1. Ainda na quinta-feira, podia ler-se no Diário Económico:
- «Em 2008, inscreveram-se mais 61 mil jovens em associações de participação social ou política do que no ano passado. O mesmo aconteceu com o número total de associações registadas no IPJ [Instituto Português da Juventude]: que passou de 1275 para 1428 em apenas dois anos. Do lado do Governo, as acusações de "falta de apoios logísticos e financeiros" como as que foram feitas pelos jovens convidados por Cavaco em Belém — também parecem cair por terra. Tendo por base comparativa os mesmos anos, em 2008 o IPJ financiou mais 28 "programas de apoio aos jovens" (530), mais cinco de "apoio estudantil" (142) e mais 37 de "apoio à aquisição de equipamentos" (263). Tudo junto, (…) irá gastar-[se] oito milhões de euros em iniciativas ligadas ao associativismo juvenil ao longo do ano — mais 1,5 milhões do que em 2007.»
- MFP — Então, Pedro, acha que mesmo por parte do Presidente da República — da forma como ele apresentou este estudo no discurso do 25 de Abril deste ano — houve algum aproveitamento também político deste trabalho?
PM — Eu não… sinceramente, não lhe chamaria aproveitamento político. Eu acho que as pessoas vêem… Como disse este trabalho tinha vários resultados.
MFP — Claro…
PM — Porque lidava com várias dimensões diferentes do problema. E eu penso que as pessoas vêem nos resultados o que já pensavam sobre este tema. E arrisco-me a dizer em parte que o próprio Presidente e muitos outros comentários aquilo que esperavam eram resultados negativos. E quando observaram as dimensões do trabalho que eram negativas, foi isso que lhes chamou a atenção.
3 comentários :
Quando nada há ou muito pouco há para dizer, pessoas limitadas como o Sr. Presidente costumam socorrer-se de lugares-comuns geralmente aceites como "os jovens", "as crianças", "os idosos" e por aí fora.
Geram consenso, pouca ou nenhuma polémica, e ninguém se sente verdadeiramente motivado para pegar na conversa, e quando pega é para concordar.
Mas é lixado quando se dá o caso, como agora, de a realidade subverter a tal "boa e inocente intenção".
É lixado...
1. A opinião de Pedro Magalhães tem muito valor. Muitas vezes, nós utilizamos um estudo, mas não vamos mudar de posição. Vemos lá o que já pensávamos antes.
Obrigado, Miguel Abrantes, por divulgar este extracto.
2. Quanto aos números avançados pelo Diário Económico, não têm nenhuma credibilidade.
Inscreveram-se mais 61 mil jovens em associações? É completamente falso. O que houve foi mais 61 mil inscrições. Mas são sempre os mesmos que se inscrevem em várias associações. Há jovens que pertencem a umas quinze associações.
Há mais associações registadas no IPJ? Obviamente. Todos os anos, são criadas novas associações. Praticamente, não há extinção de associações. Mesmo as que deixam de ter actividade, não são dissolvidas porque é um processo dispendioso.
Foram financiados mais 70 projectos? Ok, mas foi dado mais dinheiro? Esses 70 projectos a mais significam mais jovens envolvidos ou são sempre os mesmos jovens?
Vão-se gastar mais 1,5 milhões do que em 2007 em iniciativas ligadas ao associativismo juvenil? Que iniciativas são essas? Levadas a cabo por quem? Por organismos públicos ou por jovens? Gastar mais dinheiro significa que há mais participação de jovens na política e na vida cívica?
O que o Cavaco apelou,foi aos cartões laranjas...lançar a onda laranja
A esperteza saloia.
A mim nunca mais me enrola
E eu a pensar, que foi um dos seus apoiantes,ou melhor acreditei nele.
E mais um funcionario publico e daí, nao traz peixa fresco
Eu nao sei, mas quando terminar o mandato, este, porque 2, cheira mal.. QUANTAS REFORMAS VAI TER NA ALGABRA... expliquei-me
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