domingo, novembro 04, 2007

Quem silencia quem?




O Público dá hoje a palavra aos críticos de Sócrates, que o acusam de ter silenciado a “oposição interna”. Quem são esses críticos?

Com direito a foto, temos Ana Gomes, Manuel Alegre, Medeiros Ferreira e António Barreto — ainda que, no café aqui do bairro, se jurasse a pés juntos, esta manhã, que o protector dos jacarandás tinha sido ouvido na sua qualidade de “investigador” (e não de “crítico”).

Sem direito a foto, foram ouvidos Vítor Ramalho, ex-secretário de Estado adjunto de Pina Moura, e o politólogo André Freire, que, desde que descobriu o neoliberalismo de Sócrates, é ouvido com uma inusitada frequência pelo jornal do Dr. José Manuel Fernandes.

Todas as personalidades ouvidas pelo Público têm um traço em comum: nenhuma delas disse o que faria de diferente se estivesse no lugar de Sócrates.

O Público, que anda incomodado com o “silenciamento” da oposição interna, nem sequer se lembrou de dar a palavra àqueles que, no PS, discordam desta ideia feita. Talvez agora o Dr. Fernandes possa explicar por que despediu Mário Mesquita, uma voz dissonante de esquerda que os leitores do jornal se haviam habituado a ler semanalmente.

PS — Ana Gomes quer importar o “debate de ideias” que ocorre no Partido Socialista Europeu: “O que faz a diferença entre um partido e uma agremiação de maduros é a discussão política e ideológica.” O ex-reformador Medeiros Ferreira considera que “o PS abandonou as maneiras de ser de esquerda” e atira a bola para Manuel Alegre: “Se Lafontaine tivesse um milhão de votos, teria avançado com um partido logo”. O poeta, que andou sossegado pelos corredores do poder quando a medonha Teresa Ter-Minassian dava ordens ao Terreiro do Paço, a última coisa que quer é a bola e concede que não percebe o mundo em que vive: “eu sou, com certeza, um socialista arcaico”.

5 comentários :

Quintanilha disse...

O Público virou-se radicalmente contra o actual Governo apartir da altura em que a OPA de Belmiro de Azevedo sabre a PT falhou. Se José Sócrates tivesse dado uma mãozinha, era um tipo fabuloso e um político ímpar!
É esse o problema do Público.
Com tanta maquinação, oxalá que não vá pelo mesmo caminho do Independente!

Anónimo disse...

Você, caro técnico de contas do TC só demonstra que tem uma personalidade psicopática. Ama até à loucura o seu trapaceiro Sócrates, odeia tudo que não apoie este Governo fantoche. Admito que se apoie uma determinada linha política, que se exceda por vezes o razoável, mas você, Abrantes é intragável. Vá-se tratar...

LPM

Anónimo disse...

Estas figuras já pertencem ao passado,o mundo não para, o presente tem caras novas, politicas corretas e necessarias, que fazem o pais sair de um atraso de dezenas de anos.
Já não há pachorra para ler o jornaleco fascistoide, só lamento que certas pessoas se empoleirem e queiram dar nas vistas, sabendo elas que os portugueses não lhes dão boa nota.
Alias alguns dos nomes referidos nem do PS são. O que sei é que entre eles há sempre alguém que gosta de fazer favores à direita ou aos comunas.

Anónimo disse...

O comentarista das - Dom Nov 04, 08:55:00 PM - ele sim, demonstra a sua irritação desmemida e a sua fase neurotica, psicopatica, no fundo.- trata-se no Miguel Bombarda - a mulher deve levar poucas, pelo mostruario deve ser um fartote

Ze Boné

Anónimo disse...

Dai-me paciência para esses militantes que reclamam pq não são tidos nem achados no partido–e graças a Deus. Pq não vão todos para o Bloco de Esquerda? Essa malta, e principalmente António Barreto, o que queriam mesmo é que estivesse a direita no poder. Não sabem ser outra coisa, só sabem ser oposição. É gente com problemas, culpas, depressões, derrotas. Não há paciência.

Então o poeta, não há realmente pachorra. Trabalha o tempo todo para a imagem, só fala para a platéia.

Eles não foram poder e não querem que os novos sejam. Detestam Sócrates.

Como é possível???

Edie Falco