Justiça e credibilidade
Não a incomoda que um membro destacado da sua candidatura, António Preto, esteja acusado de um crime de falsificação e fraude fiscal?
MFL — (Longo silêncio) Não. Já fui testemunha dele e essa acusação não tem ponta por onde se lhe pegue.
Porquê? Conhece a investigação do MP?
MFL — Sobre problemas do Ministério Público e investigações não falo...
Ao dizer que as acusações não têm ponta por onde se lhes pegue já está a fazê-lo. Isaltino Morais era arguido. António Preto está acusado. Há aqui uma diferença formal.
MFL — Peço desculpa! Estão a tirar conclusões apressadas! Desculpe! Não pronunciei o nome de Isaltino Morais. Já me está pôr na boca que sou tão peremptória em relação a Isaltino Morais. Não sei de quem está a falar. Não me pode pôr na boca uma coisa que eu não disse!
Então diga. De quem estava a falar?
MFL — Não estava a falar de ninguém. Não concordo com o critério arguido. Concordo com o critério de haver certo tipo de características de pessoas que não servem para ser candidatos. Não vou dar exemplos pessoais, não vale a pena insistir. Pode haver pessoas que não estão acusadas de nada e não têm perfil. O labéu que foi posto é excessivo.
Posso ou não concluir que consigo uma pessoa acusada num processo por falsificação e fraude fiscal não será candidata?
MFL — (Suspiro) Pode concluir que escolherei candidatos que preencham critérios política e eticamente defensáveis. E não digo nomes.
No campo dos princípios, um potencial candidato ser arguido...
MFL — ... Mas já lhe disse quais são os meus princípios!
Ainda não percebi neste caso particular.
MFL — Ainda não percebeu? Então pronto!
2 comentários :
Este não é o da mala com 20 e tal mil contos apanhado nas escutas pela Judite?
E então pronto, quando as questões são aborrecidas, então pronto!!!
Não se augura nada de bom com gente desta!!!
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