- “Penso que a maneira de governar da drª Manuela Ferreira Leite castiga, desmoraliza e deprime. E Portugal não pode ter mais tempo de castigo.”
“Mas eu também sempre pensei que Carmona Rodrigues na câmara de Lisboa era muito mau, e apesar disso, quando o meu partido o escolheu, eu votei nele. Sabe Deus o que senti e o que me custou, mas votei mesmo.”
“Como é que se explicará que os que foram meus ministros estejam agora com Ferreira Leite? Qual é a lógica?”
“Essas pessoas que têm esse tipo de comportamento acham-se príncipes da politica, já não são barões, são vice-presidentes de uma qualquer Goldman Saks da política, em que há para aí uns 80 como eles, mas julgam-se com direitos especiais. Então e aceitam estar com uma senhora numa candidatura que se calhar não votou neles para o Governo. Isso é que é pertencer a um partido? Estar num partido implica direitos e deveres e se eu ganhar vão ter que ler muito a cartilha dos deveres, podem ter a certeza absoluta.”
“O PSD precisa dum banho de moralidade nesse aspecto - os salta-pocinhas permanentes da política têm que descansar e comigo isso vai acontecer. Podem ter a certeza e as distritais vão ter que se convencer disso. Isto não é uma questão de lugares nem de poder, eu tenho essa grande vantagem: já provei dos cargos todos que esses senhores andam atrás. Não quero exercer o poder de qualquer maneira e não vou contemporizar com esses malabarismos na política.”
“Não é ao PR mas ao PSD que compete fazer oposição ao Governo e somos nós que temos que criar condições para uma alternativa.”
“Não conheço o pensamento dele [Marcelo Rebelo de Sousa] em termos de governação do país e tenho muito medo disso, mas julgo que ele poderia estar em condições de unir o partido, mobilizando-o.”
“Há de facto a coexistência de dois partidos, há pessoas dentro do PSD que não toleram facilmente que outra componente do partido lidere. Vivem numa exaltação permanente, consideram quase uma usurpação. Sabe o que é que me faz lembrar? A tomada da Bastilha, a passagem do absolutismo para a vitória das massas populares, só que o que essa vitória trouxe não foi populismo foi a democracia. Eu vejo a cara do dr. António Borges e imagino-o a olhar para o espelho e pensar: como é que eu não sou líder? Mas não é, é uma maçada, há votos, há democracia. Eu acho que mais valia fazerem partidos unipessoais.”
“Miguel Relvas e José Luís Arnaut, dois dos que está a referir, estiveram no grupo (com Pedro Pinto) que coordenou as últimas listas de deputados, depois foram para presidentes das comissões com Marques Mendes, depois queriam ficar nos mesmos lugares com Filipe Menezes. É um caldo de cultura, uma tentativa de perpetuação no poder, que as bases abominam e que eu penso que vai mudar de vez depois destas eleições. Por isso é que alguns queriam uma 2ª volta, era para se voltarem a juntar todos outra vez. Eu já cá ando há muitos anos...”
“Cavaco estava [em 1987] há dois anos no Governo, legitimado pelo voto popular, e vivia-se um tempo de prosperidade e inundação de fundos estruturais, em que o próprio PSD queria eleições. Eu estava na comissão política do PSD e sei quanto rezamos para o PRD apresentar aquela moção de censura.”
“Sei que Rui Gomes da Silva é sempre duma grande generosidade para desempenhar algumas funções que outros não querem desempenhar.”
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