Quando se soube que o Dr. Marques Mendes era professor da Universidade Independente, ele desapareceu de circulação até que os jornalistas se esquecessem do assunto. E não é que se esqueceram mesmo? Foi uma oportunidade perdida para se conhecerem os predicados académicos do Prof. Mendes: as disciplinas que leccionou, os sumários das aulas que deu, o número de alunos que ajudou a formar, os mestrados e doutoramentos que orientou, as sebentas que produziu, os artigos científicos que escreveu.
Ontem, soube-se que o Dr. Mendes, para além de professor na Universidade Independente, também esteve ligado a outra instituição do ensino superior: a Universidade Atlântica. Era o presidente executivo do conselho de administração da empresa proprietária da universidade.
Um dia, subitamente, o Dr. Mendes passa de presidente executivo para presidente não executivo. Não se sabe porquê. Mas sabe-se que as suas remunerações não decresceram — bem pelo contrário, aumentaram.
Só no primeiro trimestre de 2002, antes de ingressar no Governo de Durão Barroso, o Dr. Mendes recebeu senhas de presença no valor de 12.469 euros, numa média mensal de 4.156 euros, mais 4.650 euros em refeições e 1.800 euros de combustível para alimentar o carro cedido pela universidade.
Mas deixe-se de lado o montante dos salários e das remunerações acessórias pagas ao Dr. Mendes. O que salta à vista é que exerceu durante anos um cargo e foi pago em senhas de presença, mesmo quando era o presidente executivo. Porquê? Para fugir aos descontos para a segurança social, como admitem especialistas contactados pelo Correio da Manhã?
Ou teria o Dr. Marques Mendes optado, como deputado, pelo regime de exclusividade, tendo encontrado esta forma capciosa de receber pelos “dois lados”?
O peão que Marques Mendes mandou avançar para pôr paninhos quentes na questão foi um tal Themudo Barata. Trata-se de um daqueles desempregados que vão arranjando poiso por onde o ainda líder do PSD passa: era vogal de Mendes na Universidade Atlântica, depois passou a adjunto quando Mendes era ministro, que lhe arranjou ainda um lugar no conselho de administração da RAVE (essa mesmo, a empresa do TGV), e voltou a ser notícia quando Sérgio Lipari o incumbiu da auditoria às tropelias na Gebalis.
Acontece que as justificações de Themudo Barata não foram nada convincentes. Para justificar os rendimentos auferidos por Marques Mendes em 2002, Themudo Barata diz que se tratam de acertos relativos a anos anteriores. Mas, nos anos anteriores, Marques Mendes também havia recebido senhas de presença, para além de ter apresentado despesas de refeições e de combustível. O carro da Universidade Atlântica utilizado por Mendes teria ficado para Themudo Barata para acerto de contas… com a universidade.
Afinal, que se passa, Dr. Marques Mendes?
PS — O Público, que hoje não dedicou uma linha a este assunto, ao contrário de outros jornais, estará certamente a aprofundar a questão.
Ontem, soube-se que o Dr. Mendes, para além de professor na Universidade Independente, também esteve ligado a outra instituição do ensino superior: a Universidade Atlântica. Era o presidente executivo do conselho de administração da empresa proprietária da universidade.
Um dia, subitamente, o Dr. Mendes passa de presidente executivo para presidente não executivo. Não se sabe porquê. Mas sabe-se que as suas remunerações não decresceram — bem pelo contrário, aumentaram.
Só no primeiro trimestre de 2002, antes de ingressar no Governo de Durão Barroso, o Dr. Mendes recebeu senhas de presença no valor de 12.469 euros, numa média mensal de 4.156 euros, mais 4.650 euros em refeições e 1.800 euros de combustível para alimentar o carro cedido pela universidade.
Mas deixe-se de lado o montante dos salários e das remunerações acessórias pagas ao Dr. Mendes. O que salta à vista é que exerceu durante anos um cargo e foi pago em senhas de presença, mesmo quando era o presidente executivo. Porquê? Para fugir aos descontos para a segurança social, como admitem especialistas contactados pelo Correio da Manhã?
Ou teria o Dr. Marques Mendes optado, como deputado, pelo regime de exclusividade, tendo encontrado esta forma capciosa de receber pelos “dois lados”?
O peão que Marques Mendes mandou avançar para pôr paninhos quentes na questão foi um tal Themudo Barata. Trata-se de um daqueles desempregados que vão arranjando poiso por onde o ainda líder do PSD passa: era vogal de Mendes na Universidade Atlântica, depois passou a adjunto quando Mendes era ministro, que lhe arranjou ainda um lugar no conselho de administração da RAVE (essa mesmo, a empresa do TGV), e voltou a ser notícia quando Sérgio Lipari o incumbiu da auditoria às tropelias na Gebalis.
Acontece que as justificações de Themudo Barata não foram nada convincentes. Para justificar os rendimentos auferidos por Marques Mendes em 2002, Themudo Barata diz que se tratam de acertos relativos a anos anteriores. Mas, nos anos anteriores, Marques Mendes também havia recebido senhas de presença, para além de ter apresentado despesas de refeições e de combustível. O carro da Universidade Atlântica utilizado por Mendes teria ficado para Themudo Barata para acerto de contas… com a universidade.
Afinal, que se passa, Dr. Marques Mendes?
PS — O Público, que hoje não dedicou uma linha a este assunto, ao contrário de outros jornais, estará certamente a aprofundar a questão.
17 comentários :
E a sic? noticiou alguma coisa?
E o Sr. Dr. Advogado MM terá declarado estes rendimentos para serem tributados?
Ou o nosso salvador da Pátria é avesso ao pagamento de impostos?
Não acha caro Miguel Abrantes que isto devia ser investigado?
Quanto mais não fosse para se conhecer a sua verdadeira moralidade.
ML
Espera-se, concerteza, que os especialistas do "Do Portugal Profundo", como tratam de levantar questões idênticas, agora também tratem do Dr.MM. Será?
Aqui há asneira e vigarice da GROSSA. Á QUE SABER TODA A VERDADE. Á que ir até ao fim.
Temos que por os vigaristas na prisão.
Sera que a liberdade esta a passar por aqui?...sera que a cobardia é assim tanto?...sera que não se poe tudo ca fora
de irresponsaveis que governaram o País desde 80, excepto uns poucos anos que serviram para aplicar as medidas do FMI...quem tem 3 reformas a caminho da 4ª, que não touxe um ideia para portugal e que soube colocar os milhões da CE não se sabe aonde...quer ele quer outros deviam prestar contas ao País, não é passar a bola ao Nogueira, toma lá ,e vê se te desenrrascas..Partex e companhias..aiaai
Ze Bone
Essa do "pensar em grande" é que é de murrinhanha!
Alguém me diz quem foi o autor?!
***
E o Público aqui tão perto!
O PÚBLICO é claro claro - ao nível de POVO LIVRE (órgão oficial)
O Mendes está a ficar com claustrofobia
Dá para ver o jornnalismo do Zé Manel Fernandes.
E o Pacheco Orwell Pereira não se pronuncia? Será que o João Silva também recebia senhas de presença?
Estou curioso com as facturas de almoços do Mendes - será que com aquele tamanho só comia um almoço por dia?
"Pensar em Grande" LOLOLOL
Este bloguinho é uma fraudezinha...
Nem sequer é uma fraude, coisa audaz, corajosa...
É uma fraudezinha... coisinha de tertúlia de tricot, de clubinho tipo "MENINO NÃO ENTRA"...
Todas muito unânimezinhas, muito convencidinhas da sua clarividênciazinha, totalmente impermeáveis à discussão aberta e frontal, muito satisfeitinhas convosco próprias, girando em rodinhas quais baratinhas tontinhas, trocando muitos galhardetezinhos umas com as outras, muito galinhinas, muito atentas, veneradoras e obrigadinhas face ao conhecimento supremo: MIGUEL ABRANTES e o lobby XUXA que o ampara.
Face a isto, seria mais honesto reunirem-se num cházinho canasta e discutirem os "napperons", os "scones" e outras trivialidadezinhas.
Vocês e este bloguinho não valem a banda larguinha e o tempinho que já lhes dediquei.
FIM DE INVESTIMENTO !!!
Vê-se mesmo que o simplesmente intrigado está com os lábios franzidinhos (ou será franzidinhas?).
O INTRIGADINHA não contesta uma linha do que está escrito neste post. Será um problema de carácter?
Força Miguel - ainda bem que pões a nu a HIPOCRISIASINHA.
Será que o INTRIGADINHA engoliu o XUXA?
O estranho não é Marques Mendes ter andado por aqueles caminhos tortos. Estranho, mesmo, é ver os grandes cronistas do reino e o seu cronista-mor - José Manuel Fernandes - caladinhos que nem ratos.
Ao menos o «Intrigadinha» fala, embora não diga nada.
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