O Público saiu ontem à rua para ouvir os professores. Todos os entrevistados, sem excepção, preparam-se para trocar a sala de aula pela reforma antecipada. São duas longas páginas de lamentações, em que a avaliação surge como pano de fundo.
Há no entanto um professor que coloca a questão de uma forma algo diversa dos restantes. Estando a terminar a sua requisição nos serviços do Ministério da Educação, o professor em questão terá de regressar à escola para dar aulas. Veja-se o relato do Público:
- «No actual contexto, diz, "sinto-me deslocado e sem paciência para grandes confusões". Carlos Afonso não contesta a reforma do ensino, "nem a avaliação dos professores, que lhe está associada", mas discorda da forma como foi apresentada aos docentes: "As alterações são muito bruscas e as pessoas estão um pouco acomodadas", justifica. No que lhe diz directamente respeito — uma vez que tem estado ligado ao processo, mas de alguma forma afastado dos conflitos da sala de aulas — entende que em "matéria de princípios, a ministra tem razão mas as pessoas, também, têm de ter tempo para reflectir o percurso profissional e a forma de estar na vida".»
Sem comentários :
Enviar um comentário