sábado, abril 12, 2008

Viagens na Minha Terra

• Eduardo Pitta, PRINCÍPIO MORAL?:
    “Enfim, desde Salazar que membros do governo transitam de São Bento para empresas privadas. As sinecuras douradas não foram inventadas agora. O que a democracia inventou foram as cátedras (é maneira de dizer) em “Ciência Política”, e outras frioleiras, que as universidades privadas oferecem a ex-governantes pouco menos que analfabetos. Isso não comove ninguém.”
• João Rodrigues, Ainda há diferenças:
    “Em média, durante as administrações republicanas, os mais pobres tiveram um crescimento anual do seu rendimento, em termos reais, de 0,5% e os mais ricos de 2%. A desigualdade de rendimentos tende então a aumentar quando o presidente é republicano. Pelo contrário, durante as administrações democratas, os mais pobres tiveram um crescimento médio anual real do seu rendimento acima de 2,5% e os mais ricos de 2%. A curva democrata é descendente, ou seja, a desigualdade tende a diminuir quando o presidente é democrata.”
• João Tunes, O PIROTÉCNICO DOS PROFESSORES:
    “Há um acordo entre governo e sindicatos. Porque razão aparece, antes dos mais, um partido a deitar foguetes e a apanhar as canas? (…) Há controleiros que não conseguem conter a euforia pela instrumentalização dos sindicatos.”
• José Medeiros Ferreira, Cautela e caldos de galinha...:
    “O caso da anunciada nomeação de Jorge Coelho para o conselho de administração da Mota -Engil lá aparece como não podia deixar de ser. Não sou partidário dessas «transferências», embora haja outras muito mais subtis e contaminadas do que esta que me parece quase um hino à transparência. Penso explicítamente naquele grupo de gestores que foram nomeados pelo Estado para as Empresas Públicas em trânsito para a privatização - bancos sobretudo - e que depois continuaram nesses cargos e nessas empresas depois destas privatizadas. Nessa altura todos os «bem-pensantes» acharam a coisa natural...”
• Miguel Marujo, Rasganço:
    “Se a Lusoponte assinou um contrato com o Estado claramente desvantajoso para o País, e muito bom para a empresa, com Ferreira do Amaral ministro (e Cavaco seu primeiro-ministro), é necessário responsabilizar judicialmente o(s) antigo(s) governante(s) por lesa-Estado. Depois, rever o contrato com a empresa - rasgar os papéis. Por que há-de o Estado - ou seja, todos nós - pagar por um mau contrato, que tem assinatura identificada?”
• Rui Pena Pires, Economicismos:
    “(…) a avaliação das políticas de educação deve ser aferida por outros indicadores que não os usados por André Freire: o gasto não é um resultado mas um recurso para produzir resultados, pelo que, no limite, é possível gastar mais e ter piores resultados, ou seja, ter piores politicas com mais despesa. Na educação, e no estado em que Portugal está, a avaliação do sucesso ou insucesso das políticas tem que ser feita com indicadores de resultados, não de meios.”

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