- Muitos politólogos, comentadores e o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa têm procurado descobrir o que falta a este PSD. Que mau-olhado caiu sobre o partido que o impede de ter uma linha de rumo, de ter propostas devidamente articuladas, de, ainda que longe no horizonte, haver uma vaga esperança de ter maior apoio junto do eleitorado.
Sem falsas modéstias, descobri o enguiço. Ponderei muito entre vender a solução a Cunha Vaz e obedecer ao imperativo de cidadania de dar pública notícia do que falta para, finalmente, termos oposição em Portugal.
Como não nasci para ser rico e quero verdadeiramente contribuir para o bem do meu país, decidi-me a partilhar com leitores o que é um ovo de Colombo. O seu a seu dono e este deve ser considerado o ovo de Menezes, porque foi com as suas declarações que se fez luz.
Vamos então a saber: o que faz falta ao PSD é... um engenheiro. É verdade, Nogueira era transição, Marcelo intriguista, Durão belicista, Mendes aparelhista e Menezes tem dias. Nunca o PSD teve um engenheiro.
Só isso justifica as recentes declarações de Luís Filipe Menezes:
- "Esta é a política de betão"
- "Menezes critica 'afã' de Sócrates em lançar obras públicas" (http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=336834&visual=26)
- "Governo está a «lançar primeiras pedras pela quarta vez" (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=326252)
O PSD agora critica o Governo por apresentar obra, ter iniciativa e estar a resolver problemas que, por vezes, têm décadas, como no caso do aeroporto.
O problema do maior partido da oposição é que andou três anos a errar no sentido da oposição: disseram, repetiram e publicaram que os investimentos eram virtuais, que as obras só existiam no papel, que as reformas não passavam de um power point. Conclui-se que erro do PSD reside no facto de não terem um engenheiro: qualquer estagiário de engenharia sabe o que é um cronograma de acções e tem consciência que antes da obra há a licença, antes da licença o projecto e antes de tudo a planeamento.
O Governo PSD/PP esteve três anos no Governo e, para além de ter colocado o país em recessão, pura e simplesmente não deixaram obra nem se preocuparam em colocar em marcha os projectos a executar no futuro. Ou seja, a tandem PSD-PP não deixou quaisquer processos em pipeline, o que obrigou a começar os investimentos desde o momento zero.
Se o PSD tivesse um engenheiro teria concluído em 2005/2006 que não poderia criticar a fase do projecto e deveria ter posto em causa as prioridades. Poderia ter antecipado que a actuação do Governo iria começar a ter frutos palpáveis a partir de 2008 e assim evitar a parte gaga de estar hoje a criticar a obra que teimou em dizer que não iria existir.
1 comentário :
Felizmente este não é o problema do PS, nem do Governo, nem deste blog.
No PS e no Governo, temos o SóCretino: é quase-engenheiro, mas nós assobiamos para o ar...
Neste blog, à falta de melhor, voluntario-me: também sou quase-engenheiro, mas vós assobiais para o ar...
Mai' nada...
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