quinta-feira, maio 17, 2007

O passeio de Feuerbach pela Av. da Igreja




Os cafés ainda não se haviam convertido em agências bancárias. Era a Lisboa dos anos 60. As conspirações contra Salazar faziam-se em pequenas mas arriscadas tertúlias, sabendo-se que na mesa do lado poderia estar um informador disposto a mostrar serviço. O grupo de Baptista-Bastos marcava o ponto ali pela Av. da Igreja, em Alvalade. Subitamente, a rotina quebrou-se: durante uma longa temporada, o “jornalista e escritor” não deu sinais de vida. Talvez mais de um ano depois, BB regressou ao convívio dos seus, que interromperam a conspiração do momento para saber das razões de tão grande ausência: — Tenho andado absorvido com o estudo das Teses sobre Feuerbach, explicou o Armando. Não se desmanche a rir, caro leitor, como sucedeu então com os outros conspiradores da Av. da Igreja. Não se lêem do pé para a mão 11 teses 11.

2 comentários :

Anónimo disse...

Tenho a ideia que o gajo do lacinho é um bocado apatetado.

Anónimo disse...

A sorte do BB é não ser Funcionário Público, pois de certeza que leva com um processo e uma suspenção da moçoila da DREN...