Outros foram educadores da classe operária. Pacheco Pereira especializou-se em educar a polícia. Sem fazer a menor ideia do que está a dizer, resolveu criticar a “atitude passiva” da GNR de Faro e, vai de caminho, entendeu por bem zurzir o Governo.
O que Pacheco sabe sobre o assunto é coisa nenhuma. Ignora por inteiro que a intervenção da GNR foi pronta e rápida e os três homens da patrulha chegaram ao local poucos minutos depois da invasão do terreno cultivado e obrigaram os manifestantes, em número de algumas dezenas, a retirar de imediato. Ignora que se juntaram mais tarde outros manifestantes, perfazendo mais de uma centena, e que houve um reforço da GNR, que os expulsou do terreno cultivado após ter sido destruído cerca de um hectare de plantação. Pacheco ignora também que foram identificados pela GNR, o que não é fácil nestas circunstâncias, os cabecilhas da manifestação, o que permitiu instaurar um processo crime para os fazer pagar pelos seus actos, bem como àqueles que os ajudaram ou instigaram.
Pacheco reagiu ao que viu na televisão como aquilo que é e, por mais esforço que faça, nunca deixará de ser: um estalinista vulgar. A sua visão da ordem do Estado é simples. Cacetada da grossa e tiros, mesmo que seja para garantir que um hectare de milho não é ameaçado. Estivessem mortos o proprietário e alguns manifestantes e Pacheco esfregaria as mãos, dizendo que o Governo tinha caído no autoritarismo.
A GNR não seguiu a cartilha de Pacheco: respeitou a Constituição [cf. Jornal de Notícias]. A sua actuação obedeceu aos princípios constitucionais da necessidade, proporcionalidade e adequação. Já imaginaram se um dia nos calha em sorte ter Pacheco a dar ordens à GNR?
domingo, agosto 19, 2007
O grande educador da polícia
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12 comentários :
JPP não anda bem, tão cedo não recebe novo convite para a UNESCO.
Sobre o assunto, e sem me referir ao Pacheco Pereira, transcrevo um comentário que fiz ao post "Uns safanões" do Portugal dos Pequeninos:
"Anónimo disse...
Exceptuando o comentário do anónimo das 11:12 AM, fica-se perplexo com o rosário de comentários aqui desfiado.
Bem no fundo, à excepção de um comentador, todos os restantes parecem estar sintonizados no aforismo "Porradas engordam"!.
Não tendo qualquer simpatia pelo grupelho que destruiu a plantação de milho, participantes esses que devem ser responsabilizados CRIMINAL e CIVILMENTE, não posso, todavia, de manifestar o meu repúdio pela forma salazarenta como estes comentadores reagiram ao evento.
Pelo o que aqui foi comentado, depreende-se que gostam de acção directa, uso da força pelos órgãos de polícia criminal e demais peixeiradas bem portuguesas.
Num caso como este e tendo os envolvidos sido identificados e mesmo que não o fossem, deve seguir-se os trâmites do Inquérito.
Deixem os Tribunais actuar!
P.S. Se eu fosse comandante da GNR, neste caso concreto, jamais daria ordem para que os meus subordinados carregassem sobre os visados. O papel é dissuadir e não reprimir!
12:48 PM "
*
E mais este:
" Anónimo disse...
Ao lança-chamas:
A sua incursão pelo tema é interessante em termos históricos, mas há 2 pontos no seu comentário que me suscitam fortes críticas, a saber:
- o facto de considerar Mitterrand um grande estadista;
- o facto, ainda que não assumido de forma explícita, de defender o terrorismo de estado.
Por estas e por outras ve-se bem o jaez de quem entra "bem" no assunto e sai completamente desacretidado, como é o seu caso.
O Anónimo das 12:48 PM
3:04 PM "
*
E este:
" Anónimo disse...
Ao excrente:
Silves: MAI condena destruição milho e anuncia investigação
"(...)A acção dos activistas foi vigiada por uma patrulha da GNR, que não interveio directamente nem fez detenções, mas identificou os responsáveis pela acção e como tal, reuniu os elementos necessários para a abertura de um inquérito, conforme disse sábado à Lusa fonte da GNR de Portimão.
No comunicado do MAI é reproduzido um esclarecimento da GNR, indicando que esta força «desenvolveu as medidas tendentes a repor a ordem pública, defendendo pessoas e bens com respeito pelos princípios da necessidade, adequação e proporcionalidade que regem a acção da polícia».
Segundo o MAI, «as forças de segurança têm obrigações legais e instruções precisas, do Governo e dos respectivos comandos, para reagirem a esses actos ilícitos, obedecendo aos princípios constitucionais e tendo em conta as condições operacionais de cada caso». (...), in Diário Digital / Lusa 19-08-2007 12:51:00
Anónimo das 12:48 PM
7:34 PM"
*
E finalmente este:
" Anónimo disse...
Ao lança-chamas
A questão não se coloca por Mitterrand ser de esquerda, mas sim, porque um "grande estadista" jamais pode ser dissimulado, e Mitterrand foi-o até morrer.
Quanto à justificação do terrorismo de Estado, de si, que não conheço de parte alguma, já espero tudo, e não me admirava nada que encontrasse algum princípio jusnaturalista, já para não falar em Maquiavel, Estaline, Salazar ou um Bórgia qualquer para fundamentar o indefensável!
Ficamos conversados.
Anónimo das 12:48 PM
9:53 PM "
"S� conseguimos identificar uma meia d�zia de portugueses, ligados � organiza�o do movimento, os outros n�o tinham documentos�. Afirma�o de Carlos Bengala, comandante da GNR em Arma�o de P�ra, ao Di�rio de Not�cias."
Deve ser mentira!
Tamb�m n�o percebo o que o MAI quer investigar...
a actua�o foi exemplar! n�o consta que a GNR tenha batido nos agricultores!
Adenda ao comentário de Seg Ago 20, 01:53:00 AM:
Não é que seja importante, mas, por sinal, até se consegue identificar quem é o lança-chamas, com quem mantive um diálogo muito pouco frutífero: com certeza que não é uma bola de Berlim fiscalizada pela a ASAE, mas o seu estilo inconfundível leva-nos a crer estarmos perante uma bola de queijo flamengo "made in" Minho... Será?
A grande irritação é que sozinho, so escrevendo mo blog o Pacheco obrigou o ministro a responder. Nao encontrei nada que fosse errado no que escreveu que nao viesse nos jornais. O milho foi destruido nao foi? Entao como é que a GNR esteve bem? Ele irrita mas e eficaz, muito eficaz.
A batuta continua nas maos do Pacheco Pereira o Grande Orquestrador. Impressiona ver como um homem so consegue mover montanhas. Vale mais que o PS todo junto e isso irrita muito os blogs da direita e da esquerda que parecem anões impotentes junto dele.
Um facto incontornável: aqueles energúmenos destruíram propriedade privada que, ainda por cima, tinha apoio governamental para aquele tipo de cultura.
A GNR acagaçou-se: chicote e uma noite na jaula teriam sido muito bem aplicados naquela escumalha.
E agora quem indemniza o proprietário ?
Como é um indivíduo de posses modestas está tramado.
Assim, não adianta matar o mensageiro: o PP só escreveu o óbvio.
Pacheco quem é? Será o trauliteiro da sic? Se é esse, então estamos a falar do lambe-botas da patrão do canal.
Estava longe das ocupações, se for necessario repor o direito, ca estarei como estive - bandalheira é que não.
Rapar o cabelo e pildra com eles
Nem percebo como alguem de perfeito juizo e amante da liberdade possa defender os vandalos que vivem á conta da sociedade
Ze Boné
Gostei da "firmeza" do cavaco acerca do milho destruído quando diz que a lei é para se cumprir.
Tal e qual como a lei da IVG na Madeira.
Só que aí o cavaco não foi tão "firme".
Enfim ...miar para os de cima e ladrar para os de baixo.
Xantipa
Completamente de acordo com o anonimo das 08:27PM. Alias, kavako firme... " Portugal é um país de direito e a lei é para se cumprir" nitida pressão sobre o governo.
Mas sobre a aplicação da lei do aborto, uma lei da republica, aqui é frouxo, faz o jogo do bokassa, dizendo que é com os tribunais a sua aplicação.
O silenciar da oposição no parlamento,controlo da imprensa local, futebol e corrupção, nestes casos concretos e do conhecimento geral, KAVAKO NADA DIZ. o SILENCIO É COMPROMETEDOR.
Francamente, este presidente é o presidente de alguns, não é concerteza presidente de TODOS.
kAVAKO VESTE A CAMISOLA DO PSD.
..."Já imaginaram se um dia nos calha em sorte ter Pacheco a dar ordens à GNR?"
Com ele, estou convencido que nenhum alarve me vai destruir a plantação do que quer que seja...
Bem haja o PP !
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