“(…) eu acabei o ano de 2007 convencido de que dois historiadores portugueses com obra publicada sobre o século XX -José Pacheco Pereira e Vasco Pulido Valente - sabiam alguma coisa sobre o fascismo. No caso de Vasco Pulido Valente, essa certeza era reforçada pelo facto de o próprio ter reiteradamente polemizado daquela forma que só ele sabe polemizar chamandoignorantes e analfabetos a todos os outros - sobre o que se pode ou não chamar de fascismo.
Mais precisamente, Vasco Pulido Valente ameaçava aniquilar com o verbo quem se permitisse chamar "fascismo" à ditadura de Salazar umaditadura que censurava, prendia e torturava os seus opositores. Pacheco Pereira indignou-se por ter havido quem chamasse "fascista" a George W. Bush — isto por causa de Guantánamo, do Patriot Act e da Guerra do Iraque. E eu levei-os a sério.
E agora descubro que estes mesmos historiadores não tiveram dúvidas em classificar como "fascista" a nova lei do tabaco. Não lhe chamaram exagerada, mal concebida ou uma série de coisas que, concebivelmente, se poderiam dizer acerca de uma lei que transforma espaços que eram, por regra, de fumadores em espaços de não-fumadores. Não: fascista é que é. E podemos ir mais longe. Helena Matos ou António Ribeiro Ferreira acham que "fascista" não chega: a nova lei é "totalitária". Totalitária! Como os regimes de Hitler, Estaline e Pol Pot. Viva a exactidão.”
terça-feira, janeiro 08, 2008
“Todos os sonsos” [I]
Do artigo de Rui Tavares no Público de hoje:
Subscrever:
Enviar feedback
(
Atom
)
1 comentário :
estes 2 historiadores ( de quê?) não são do Psd/Ppd ? a mente destes dois está a definhar.é triste vê-los por aí pela mão do balsemão a vomitar ódio contra o actual governo.
Enviar um comentário