“Em meados de 1977, o Presidente Ramalho Eanes já estava muito indisposto contra os partidos políticos portugueses (…).
Em longa conversa a sós, no Palácio de Belém, depois de tantos desabafos, perguntou-me:
Em longa conversa a sós, no Palácio de Belém, depois de tantos desabafos, perguntou-me:
- — O Sr. Professor não conhece nenhuma forma de democracia sem partidos?
De imediato respondi:
— Conheço, sim, Sr. Presidente. Conheço até duas: a «democracia popular», como existe na Europa do Leste, e a «democracia orgânica», concebida e posta em prática pelo doutor Salazar.
Ramalho Eanes, desapontado e com um meio-sorriso, comentou:
— Pois é. Toda a gente me diz que não pode haver democracia sem partidos. É pena.”
Diogo Freitas do Amaral, AO CORRER DA MEMÓRIA, p. 113
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Eanes o D. Sebastião de Alcains
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