domingo, maio 13, 2007

Um aeroporto para o país

José Reis, professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, no Público de hoje:

    «Portugal existe porque tem territórios internos articulados e porque tem infra-estruturas que o ligam e ordenam. É concebível um aeroporto para o país que não esteja estritamente relacionado com as “grandes dorsais” de comunicação dos espaços onde está a grande massa de população e de dinamismos económicos: A1 e A8, IC2, A23, Linha do Norte? É plausível que se ignore onde está a produção industrial, as infra-estruturas científicas e de I&D mais dinâmicas e mais internacionalizadas?»

6 comentários :

Anónimo disse...

As evidências apresentadas por José Reis, têm, para além do mais, o condão de desmistificar aquela ideia de que só o Norte é que produtivo e que para sul de Coimbra, estamos em plena mouraria.

É o que se chama dar uma bofetada de luva branca a belmiros, comparsas e rivais da fina flor empresarial da Foz e da Feira.

Anónimo disse...

É mesmo o país dos velhos do restelo... não resistem a uma polémica, conquanto fique instalada a indecisão e o imobilismo...

Mas o que vos lixa é que, desta vez, finalmente, temos governo, que se traduz na pessoa do Super-Português, do Líder de Aço, do Paladino do Governo, do Líder de Portugal, JOSÉ SÓCRATES.

Podem espernear à vontade... O NOVO AEROPORTO SERÁ NA OTA...

E quanto a isso, não há mais o que dizer... a não ser gastar a saliva.

Edie Falco

Anónimo disse...

" Super-Português, do Líder de Aço, do Paladino do Governo, do Líder de Portugal, JOSÉ SÓCRATES."

E já publicou alguma coisa, tipo livro vermelho, para a malta se doutrinar...? Eu já me contentava com os "trabalhos" feitos no "percurso académico" do "engenheiro"...

Anónimo disse...

Talvez o título mais adequado fosse:
Um país para o aeroporto.
Vamos ficar de tanga pelo menso para os próximos 30 anos que é o prazo previsível de validadde do aeoporto.

Anónimo disse...

Caguei solenemente para o diploma de Sócrates... eu quero é que ele fique por muitos anos à frente dos destinos de Portugal... pela simple razão de que ainda não vi nada melhor que ele...

parem de ter inveja e ódio de Sócrates... é feio.

E aprendam a conviver com uma certeza...

Quem apostou que o PSD seria para sempre o Partido do Poder, errou redondamente... o rolo compressor da Europa está a chegar e está a abalar as certezas pré-estabelecidas...

Ah.ah.ah, oportunistas de plantão, preparem-se para desfiliar-se em massa do PSD e passarem para o PS...

Vou ficar na sede do partido a ver a bicha da filiação e a rir desbragadamente...

Ou vão todos acabar por voltar em Portas...
AHAHAHAHAHA

Edie Falco

Anónimo disse...

E VIVA A REPÚBLICA ... DOS OPORTUNISTAS!

Jorge Vasconcelos 'bateu com a porta'.
Mas o presidente da Entidade Reguladora do Serviços Energéticos (ERSE) não
vai de 'mãos a abanar': vai receber 12 mil euros por mês até encontrar um novo
emprego.

Vejam esta notícia em pormenor no Correio da Manhã ...
O escândalo é óbvio. Mas vejamos mais pormenores.


O senhor Vasconcelos recebia 18 mil Euros mensais mais subsídio de férias,
subsídio de Natal e ajudas de custo.
18 mil Euros, seriam mais de 3600 contos, ou sejam mais de 120 contos por
dia.

O senhor Vasconcelos não foi despedido. Ele demitiu-se, (despediu-se por
vontade própria) e fica a receber dois terços do ordenado durante dois anos, os
tais 12 mil Euros por mês). Qual é o trabalhador que se despede e fica a
receber seja o que for?

Além disso, "Questionado o Ministério da Economia, uma fonte oficial adiantou
que o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi
aprovado pela própria entidade ". E "De acordo com artigo 28 dos Estatutos da
ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do
gestor público em tudo o que não resultar dos presentes estatutos "".

Mais: "Jorge Vasconcelos foi presidente da Entidade Reguladora dos Serviços
Energéticos (ERSE) desde a sua criação".

Ou seja, o senhor Vasconcelos e amigos criaram este esquema para eles
próprios, tendo o estatuto de gestores públicos, excepto quando os seus próprios
estatutos são ainda mais
vantajosos (que é o caso quando se demitem do cargo).

E o que é a ERSE? "A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições
legislativas para o sector energético". Mas para fazer cumprir a lei não basta o
Governo, os Ministérios, os Tribunais, a Polícia, etc.?

"Após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da
tentativa de conciliação das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de
reclamar junto do prestador de serviço."

Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar somas
astronómicas com os seus administradores.

Aliás, antes da questão dos aumentos da electricidade, quem é que sabia que
existia uma coisa chamada ERSE?

O senhor Vasconcelos demitiu-se porque não concorda que o Governo tenha
decretado que a electricidade suba uns escandalosos 6% no próximo ano.

Ele e a sua ERSE tinham proposto uns ainda mais escandalosos 14,4%.

Certamente seria, entre outras coisas, para cobrir mais umas benesses dos
administradores da ERSE.

Alguns comentários à notícia, no sítio do Correio da Manhã, na Internet:

Bem, o Senhor Primeiro Ministro deveria ter vergonha: pois tem alguém no
desemprego que ganha mais que ele. Isto é mais uma das vergonhas deste
desgraçado PAÍS. É certo que este Senhor tem valor.

Mas penso que não ganharia isto em nenhum outro país da EUROPA.

Viva Portugal, enquanto der ...

Se a demissão implicasse passar a receber o rendimento mínimo ainda lá estava
agarrado que nem lapa à rocha.

Ora aqui está um exemplo de um homem de coragem que não tem medo de perder o
emprego. Nessas condições ninguém tem.