sábado, junho 21, 2008

Isenção

A esmagadora maioria dos membros dos órgãos sociais de todos bancos está ligada ao PSD, alguns dos quais estão a exibir-se a esta hora em Guimarães. Bastou que dois administradores do BCP tivessem o cadastro manchado por uma alegada ligação ao PS — sentença não transitada em julgado — para que fossem apontados a dedo numa manchete do Público:




Hoje, soube-se que o Banco Português de Negócios (BPN) está numa situação crítica, com “níveis elevados de crédito malparado não reconhecido, transferência de perdas do BPN para off-shores e accionistas que adquiriram títulos da holding com financiamento do BPN, via off-shores.”

Esperava-se que o Público fizesse a ligação entre a finança e a política, dando o devido destaque ao facto de os accionistas conhecidos do BPN serem militantes activos do PSD.

Para além de Dias Loureiro, que foi secretário-geral do PSD e ministro da Administração Interna do Buzinão, sendo hoje conselheiro de Estado escolhido por Cavaco Silva, aparecem ligados ao BPN Daniel Sanches (também ex-ministro da Administração Interna), Arlindo Carvalho (ex-ministro da Saúde), Amílcar Theias (ex-ministro das Cidades), Joaquim Coimbra (membro das comissões políticas de Marques Mendes e Menezes, actual patrão de Marques Mendes), José Oliveira e Costa (ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de Cavaco Silva, que ficou conhecido por “polémicos perdões de dívidas fiscais”), etc., etc..

Veja-se a manchete do Público de hoje e tirem-se as conclusões sobre a sua isenção:




PS —Durante as directas no PSD, o Público apresentou, num inquérito diário aos candidatos, Passos Coelho como gestor e Santana e Patinha Antão como deputados (ou coisa assim). A Manuela Ferreira Leite colaram-lhe como profissão a circunstância de ser conselheira de Estado — omitindo que a presidente do PSD é aposentada do Banco de Portugal, reformada da política e administradora do banco Santander. A profissão de agiota deve estar muito mal vista para o Público a empolar quando lhe convém e a esconder quando se trata de proteger o pessoal amigo.

3 comentários :

Anónimo disse...

Mas para o Público a senhora não é agiota- embora embarque na Barca do Inferno- mas sim, uma humanista.

MFerrer disse...

dean,
tenho que o corrigir:
Humorista não se escreve dessa forma!

Anónimo disse...

O jornaleco fascistoide não vai a lado nenhum. de quebra em quebra nas tiragens, só lhe resta ao patrão dar gratuitamente nos supermercados, nas tascas, nos cinemas. Nem para limpar o c.....ú serve. A mentira pode color-se ao c....e por essa via apanharmos algum carrapato mal cheiroso como é um jmf.