segunda-feira, abril 07, 2008

O anúncio da morte do LNEC pode ser ligeiramente exagerado

Quando o LNEC deu a sua bênção à proposta da CIP para a localização do aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete, não me recordo de José Manuel Fernandes se insurgir contra «a abalada imagem do que foi a “jóia da coroa” da engenharia portuguesa». Agora que o mesmo LNEC não se deixou seduzir pela ponte de José Manuel Viegas, o director do Público anuncia — em editorial — “a queda de um grande laboratório português”. Como diria Pimenta Machado, “o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira”.

PS — Preocupado deve estar José Manuel Viegas: “Ninguém pagou o estudo [da ponte que ele inventou]. Fizemo-lo por serviço público”. Em todo o caso, já havia emitido a factura: “Espero que o Estado me venha a pagar isto [o estudo], porque estamos a contribuir com valor para uma solução”.

4 comentários :

Anónimo disse...

O jornaleco está a fazer um favor ao banqueiro, como tem feito outros do mesmo teor.

Tudo que seja sovar no governo, eis o jornaleco a servir de trampolim bombastico a qualquer figurão que queira dizer mal.

O jornaleco tambem funciona como placa de arregimentação, de grupos de interesses,tais como: sonae, bcp,cgtp,pcp,bloco e alguma direita, o que dá a ideia uma certa conviviencia estrategica entre eles.

O jornaleco tem como ponta de lança o "seu" director,um serventario e criado que faz o papel de bobo.

Anónimo disse...

O senhor engº Viegas da TIS não será o mesmo que tem contratos de prestação de serviços com as empresas de tarnsporte publico? Quantos milhões já recebeu ele nos últimos 20 anos desses pareceres? E A CESUR , não conta? Acabe-se com a hipocrisia e limpe-se a imagem do Estado?

Anónimo disse...

Pois, pois, Belmiro, van Zeller, J. M.'s Fernandes & Viegas, andam a brincar connosco, há muito tempo (décadas!). Já o sabíamos.


Mas o grave da questão nem é este, mas até que ponto andarão igualmente a brincar connosco Sócrates, Lino, Vitorino e Campos!

Aqueduto Livre disse...

Caro C.C. (não confundir com Comité Central!),

Tenho andado às voltas com o serviço "público" do Eng.º Viegas e, particularmente, com as preocupações "recentes" do Professor, Doutor, Eng.º Nunes da Silva, sobre os modelos matemáticos que desacertam os descongestionamentos da 25 de Abril e da Vasco da Gama, quando a "Nova" ponte, Chelas Barreiro, com a valência rodoviária, estiver a funcionar (na opinião deste Doutor, experto em trânsito, transportes e acessibilidades e o primeiro construtor de rotundas...em Évora, nos idos de 80 do século XX.).

Na altura em que se estava a discutir as amarrações da segunda grande travessia estuarina, o Professor Nunes da Silva (ao serviço dos interesses da margem sul do Tejo e da opção Rio Frio...) estudou e defendeu, com rigor científico e técnico (utilizando modelos matemáticos prospectivos) a opção, sobretudo na sua vertente ferroviária, Chelas/Barreiro contra a solução Sacavém/Alcochete.

Repararam que, ontem, ele não sustentou a opção do amigo ( e creio eu - que sócio, Eng.º Viegas...)Chelas/Montijo, mas enfatisou algumas discrepâncias quanto aos "descongestionamentos" de trâfego da 25 de Abril e da Vasco da Gama para a futura ponte(sabendo que o coordenador do LNEC deste estudo sectorial, seu "amigo" e colega estava ausente no Japão!)?...

Insistiu, isso sim na necessidade do atravessamento (parece que a solução, em túnel, está já estudada há muito tempo...) (urgente e necessária, na minha opinião...)Algés/Trafaria.

Vindo de quem vem - é caso para desconfiar?

Sim e, também, não.

Sim: porque, claramente, se está a bater ao "abichamento" dum "trabalhinho" para a sua "empresa" de consultoria e projectos de engenharia;

Não: porque este atravessamento é de primeirissima prioridade, para descongestionar a 25 de Abril.

José Albergaria

NB - (Para não se confundir com PS). A mim, parece-me, dum ponto de vista do interesse público e da informação a que "temos direito", que o formato dos "prós e contras" está já esgotado (as audiências aí estão para o sustentar...)e a carecer duma lavagem a seco, ou molhado, tanto monta, com substituição de protagonistas, guionistas e outros aspectos televisivos terminados em "qualidade".