sexta-feira, junho 27, 2008

Então tinha 16 casos em carteira e só agora os revela por atacado?




O presidente do sindicato dos juízes, António Martins¹, passou o dia a cavalgar a onda de Santa Maria da Feira, calcorreando os media a apregoar que tem conhecimento de 16 situações em que terá havido agressões a magistrados.

Ou seja, António Martins recebeu uma queixa… e depois outra… e mais uma… e ainda outra… e a sua reacção foi sendo sempre a mesma: — Ó Manuel Soares [secretário-geral da associação sindical], arquiva aí, que um dia isto ainda nos vai dar jeito…” Deu jeito agora.

Sendo qualquer agressão a um magistrado inaceitável, é admissível o comportamento do presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, que não denunciou de imediato as situações de que diz ter tido conhecimento? Só ao 16.º sopapo se lhe fez luz?!

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¹ António Martins é esse mesmo que entrou de braço dado com Fernando Negrão na PJ e se demitiu de braço dado com o deputado do PSD quando se soube que este havia transmitido ao DN elementos em segredo de justiça do caso Universidade Moderna.

11 comentários :

Anónimo disse...

Transcrevo aqui o comentário que fiz mais abaixo:Não posso deixar de lamentar as agressões aos juízes. Mas também não posso deixar de me lembrar de que, quando comecei a advogar, há cerca de 30 anos, mas já depois do 25 de Abril (portanto numa altura em que já se vivia num Estado de Direito e os cidadãos já não tinham medo da PIDE nem de abusos contra os seus direitos)praticamente não havia um único polícia nos tribunais e nem por isso havia agressões aos juízes! É que estes, com a sua idade e a sua dignidade, infundiam mais respeito. Só começou a ser preciso haver polícia nos tribunais quando, com a criação - pelo PSD - do C.E.J., começou a haver "juízes de aviário" que não têm respeito por ninguém nem infundem respeito a ninguém.E têm sindicato, como se meros funcionários públicos fossem!
Ainda quanto ao Tribunal da Feira (a omissão da beata designação de Santa Maria da dita é intencional) há que lembrar que se trata de uma obra emblemática do tempo dos governos de maioria absoluta do PSD que, destinada a durar séculos, entrou em ruína ao fim de 17 (sim,dezassete!)escassos anos! Portanto, não venham agora dizer que a culpa é do Sócrates ou do Ministro da Justiça!

Anónimo disse...

Evidentemente, é intolerável qualquer agressão a um juiz.

O que realmente não se compreende é que o presidente do sindicato tenha andado tão calado e só agora que houve um caso mediático se tivesse lembrado de dizer que conhecia outros 16 casos idênticos.

Então e não fez nada, na altura? Este António Martins não consegue fazer nada sem o seu mentor Fernado Negrão.

Anónimo disse...

fiz este mesmo exacto raciocinio...
se não fosse triste...
até me ria do engraçado que é este senhor sindicalista

e já agora, os tribunais estão em má condição...

como as escolas, quarteis, esquadras, estradas,

o país em sintese...

e este governo "é que é o burro?
por tudo isto?

abraço

Anónimo disse...

Este sindicalista de direita fez parte da "BUFARIA" e ensinando o ZE como se deve denunciar? É obra.

Como se pode ter respeito por gente que tem comportamentos de baixo nível?

Como se pode ter respeito por homens de atitudes reprovaveis?

Como se pode ter respeito por juízes, quando vem para a praça publica revindicar, como simples sindicalista?

Como se pode ter respeito, quando todos sabemos os previlegios que usufruem, aos olhos da maioria da população?

Tão criticos que são, porque não procuram outro empregador? Acho que estão a mais. Sugiro por isso que saiam de funcionarios publicos e vão para o privado. Será que conseguem trabalho?

Anónimo disse...

Lockout no tribunal

Desde que Pinheiro de Azevedo, primeiro-ministro nos tempos do PREC, decidiu fazer greve que não se assistia a uma greve na justiça. Bem, isto se não considerarmos que a generalidade dos tribunais faz greve à segunda e à sexta-feira, ao que dizem para que os magistrados preparem os processos, dando a aparência de que trabalham apenas três dias por semana.

Os juízes de Santa Maria da Feira, que não terão cuidado da segurança da audiência, decidiram que não têm condições de segurança e decidiram parar os julgamentos, algo que não é greve porque são um órgão de soberania, nem lockout porque são os contribuintes que lhes pagam os altos vencimentos mais o estranho subsídio de residência. Portanto, fazem um misto de greve e lockout, mas têm mais sorte do que os grevistas pois continuam a receber vencimento, certamente vão ocupar o tempo a estudar processos.

O estranho é que o presidente do Conselho Superior da Magistratura se tenha deslocado a Santa Maria da Feira, em viatura oficial paga pelos contribuintes, só para acrescentar à falta de segurança o argumento da falta de dignidade, como se para a boa justiça não bastassem vencimentos altos e subsídios de residência, são também necessários gabinetes de luxo. Agora temos um presidente do Conselho Superior de Magistratura que se comporta como se fosse o presidente da CGTP, ainda por cima à conta dos contribuintes.

Para dizer as banalidades que disse em Santa Maria da Feira não precisava de ir tão longe, avisava as televisões e ia ao Terreiro do Paço, sempre ajudava a manter a camada de ozono. Talvez nem tivessemos reparado que aprovou uma greve não declarada e ilegítima de juízes.

Anónimo disse...

Denunciar, para todos os que aqui j� se manifestarm, assim como para o M.A. � ser trauliteiro: aparecer no correio da Manh�.S� existe o que estes pasquins publicam.
A den�ncia foi feita, oportunamente, nas inst�ncias correctas : o Minist�rio da Justi�a.S� que este governo mediocre s� liga �quilo que aparece no ...adivinhem :Correio da Mannh�.
tristes, somos um bando de tristes e mediocres possid�nios.

Anónimo disse...

O que acham da idéia de os senhores deputados irem exercer as suas funções para as instalações onde agora está o tribunal de Santa Maria da Feira ou para um qualquer apartamento adpatado para tribunal e arrendado, sujeito a despejo?
Acham bem?
Eu também não.

Anónimo disse...

Claro que se o governo um dia destes decidir montar o tribunal numa casa de putas (tribunal de dia, putas à noite, ou vice-versa)lá terá o pessoal que se sujeitar para não ser acusado de denegação de justiça.
Já faltou mais.
Por falar em putas, bem podia ser na Assembleia.

MFerrer disse...

Os juizes da Feira ( danada conjugação!), agora organizados em piquete de greve, acabam de dar um monumental tiro nos pés, deles e da Justiça.
Enviando para o caixote do lixo a sua responsabilidade pela administração da Justiça e a respectiva autonomia e independência.
Vamos lá a ver:
Caso um governo qq decidisse mandar alguém consultar os processos e averiguar do grau de risco de cada audiência ou de cada diligência, o Carmo e a Trindade ficavam de pé?
Se, um Ministro da Justiça, mandasse colocar as mesas e cadeiras dos Srs. Juizes, em sala de audiência, a tantos metros das testemunhas, a quantos metros é que se devem colocar os réus? Se forem fortes e atléticos? Ou do sexo feminino?
Em que código processual estão marcadas as distâncias?
E as ofensas corporais são mais ou são menos graves do as ofensas à hora e dignidade dos emmbros do Tribunal?
Será também responsabilidade do governo algum insulto à família de algum magistrado?
Será então de prever,ou já está prevista a mordaça?
O que é que o Sindicato dos Juizes ( coisa mesmo gira, um sindicato de Juizes! QQ dia temos um de PRs ou de Autarcas ou de Deputados...)diria do governante? E da sua filigrânica honra trespassada?
O ridículo não mata. Mas, se matasse, os Srs. Juizes mandam-no embora com pena suspensa, ao abrigo do seu Estado de Necessidade!
MFerrer

Anónimo disse...

É o que eu digo:
Com comentário como este do mentecpato "mferrer" qualquer dia temos os tribunais a funcionar numa casa de putas e imbecis como este a continuarem a atacar os juízes porque não fazem o seu trabalho.
Até para os lacaios se exige que tenham mais do que um neurónio no cérebro, o que lhes permite dizer sempre que sim à voz do dono.

Anónimo disse...

Os juízes estão muito ofendidos, isto porque se notam reacções de tal indole, que so podem vir desse campo.

Mas tais reacções são tão ordinarias e descabidas, que só ofendem quem quer. Quem sai a perder deste combate é concerteza essa rapaziada mal ajuízada.