôr que defendia que os juristas de mérito podiam aceder a qualquer grau da magistratura sem prestar provas de ingresso?
Já hoje, Hugo Marçal que o diga, um dôtô de uma universidade independente (ou, no caso, espanhola de "dôtôramento" generoso), os dôtôs não têm que prestar provas para entrar no CEJ.
E, no futuro, como quer o Miguel para os tribunais superiores, nem pelo CEJ têm que passar.
É isto a porta do cavalo?
P.S. (não, não é o seu PS). Estou a ser injusto. É que o Miguel pensa que nem dôtôs têm que ser os licenciados em direito para acederem à esse caixote... que é a magistratura.
A Dr. Beleza nem mestrado tem. Nunca seria aceite, por exemplo, para reitora, mas para o STJ já serve...

Anónimo disse...

Para quem tenha dúvidas de quem tem acesso ao título, aqui fica o que se passa em Espanha face á falta de normas éticas em algumas universidades portuguesas!
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De realçar que este plano para o ensino superior, está no presente a ser alterado completamente.
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«Estudos de Primeiro e Segundo Ciclos».
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A organização dos estudos superiores no nosso país contempla as seguintes modalidades de ensino:
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Estudos de apenas primeiro ciclo, Estudos de Primeiro e Segundo Ciclos e Estudos de apenas segundo ciclo.
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O primeiro ciclo dos estudos universitários compreenderá aprendizagens básicas e de formação geral, assim como, aprendizagens orientadas para a preparação para o exercício de actividades profissionais.
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Este primeiro ciclo de estudos terá uma duração de dois ou três anos académicos, de acordo com o estabelecido, em cada caso, pelas correspondentes directrizes gerais próprias.
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A superação deste primeiro ciclo em Faculdades, Escolas Técnicas Superiores ou Escolas Universitárias dará direito, se assim se estabelecer nas directrizes gerais próprias, à obtenção do título oficial de Diplomado, Arquitecto Técnico ou de Engenheiro Técnico.
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O segundo ciclo estará dedicado ao aprofundamento e especialização nas correspondentes aprendizagens, bem como a preparação para o exercício de actividades profissionais.
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Este segundo ciclo de estudos terá, geralmente, uma duração de dois anos académicos e será organizado em Faculdades e Escolas Técnicas Superiores.
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A sua superação dará direito à obtenção do título de Licenciado, Arquitecto ou de Engenheiro.
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Partindo desta ordenação dos estudos organizam-se os Planos de Estudos.
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Actualmente estão-se reformando os Planos de Estudo, o que faz com que seja necessário que se conheça a nova terminologia utilizada.
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Directrizes gerais comuns, as que estabelecem os critérios gerais a que devem respeitar todos os novos Planos de Estudos.
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Directrizes gerais próprias, as que estabelecem o conteúdo mínimo homogéneo que deve incluir-se nos Planos de Estudos de cada uma das licenciaturas.
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Matérias troncais, são os conteúdos mínimos comuns do Plano de Estudo. São de inclusão obrigatória no âmbito nacional. Cada matéria troncal pode organizar-se em uma ou várias disciplinas.
Matérias não troncais, são os conteúdos do Plano de Estudo fixados por cada Universidade, seja como matérias obrigatórias ou optativas. As matérias obrigatórias são fixadas livremente por cada Universidade dentro do correspondente Plano de Estudo sendo obrigatórias para o aluno. As matérias optativas são também fixadas livremente por cada Universidade dentro do correspondente Plano de Estudo para que o aluno escolha entre as mesmas.
Matérias de livre eleição ou livre configuração, são aquelas que o estudante selecciona segundo o seu próprio critério, com vista à livre configuração do seu currículum. Para estudar estas matérias dispõe das seguintes possibilidades:
1) Frequentar disciplinas pertencentes a Planos de Estudos oficiais.
2) Realizar as actividades definidas como equivalentes a créditos de livre configuração.
3) Estudar matérias e realizar seminários ou outras actividades organizadas pela Universidade diferentes de las anteriores.

Crédito, é a unidade de valoração das disciplinas. Em geral, corresponde a dez horas lectivas.
Carga lectiva total,é o número de créditos mínimos que há-de obter o estudante e que necessariamente há-de constar no seu currículum para a obtenção do correspondente título oficial. A carga lectiva por ano académico de cada disciplina poderá oscilar entre 60 e 90 créditos.
Obtenção do Título
Os títulos universitários oficiais são aprovados pelo Governo, mediante proposta do Conselho de Universidades, mediante Real Decreto, têm validade em todo o território nacional, e no estrangeiro mediante as oportunas homologações; surtirão efeitos académicos plenos e habilitarão para o exercício profissional. São os de Diplomado, Arquitecto Técnico e Engenheiro Técnico, após superar o primeiro ciclo de estudos; Licenciado, Arquitecto e Engenheiro, após superar o segundo ciclo; e Doctor, após a superação do Terceiro Ciclo.

Uma vez finalizados os estudos completos incluídos num Plano de Estudos, poder-se-á solicitar o título universitário oficial correspondente, na Unidade de Gestão de Expedientes Académicos.

O expediente para a concessão do título constará dos seguintes documentos:

Requerimento, em modelo normalizado, solicitando o título.
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Certificação académica que garanta a superação dos estudos correspondentes e da prova final , projecto de exame, com menção da data de homologação do Plano de Estudos, das classificações obtidas em cada caso e da data de finalização do último dos estudos frequentados ou da prova final.
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Fotocópia do Documento Nacional de Identidade ou Passaporte.
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Certificação de que o interessado satifez os direitos para a expedição do título, como especificação de qualquer circunstância que altere tal situação».


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Anónimo disse...

Não foi só o Lobo Xavier.

Foram inúmeros consultores fiscais (saídos de grandes empresas de consultoria fiscal) que em debandada acorreram ao titulo de "advogado especialista" para não realizarem três exames na primeira fase, um exame nacional no final da segunda fase e eventualmente uma prova oral.

Foi a ânsia das grandes sociedades de advogados (ameaçadas na área fiscal, especialmente planeamento e Dto. Tributário Internacional pelas consultores) em contratar fiscalistas e colocar os mesmos a chefiar os seus departamentos...(veja-se o caso do Lobo Xavier na anterior CPPX e actualmente na MLGTS e Miguel C. Reis e parte da sua equipa para a GPCB e posteriormente para a Garrigues.

É efectivamente nojento.

Anónimo disse...

A ética do tipo que sendo apanhado com o carro mal estacionado, pergunta ao guarda pelos outros, para se defender da transgressão, também está a passar por aqui.

É uma ética curiosa que tem uma vantagem: dar razão a que defende a ética como valor.

O problema é que depois, em relação ao Sócrates e outros socialistas, esse valor, já não presta tanto assim.

Anónimo disse...

Há um assunto que não quer calar: à semelhança do que fizeram com Guterres, Ferro e Pedroso, uma conspiração política mais uma vez tentou perpetrar um assassinato político baseado em julgamentos de carácter: tentaram fragilizar o Primeiro Ministro pq este está a contrariar interesses instalados.

Edie Falco

Anónimo disse...

Se Portugal aproveitasse todo esse episódio para enterrar de vez essa mania feia e que é piada ao redor do Mundo, de um país que não funciona mas que entretanto possui tantos senhores doutores, tudo isso valeria á pena.

É de aproveitar. Uma oportunidade dessas só vai surgir na próxima tentativa de cabala e de assassinato político. Que, com uma elite como a nossa, que conspira contra o sucesso do país quando em causa está a manutenção dos seus interesses instalados, não deve demorar muito. Na impossibilidade de partirem as pernas a Sócrates (já vão ver no próximo debate na Assembléia se O Líder de Portugal ficou fragilizado), quem será o próximo visado? De uma coisa é certa: será do PS. Assassinatos políticos, só do PS: Guterres, Pedroso, Ferro, Vara, Pina Moura.

É mesmo o país de Salazar. E depois dizem que a maioria do país é de esquerda. Que grande falácia!!!

Edie Falco

Anónimo disse...

Assassinatos políticos só do PS?
Vocemecê é um distraído.

Anónimo disse...

Muito bem Abrantes.
Só por isso o Sr. José Socrates está desculpado!
Já pode dizer aos seua amigos... afinal o Socrates não é unico corrupto mentiroso aldrabão, existem outros!
Que bom! O Socrates afinal é uma vitima...
Maus são os outros!

Anónimo disse...

"Assassinatos políticos só do PS?
Vocemecê é um distraído."

Ah, sim? Pode dar exemplos? Santana Lopes não vale. Este foi largado pelo PSD para não por em risco a candidatura/eleição de Cavaco. Foi o idiota útil. Dê outros exemplos. me dê sff um mísero exemplo de alguém no PSD que tenha passado o que Ferro Rodrigues passou.

Por acaso agora estou a lembrar de Sá Carneiro, a quem este, tiraram mesmo a vida. Foi literalmente assassinado. Outros tempos. Mas diga quem foi frito em fogo brando, em vida, como foi Ferro. Não sei o que é pior.

Edie Falco

Anónimo disse...

O caso Sócrates é em tudo igual ao de Ferro, que carregará injustamente uma pecha para sempre. Apesar de ter vivamente desmentido e posto processos em tribunal, os "jornalistas", macacos de plantão, lacaios de Balsepé e Beltiro, todo dia plantavam uma palavrinha de acha na fogueira. É o que se vê agora.

Odioso.

Edie Falco

Anónimo disse...

Quanto a Lobo Xavier, não passa de um betinho de cascais que não se quer queimar no seu partido. Aliás, cabe na cabeça de alguém perder tempo a ver debates de pacheco pereira com lobo xavier? dois egos insuflados que nunca estiveram no mínimo à frente de uma camara, nunca se comprometeram.

Como é que o país assiste impávido a essa pouca vergonha que é Paulo Portas tomar um partido DE ASSALTO, NA MARRA, A PÕR O PÉ DE CABRA NA PORTA E ARREBENTAR COM A MESMA PARA ENTRAR...o que é isso? Onde é que estamos? Na parvónia? Ninguém faz nada? Lobo Xavier nãos e compromete? É uma vergonha. Bom, é para o lado que Sócrates dorme melhor. Ter aquele indivíduo, um derrotado profissional, à frente, vai facilitar ainda mais os debates parlamentares.

Paulo Portas... o derrotado que todos olham como se fosse um vencedor... deve ser por um espírito-lacaio. Afinal, o homem ganhou uma medalha de Rumsfeld.
Grandes merdas...

Edie Falco

Anónimo disse...

E é esse derrotado que quer tomar o eleitorado de centro direita... ahahahahah!!!! só na nossa imprensa de sarjeta e lacaia que temos é possível uma mente doentia e distorcida formular uma teoria tão imbecil...
O que Paulo Portas vai fazer é precipitar o enterro do PP, é o golpe de misericórdia que era preciso para acabar com aquele partido. Que vai acabar por se fundir com o PSD.

Será que ninguém no PP é capaz de enchergar que já era tempo de perdoarem e ressuscitarem Manuel Monteiro? Ainda vão na cantiga de Paulo Portas?

Esse gajo conseguiu fazer com o PP o que ninguém conseguiu em Portugal, um partido com representação parlamentar totalmente a serviço de um projecto pessoal...

Edie Falco

Anónimo disse...

"enxergar".... desculpem o lapso, meus "senhores doutores", tão ciosos que são dos diplomas... ahahahaha!!!!!!!

Edie Falco

Anónimo disse...

PESNAMENTO DO DIA:

OS PORTUGUESES ESTAVAM ÁVIDOS POR E-S-T-A-B-I-L-I-D-A-D-E...QUALQUER TENTATIVA DE AGITAÇÃO OU DE INSTABILIDADE, SERÁ RECHAÇADA COM A DEVIDA RESPOSTA NAS URNAS.

Edie Falco

Anónimo disse...

Edie Falco
Concordo com esse pensamento.

Nunca alinhei por partidos mas acho que Portugal com o Governo Socrates tem rumo e está a ser governado.

Esta campanha orquestrada contra Sócrates vai-lhe aumentar os votos nas urnas na próxima eleição, estou convicta.

Anónimo disse...

Miguel Abrantes:

Não se esqueça que há um assunto que ainda aqui não foi tratado e é muito importante esclarecer:

1.º M.Mendes deu aulas nas Independente?

2.º Durante quanto tempo o foi?

3.º Foi remunerado?

4.º Deu efectivamente aulas?

5.º Quem foram os alunos de M. Mendes?

Como a Univerdade Independente foi "autorizada" durante um Governo de M. Mendes, é importante esclarecer estes factos, não vá dar-se o caso de ter sido pago por coisa nenhuma... e, isso sim, seria altamente suspeito.

Anónimo disse...

"Nunca alinhei por partidos mas acho que Portugal com o Governo Socrates tem rumo e está a ser governado" diz um tipo qualquer lá atrás.
Pois...
resta saber qual o rumo...
o abismo?
bem me parecia...

Anónimo disse...

Caro Miguel:

Perante tantos casos (embora os lapsos com o CV do primeiro ministro e as suas mentiritas sejam mais graves...) só resta fazer um inquérito aprofundado a todos estes casos...

Anónimo disse...

"Pois... resta saber qual o rumo... o abismo?bem me parecia..."

Abismo, escravidão, pobreza, miséria, emigração em massa, ah, e penhora de cidadania (Citibank) era o rumo que tínhamos com a dupla Durão/Leite. Tudo isso, mais o descalabro e a chacota internacional, tínhamos com Santana.

Agora Portugal tem RUMO E FUTURO. BASTA VER OS ÚLTIMOS RELATÓRIOS DO FMI, DA OCDE E DA UE.

Mordam-se, invejosos e incapazes. Para aqueles que odeiam o sucesso do país, sugiro o suicídio.

Edie Falco

Anónimo disse...

Coisas curiosas

http://raulventuramartins.blogspot.com/

Anónimo disse...

http://raulventuramartins.blogspot.com/2007/04/abc-3-e-esperemos-que-ltimo.html

Anónimo disse...

Este post prova bem que o Miguel
Abrantes não é um homem sério ...

Uma tristeza ...

Anónimo disse...

O "Miguel" é apenas a voz do dono (ou do que sobrou do mesmo, depois das trapalhadas, mentiras e omissões do Sócrates...). Não falem de dignidade e verdade, que ao MA não lhe pagam para isso...

Anónimo disse...

Podem todas essas virgens acusar o Engº. Socrates como entenderem, utilizando as asneiras que entenderem, só os define como pessoas barbaras e incultas. Aproveito para aqui expressar o total apoio ao 1º.Ministro, como HOMEM E politico.

Nunca um invejoso perdoa ao mérito
A inveja é tão vil e vergonhosa que ninguém se atreve a confessá-la

O fraco nunca perdoa. O perdão é a característica do forte.

Anónimo disse...

Ó Edie Falco és mesmo um ótario...

Vai levar do esfincter para ver se ficas mais calmo

Anónimo disse...

O seu ódio pelo meu amor ao país que você secretamente odeia (e não assume) é tão grande que o leva para a escatologia... extraio prazer disso. Que bom que o consegui perturbar.

Edie Falco

Anónimo disse...

Pinto Ribeiro disse a verdade, mas não disse a verdade toda. O regulamento das especialidades, elaborado pela Dr.a Paula Teixeira da Cruz, então membro do Conselho Geral da Ordem, sob o alto patrocínio do então bastonário José Miguel Judice, fixava um prazo para que a porta se fechasse. Isto é, previa um prazo transcorrido o qual caducava na parte em que previa que os juristas de reconhecido mérito pudessem ser feitos advogados de pleno direito e ainda para mais, especialistas.
Foi um regulamento feito ad homine, e a tal ponto o foi que no período em que vigorou a disposição que permitiu fazer por mera avaliação curricular os novos advogados, os órgãos da Ordem sabiam exactamente quem iria entrar. E, no fim desse período, o cálculo bateu certo com o resultado.
É uma história sem moral, como de resto os seus protagonistas.