Marcelo há-de acabar num circo a fazer truques, tal é o nível a que chegou. Acompanhei pelo Canal Parlamento o debate mensal e não tenho dúvidas sobre quem ganhou e quem perdeu. Sócrates teve a iniciativa e apresentou um plano que é da maior importância para o país: computadores pessoais e “banda larga” para os jovens, para evitar uma nova descolagem em relação aos EUA, ao Japão e aos nossos parceiros europeus.
É claro que Mendes, entretido na politiquice, não está sensibilizado para esta medida. Noutros tempos, talvez Mendes defendesse o “pobrezinhos mas felizes” com que Salazar brindou Portugal, garantindo um atraso de 30 ou 40 anos em relação aos países mais desenvolvidos.
No debate, vi Mendes tentar ir buscar lã e sair tosquiado. Saiu tosquiado em relação à Ota, sendo flagrante que caiu em contradição relativamente ao que defendeu quando fez parte do Governo; saiu tosquiado em relação ao professor da DREN, em que Sócrates disse, com toda a lisura, que não se imiscuía em processos disciplinares e criticou Mendes por ele ilegitimamente interferir na nomeação de gestores de empresas públicas municipais.
Como vê o ilusionista Marcelo tudo isto? 14,5 valores para Mendes e 12 para Sócrates, que só foi acompanhado pela classificação atribuída a Jerónimo, a quem Sócrates pôs no seu sítio, denunciando o fracasso da “greve geral”.
Marcelo não é capaz de dizer nada em relação à Ota. Só diz o que os outros devem dizer. Aconselha António Costa a esclarecer isto, Fernando Negrão a esclarecer aquilo e por aí fora. É uma espécie de preparador físico dos atletas.
Quanto à DREN, o disparate é ainda maior. Crítica Sócrates por ele não ter interferido no processo disciplinar e, ao mesmo tempo, acha que Mendes faz muito bem em tentar meter o bedelho nas nomeações para as empresas municipais. Com que justificação? Se o presidente da Câmara Carmona fosse corajoso, recusava as interferências. Portanto, Mendes esteve bem e a culpa foi de Carmona. Palavras para quê? É um artista português.
Os seus argumentos só não são cómicos porque são perigosos. É de gente deste calibre que se fez alguma jurisprudência que acha que as mulheres eram culpadas das violações por mostrarem o joelho.
Marcelo é o exemplo mais acabado de confusão ética e de falta de pudor. No seu incansável patoá, só há um ponto fraco. Não consegue explicar por que foi acondicionado no caixote do lixo da política sem ninguém mexer um palha para lhe dar uma mão — a ele, o culto, o loquaz, o esperto e o engraçado Marcelo. Por uma questão de azar, não é, Professor? De qualquer maneira, dou-lhe cinco valores. É a nota mais caridosa que se dá aos alunos que não vão à oral na sua faculdade.
segunda-feira, junho 04, 2007
O ilusionista
Subscrever:
Enviar feedback
(
Atom
)
5 comentários :
"É de gente deste calibre que se fez alguma jurisprudência que acha que as mulheres eram culpadas das violações por mostrarem o joelho."
Calma Miguel!!!
O CC é um serviço de utilidade pública que não pode entrar neste tipo de comparações de "alhos com bogalhos".
O Miguel tem uns amores assolapados pelo PS, e está no seu pleno direito.
O que não pode é deixar a paixão estragar a credibilidade do CC.
Tal como o pregador Marcelo a vai perdendo Domingo a Domingo.
Um abraço do
Xantipa
O pessoal que vê já dá o desconto.
Palavras para quê? Um ARTISTA portugês
A cena das notas não é patética... é uma afronta à inteligência dos portugueses... E ISSO NUMA TV PÚBLICA... A ELITE DEsTE PAÍS GOZA COM O POVO. COSPE NO POVO. O-D-E-I-A O POVO. NÃO CHEGA AOS CALCANHARES DA ELITE ESPANHOLA.
Aquele palhaço a dar notas na TV é uma descompostura. Ele devia estar num manicómio.
Seguiu JMF, a tentar desvalorizar o projecto de disseminação computadores pessoais e “banda larga” para os jovens.
É por isso que não nutro o menor respeito pelo PSD. São facínoras. Não é gente séria. São interesseiros. Egoístas.
Edie Falco
Bravo Miguel. Estiveste mt bem nesta análise ao "educador da classe operária "
Enviar um comentário